Com altos e baixos na carreira, Kieza chega ao Vitória para retomar boa fase
Foi uma recepção digna de uma estrela. Na tarde da última segunda-feira, Kiezadesembarcou em Salvador, recebeu o carinho de dezenas de torcedores no aeroporto, assinou contrato com o Vitória e concedeu entrevista ainda no saguão. Nem parecia ter vindo de um fracasso no São Paulo. Contratado no início desta temporada, o atacante permaneceu no clube paulista por apenas dois meses, período em que disputou dois jogos e não marcou gols.
A passagem pelo Tricolor Paulista foi mais um ponto negativo na carreira de Kieza, pontuada por altos e baixos. Desde que saiu Desportiva Capixaba [atual Desportiva Ferroviária], o atacante foi destaque do Campeonato Carioca com a camisa do Americano de Campos, não se firmou no Fluminense, quase não foi aproveitado no Cruzeiro, passou despercebido pela Ponte Preta e reencontrou o caminho do bom futebol no Náutico. No Bahia, viveu momentos distintos. Na primeira temporada, não conseguiu se destacar e acabou rebaixado com o time para a Série B. No ano passado, foi o grande nome do Tricolor e se tornou vice-artilheiro do país com 29 gols.
Por conta do investimento feito – o Vitória pagou cerca de um milhão de dólares e cedeu dois atletas das categorias de base ao São Paulo -, o torcedor rubro-negro espera ver em campo o mesmo Kieza que se tornou candidato a ídolo no Bahia. O GloboEsporte.com embarcou na montanha russa da carreira do novo reforço do Leão. Relembrou dos sucessos e fracassos de um atleta de 29 anos, prestes a defender mais um clube de uma trajetória repleta de subidas e descidas.
ALTOS E BAIXOS
Natural da cidade de Vitória, Kieza surgiu para o futebol no Espírito Santo, onde defendeu equipes como Serra e Rio Bananal. Em 2008, se destacou no Desportiva Capixaba, time pelo qual conquistou a Copa Espírito Santo e ganhou o apelido de “Sinistro”. O bom rendimento o levou ao Rio de Janeiro para atuar pelo Americano de Campos. Novamente, teve boas apresentações. Foi eleito o destaque do Campeonato Carioca e despertou o interesse de clubes como Palmeiras - por indicação de Vanderlei Luxemburgo - e Fluminense. Em maio de 2009, assinou por um ano com o Tricolor das Laranjeiras.
Em três meses com a camisa do Fluminense, foram oito jogos e quatro gols. O atacante conquistou a titularidade, mas a má fase do time carioca não ajudava. Matemáticos apontavam que o Flu tinha 99% de chances de ser rebaixado. Cuca foi contratado para tentar salvar a equipe, e Kieza sofreu uma lesão justamente no início da arrancada que evitou a queda tricolor. Fora de ação, perdeu espaço para os jovens Alan e Maicon. Assistiu de longe ao “milagre” operado pelo treinador, que conseguiu manter o Flu na Série A.
Em 2010, com a contratação de Fred, Kieza perdeu ainda mais espaço no Fluminense. Chegou a ser preterido por Bruno Veiga, recém-promovido das categorias de base, e pelo meia Willians, revelado pelo Vitória. Com poucas oportunidades, procurou a diretoria do clube e rescindiu o contrato antes do prazo em um acordo amigável. Com a camisa tricolor, disputou 25 partidas e marcou cinco gols.
Autor: ,postado em 18/03/2016
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