Ricardo Drubscky faz mistério para definir Vitória antes do clássico Ba-Vi
Nos dias que antecedem os grandes clássicos, a receita nos diversos clubes do Brasil é quase sempre a mesma: mistério. No Vitória não está sendo diferente. Acostumado a divulgar com antecipação o time titular do Leão, o treinador do Rubro-Negro, desta vez, mudou a prática. Ricardo Drubscky disse que só vai confirmar o time para o Ba-Vi no domingo, horas antes da partida no Barradão.
Em entrevista coletiva após o treinamento desta sexta-feira, o treinador disse ter dúvidas em três posições. No meio, ele aguardará uma resposta do departamento médico sobre Amaral - que não treinou junto com o restante dos jogadores por causa de um cansaço muscular. Também deixará para domingo a definição entre Escudero e Jorge Wagner. Já no ataque, Elton e Neto Baiano disputam a posição.
- Eu diria que (a equipe) está quase definida. Tenho dúvida entre Jorge Wagner e Escudero. Também a dúvida do Amaral, que vamos analisar se ele vai ter condições de jogo. Ainda tenho dúvida entre Neto Baiano e Elton que vou levar para o jogo. Não vou definir a equipe agora. É um clássico e como todo clássico, tem que ter o respeito ao adversário. É preciso ter um pouco mais de cuidado e levar algumas dúvidas para o jogo - comentou Ricardo Drubscky.
O Vitória deve entrar em campo no Ba-Vi com a seguinte escalação: Fernando Miguel; Nino Paraíba, Saimon, Ednei e Euller; Amaral, Flávio e Jorge Wagner (Escudero); Vander, Rogério e Neto Baiano (Elton).
Confira outros temas abordados na entrevista coletiva de Ricardo Drubscky
Nervosismo
- Acho que o clima que envolve um clássico é um clima diferente. Você vive com mais ansiedade. Logicamente quando sua fisiologia está alterada, todo seu pensamento se altera. A gente tem uma convicção muito grande naquilo que está fazendo. Tenho uma equipe de trabalho na qual confio muito. Não tenho nenhum tipo de preocupação da definição dos nomes. O que baliza muito minhas decisões é o jogo, como a gente vai trabalhar esse jogo cada vez melhor. A gente vai, dentro daquilo que tem, buscando encaixar e os nomes vão aparecendo. Não me vejo muito perturbado para escolher nomes.
Clássicos
- Já participei de América x Atlético, América x Cruzeiro, Coritiba x Atlético-PR. Em Santa Catarina são vários clássicos, tem Criciúma, Joinville, Avaí, Chapecoense, Figueirense...já participei de muitos clássicos. O Ba-Vi é estimulante, o torcedor baiano tem um perfil alegre, despojado. Estou vivendo esse momento com muita ansiedade, muita expectativa. Vai ser um clássico gostoso de se viver, de se experimentar. Estou ansioso.
Barradão
- A maneira que a gente, trabalha eu procuro sempre tirar o fator casa como limitador para produção em campo. A torcia ajuda, mas se você tem uma equipe ajustada, você contraria muita coisa. O torcedor vai nos ajudar se a gente estiver bem dentro de campo. Se a gente se mostrar forte, o fator campo vai assustar ainda mais o adversário.
Neto Baiano
- Esse ritual de irreverência é coisa própria do futebol brasileiro. Eu, particularmente, não gosto dessa provocação. O Neto, até vi alguns vídeos dele mais novo e ele está bem diferente. Apesar de não ter virado pastor, padre, ele está mais quietinho, mais prudente. Os anos nos dão mais ponderação, mais juízo. O Neto é um menino de um coração muito grande, cabecinha boa, mas é imprudente. É aquele filho que toda hora a gente tem que puxar a orelha. Acredito que é só da boca par fora que ele faz. É um jogador de qualidade e tem me agradado. Tanto ele quanto Elton ainda não estão em sua melhor forma. Quando tiverem, acho que vai ser um revezamento interessante ter eles na equipe.
Vander e Rhayner
- Quanto à rivalidade, rixa de um clube para outro, na hora que o jogo começa, vou dizer com sinceridade, os jogadores, o treinador, quem vive o dia a dia está preocupado com o que está acontecendo na hora. Essas coisas não passam na cabeça da gente. Esses dois jogadores em particular vão entrar querendo ajudar nossa equipe.
Autor: ,postado em 28/02/2015
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