Seleção Brasileira de Futebol de Cegos defende sete anos de invencibilidade
Chegar ao topo é difícil. Mas se manter nele é mais ainda". É se agarrando nesta máxima do esporte que a Seleção Brasileira de Futebol de Cegos volta aos treinos nessa quinta-feira (22/1), em Niterói.
Sem perder um título desde 2007, a equipe campeã do mundo em 2014 volta ao batente com o desafio de continuar ganhando. Mas qual o segredo? Como continuar vencendo títulos e seguir nesta caminhada até os Jogos Paralímpicos de 2016?
- Estrutura, trabalho e profissionalismo são nossas chaves para o sucesso. Hoje contamos com uma estrutura de trabalho que não deixa a desejar a nenhum clube. Temos uma comissão técnica composta por tudo que tem direito (assistente técnico, preparador físico, fisiologista, nutricionista, medico) – explicou o técnico da Seleção, Fábio Vasconcelos.
O melhor jogador do mundo, Ricardinho, acrescenta outras situações para indicar o porquê desta equipe ser tão vitoriosa.
- Eu diria que a humildade e dedicação são os pontos mais importantes. E claro, o trabalho fora de campo. O que nossa comissão técnica vem fazendo para melhorar nosso time durante estes anos eu nem tenho palavras para descrever. Fora isso, não há motivação maior do que se manter em primeiro sempre – disse.
Um time que ganha tanto e não sabe o que é perder há sete anos acaba acostumando o torcedor com vitórias. A cobrança por conquistas é inevitável e a pressão uma consequência natural. Mas para Fábio e Ricardinho isso não é um problema.
- O grupo é muito experiente e sabe o que é sentir pressão. Eles sabem que se seguirem a risca tudo o que pedirmos, derem o máximo, chegarão seguros nos jogos. Desta forma, a gente acaba passando a pressão para o outro lado. Sentimos isso neste Mundial – comentou Fábio.
Ricardinho segue a mesma linha de pensamento e afirma que os jogadores transformam esta tensão por vitórias em algo positivo:
- Nós somos atletas acostumados com esses momentos. Já passamos por diversas situações de adversidades, que acabam nos fortalecendo. Acho que transformamos essa pressão em algo positivo. Quem não quer viver sendo cobrado por ser o melhor?
Autor: ,postado em 22/01/2015
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