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Bahia se destaca no Programa de Investimento em Energia Elétrica.


Bahia se destaca no Programa de Investimento em Energia Elétrica.

A Bahia é um dos estados mais beneficiados com o Programa de Investimento em Energia Elétrica (Piee), lançado esta semana pelo Governo Federal. Em território baiano já são 168 usinas eólicas instaladas ou em processo de instalação, investimentos de R$ 16,2 bilhões e previsão de geração de mais de 4,9 mil megawatts (MW) de energia. Por determinação da presidente Dilma Rousseff, até 2018 serão realizados leilões para gerar entre 25 mil e 31 mil MW, com investimentos de R$ 186 bilhões.

“Os leilões deste ano reforçam a realidade promissora da Bahia. No A-3, que acontecerá em 21 de agosto, a Bahia habilitou 106 projetos em eólica, totalizando 2.541 MW, e dois projetos em térmica a gás natural, com 413 MW. O segundo Leilão de Reserva de 2015, que será em novembro, também confirma a liderança do Estado no setor de renováveis. Dos 730 projetos de eólica (17.964 MW), 243 são da Bahia; enquanto dos 649 empreendimentos de energia solar (20.953 MW), 192 são baianos, totalizando, solar e eólica, mais de 12 mil MW”, explica a coordenadora da Indústria de Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), Laís Maciel.

Com 195 mil MW de potencial eólico – com torres a 150 metros - a Bahia também começa a avançar na produção de energia solar por causa das suas excelentes condições de radiação. São investimentos de R$ 2 bilhões, em 14 grandes projetos, e geração de 400 MW de potência instalada. “Dos 331 empreendimentos que foram habilitados no último leilão, exclusivo de energia solar, em fins de 2014, mais de 45% tinham intenção de se implantar na Bahia”, explica a coordenadora da SDE.

No Piee também está previsto, até 2018, o leilão de 37,6 mil quilômetros de linhas de transmissão, com investimentos previstos de R$ 70 bilhões. Na Bahia, destacam-se as linhas entre os municípios de Juazeiro e Ourolândia, e de Gentio do Ouro a Bom Jesus da Lapa, ambas de 500 kV. Partirão também da Bahia - Bom Jesus da Lapa, Sapeaçu e Igaporã - as linhas que integram a proposta de aumento para 6 mil MW da capacidade de intercâmbio energético entre as regiões NE e SE.

Outra linha de transmissão, também de 500 kV, incluída no programa e que vai beneficiar diretamente o estado, é a que vem do Piauí, passando pelo município baiano de Buritirama e Barreiras até chegar a Rio das Éguas. Ela vai beneficiar diretamente o Oeste baiano, especialmente os 45 mil hectares irrigados dos 35 projetos agrícolas implantados entre os municípios de Cocos e Jaborandi. “Temos dois problemas urgentes para resolver: mais energia para os pivôs de irrigação e o asfaltamento da BR-030, no trecho que vai de Cocos, na Bahia, a Mambaí, em Goiás. Com o Piee, certamente resolveremos um dos nossos gargalos”, explica Luiz Pucci, diretor da Nordeste Florestal e Agrícola e um dos líderes empresariais do agronegócio na região.

Parque industrial

Quem se beneficia também diretamente do Programa de Investimento em Energia Elétrica do Governo Federal é o parque industrial baiano voltado para a produção de equipamentos e estruturas para a energia eólica, que conta com seis fábricas implantadas no estado - Alstom, Gamesa, Torrebras, Acciona, Torres Eólicas do Nordeste (TEN) e Wobben Windpower - e uma em implantação - Tecsis, em Camaçari.

“O Programa de Investimento em Energia Elétrica do Governo Federal reforça a opção pelas energias renováveis, mas conferindo uma maior diversificação de fontes. Mais indústrias devem ser instaladas no Brasil, o que é muito positivo, porque os investimentos podem representar verdadeiras alavancas para que o país possa superar o atual momento de dificuldades”, diz Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Eletroeletrônicas.

A francesa Alstom, que tem 13% de participação no mercado de energia eólica no Brasil, inaugurou, em 2011, na Bahia, a sua fábrica de nacelles (caixa do rotor do aerogerador eólico). A unidade de Camaçari, com capacidade de produção de 300 MW, dobrou para 600 MW já no ano seguinte. No segundo semestre de 2014, com a adoção do terceiro turno e investimentos de R$ 12 milhões, a capacidade local de fabricação e montagem subiu de 600 MW para 900 MW por ano.

A planta da espanhola Gamesa em Camaçari já atingiu a marca de 500 empregos diretos após a conclusão da sua ampliação em 2015. A nova unidade fabrica nacelles e possui capacidade instalada de 400 MW/ano, enquanto a planta original realiza a montagem das turbinas para os aerogeradores. A empresa chegou à Bahia em 2011, onde já investiu R$ 450 milhões.

A também espanhola Acciona, que conta desde março de 2013 com uma planta no estado para a fabricação de cubos, no final do ano passado inaugurou uma nova linha industrial para a produção de nacelles. A unidade, localizada em Simões Filho, tem capacidade para a montagem anual de 135 cubos eólicos e 100 unidades do aerogerador AW3000, gerando 270 empregos diretos.

Já a Torrebras, inaugurada em maio de 2013 no Polo Industrial de Camaçari, foi primeira fábrica de torres eólicas da Bahia. Ela foi ampliada em 2015, aumentando sua capacidade de produção de 200 para 300 unidades/ano. São quase 300 empregos diretos na empresa do grupo espanhol Daniel Alonso, que já investiu R$ 47,5 milhões no estado.

A TEN, joint venture entre a brasileira Andrade Gutierrez e o grupo francês Alstom, investiu R$ 120 milhões em um fábrica de torres metálicas em Jacobina, com a criação de 250 empregos diretos. A planta industrial, instalada em uma área de 140 mil metros quadrados, produz 200 torres de aço/ano.

Em Camaçari, a Tecsis está implantando uma unidade industrial para fabricação de pás e acessórios para geradores eólicos, com investimento total estimado em R$ 100 milhões, previsão de faturamento anual de R$ 400 milhões e capacidade de produção de 4 mil pás/ano. Ao final de sua implantação total, em 2017, a fábrica deverá empregar diretamente 3.500 trabalhadores.

Em Juazeiro, a Wobben Windpower, subsidiária do grupo alemão Enercon GmbH, montou uma fábrica para produzir 200 torres de concreto e aço para aerogeradores, por ano, em uma área construída de 17,6 mil m2 quadrados no Distrito Industrial do São Francisco. Com investimentos de R$ 25 milhões, a indústria está gerando cerca de 250 empregos diretos.
 

Autor: ,postado em 14/08/2015


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