Brasil reage, vira sobre Holanda e fica com o título da Copa Rio Internacional
Ainda que com algumas falhas, o Brasil tinha dado show nos dois primeiros jogos da Copa Rio Internacional, diante de Alemanha e Bulgária para sair com vitórias tranquilas por 3 sets a 0. Porém, contra a Holanda, os erros, sobretudo defensivos, foram mais evidentes e quase custaram a vitória brasileira. Depois de perder os dois primeiro sets, a equipe teve forças para reagir e, com uma boa atuação de Sheilla, que entrou no quarto set, conseguiu a virada por 3 a 2 (23/25, 22/25, 25/22, 25/18 e 15/10) para sair com o título do torneio amistoso. Apesar de ter ficado próxima do título, a Holanda acabou no terceiro lugar, com cinco pontos conquistados.
- A gente depende do saque e sacamos mal. Elas conseguiram recepcionar bem e isso fez com que acreditassem mais que poderiam nos ganhar. Nós tivemos dificuldades no bloqueio e na defesa, que elas estavam passando com certa facilidade. Quando mudamos um pouco o saque, fazendo com que elas tivessem que ter uma técnica melhor de recepção e ajustamos melhor o bloqueio e a defesa, a gente começou a igualar o jogo. No final, o fato do saque se manter, a entrada da Sheilla também foi importante em relação ao ritmo e às bolas que ela estava conseguindo virar. Acho que foi um bom teste - analisou o técnico José Roberto Guimarães.
O Brasil continua sua preparação para o Sul-Americano, que acontece em Cartágena, na Colômbia, dos dias 24 de setembro a 2 de outubro, e para as Olimpíadas de 2016. Antes disso, a seleção feminina ainda viaja para a Holanda, onde fica de 8 a 17 de setembro para mais amistosos contra a seleção local. É possível que José Roberto Guimarães possa contar com a volta das cinco jogadoras lesionadas que desfalcaram a equipe na Copa Rio Internacional - Fabiana, Fernanda Garay, Juciley, Joycinha e Suellen.
O jogo
O Brasil repetiu a mesma formação titular que iniciou o duelo contra a Bulgária. E, assim como acontecera no princípio última partida, a equipe cometeu erros defensivos que custaram pontos bobos e mantiveram a Holanda sempre na cola do placar. O bloqueio, arma poderosa contra as búlgaras, não foi efetivo e as adversárias encontraram brechas para tomar a frente em 19/18, já na reta final do primeiro set. José Roberto Guimarães precisou pedir dois tempos técnicos para tentar corrigir os problemas na equipe. A seleção ainda salvou um set point, mas com bons ataques, explorando o bloqueio brasileiro, a Holanda fechou o primeiro set em 25/23.
O segundo set se desenhou da mesma forma que o primeiro. De forma parelha, Brasil e Holanda disputavam ponto a ponto, mas a seleção repetia os mesmos erros defensivos e não conseguia parar o ataque holandês no bloqueio, sobretudo com a força da ponteira Celeste Plak. As rivais contavam até com a sorte e, quando o saque de Plak bateu na rede e passou, as holandesas abriram seis de vantagem, ampliando em seguida para 18 a 11. José Roberto sentiu o momento e mudou a equipe, lançando Mariana, Sheilla e Macris. O time reagiu e, com quatro pontos consecutivos, reduziu a vantagem para 22 a 19. A equipe voltou a salvar um set point, mas no erro de saque de Roberta, que tinha acabado de entrar, viu as rivais fazerem 2 a 0 no jogo, com 25/22.
As titulares retornaram à quadra para o terceiro set apenas com Leia, que jogou praticamente toda a partida contra a Bulgária, no lugar de Camila Brait como líbero. A equipe se portou melhor, ao menos o ataque, e abriu vantagem no início do período, com 13 a 9. Mais ajustada e contando, desta vez, com os erros das holandesas, o Brasil manteve a boa vantagem e contou com boas participações de Adenízia e depois Carol para mandar nos pontos. A Holanda ainda ensaiou uma reação na reta final do set, mas a seleção saiu com a vitória por 25/22 após explorar bem o bloqueio das rivais.
A formação foi mantida para o quarto set, porém, o Brasil voltou a apresentar uma queda de produção, enquanto a Holanda mostrava uma grande força no ataque, sobretudo com a ótima atuação de Plak. José Roberto, então, lançou Sheilla na equipe, que reagiu, e virou para 13 a 12 após estar três pontos atrás do placar. A sorte também havia mudado de lado e o saque de Dani Lins, que tocou na fita e passou para a quadra adversária, garantiu a vantagem de cinco pontos em 21 a 16. A experiência de Sheilla em quadra surtiu efeito e a boa atuação da veterana ajudou a equipe a garantir o período em 25 a 18 após um belo ataque de Gabi.
Equilíbrio foi a tônica do tie-break. O Brasil variava bem as jogadas de ataque, mas a defesa da Holanda estava bem postada e dificultava os pontos. Foi necessário explorar e furar o bloqueio para construir a vantagem. Natália apareceu bem nesse momento e levou o público do Maracanãzinho ao delírio com as pancadas para cima das holandeses. A equipe abriu vantagem na reta final e, no bom saque de Roberta, fechou a partida com a suada vitória de virada.
Time titular do Brasil: Carol, Adenízia, Gabi, Natália, Monique, Dani Lins e Camila Brait
Entraram: Leia, Mariana, Sheilla, Roberta e Macris
BULGÁRIA SOFRE, MAS VENCE A ALEMANHA
A exemplo do que havia acontecido na última sexta-feira diante da Holanda, a Bulgária alternou bons e maus momentos em mais uma vitória sofrida na competição, desta vez contra a Alemanha, por 3 sets a 2 (22/25, 25/20, 25/20, 20/25 e 15/13). Um dos destaques da equipe, mais uma vez foi Elitsa Vasileva, que jogou no Brasil pelo Campinas na temporada 2012/2013. O resultado garantiu à equipe búlgara o segundo lugar da Copa Rio Internacional, enquanto as alemãs fecharam o torneio com três derrotas.
Autor: ,postado em 31/08/2015
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