Com nova data das Olimpíadas FINA estuda dois cenários para o Mundial de Natação
Após o anúncio da nova data das Olimpíadas para 23 de julho de 2021, a Federação Internacional de Natação (FINA) tenta redesenhar seu calendário para determinar quando vai sediar o Campeonato Mundial de natação. O evento estava marcado para o período de 16 de julho a 1 de agosto do ano que vem em Fukuoka, no Japão, mas, com a mudança da data olímpica, ficará muito perto. Por isso, a entidade máxima dos desportos aquáticos mundialmente trabalha com duas opções: uma mudança para o fim de setembro e início de outubro de 2021 ou maio e junho de 2022.
Mundial de Natação é dilema para a FINA com adiamento olímpico — Foto: FINA
Adiar o evento por um ano pode ser complicado porque o calendário de 2022 em julho e agosto está recheado de eventos, como os Jogos da Comunidade Britânica, o Europeu de Natação, campeonatos de polo aquático, o Pan-Pacífico, fora os Jogos Asiáticos, que são em setembro do ano em questão. Fazer o campeonato antes dos Jogos Olímpicos não é bom, pois conflitaria com qualificatórias para as Olimpíadas ao redor do mundo.
- Eu preciso ver como está Fukuoka, os parceiros, a TV, todo mundo. E aí sim podemos ter uma conclusão - disse o diretor-executivo da FINA, Cornel Marculescu, nesta terça-feira, à agência Associated Press.
Enquando Marculescu negava veementemente na semana passada uma mudança para 2022, ela agora se transformou em uma possibilidade com o adiamento dos Jogos Olímpicos.
- Por essa razão, eu não quero ter opinião, porque não reflete a realidade.
A IAAF anunciou que adiou o Campeonato Mundial de Atletismo em Eugene, Oregon, nos Estados Unidos, para 2022, mas não falou em datas ainda. Marculescu, da FINA, disse que ainda precisa de duas semanas para divulgar a decisão da entidade. Mas os dois cenários tem pontos negativos.
Fazer o Mundial dois meses após as Olimpíadas pode significar um risco de que os principais atletas do mundo não compareçam, lembrando que a competição inclui inúmeras modalidades como saltos ornamentais, nado artístico, maratona aquática e outros não-olímpicos. A elite da natação mundial costuma dar uma pausa depois de um ciclo olímpico de quatro anos. E, como esse ciclo terá cinco, tem ainda mais chances de isso ocorrer.
Outro problema poderia ser o clima em fim de setembro e início de outubro em Fukuoka, no sudoeste de Tóquio, na ilha de Kyushu. Enquanto atletas de maratona aquática gostam de temperaturas mais baixas, outros como os saltadores sofreriam isso em suas plataformas de salto.
Para a opção de maio-junho de 2022, o maior problema é que a data conflita com esportes populares nos Estados Unidos e na Europa, como os playoffs da NBA, o futebol europeu, o tênis, o golfe, o ciclismo, entre outros. E há também um aspecto político: as eleições da FINA costuma coincidir com o Mundial, e as de 2021 escolheriam o sucessor do presidente Julio Maglione, de 84 anos. Mantê-lo no poder até os 86 anos pode não ser a melhor escolha.
- Tudo precisa ser considerado - concluiu Marculescu, de 78 anos.
Após o anúncio da nova data das Olimpíadas para 23 de julho de 2021, a Federação Internacional de Natação (FINA) tenta redesenhar seu calendário para determinar quando vai sediar o Campeonato Mundial de natação. O evento estava marcado para o período de 16 de julho a 1 de agosto do ano que vem em Fukuoka, no Japão, mas, com a mudança da data olímpica, ficará muito perto. Por isso, a entidade máxima dos desportos aquáticos mundialmente trabalha com duas opções: uma mudança para o fim de setembro e início de outubro de 2021 ou maio e junho de 2022.
Mundial de Natação é dilema para a FINA com adiamento olímpico — Foto: FINA
Adiar o evento por um ano pode ser complicado porque o calendário de 2022 em julho e agosto está recheado de eventos, como os Jogos da Comunidade Britânica, o Europeu de Natação, campeonatos de polo aquático, o Pan-Pacífico, fora os Jogos Asiáticos, que são em setembro do ano em questão. Fazer o campeonato antes dos Jogos Olímpicos não é bom, pois conflitaria com qualificatórias para as Olimpíadas ao redor do mundo.
- Eu preciso ver como está Fukuoka, os parceiros, a TV, todo mundo. E aí sim podemos ter uma conclusão - disse o diretor-executivo da FINA, Cornel Marculescu, nesta terça-feira, à agência Associated Press.
Enquando Marculescu negava veementemente na semana passada uma mudança para 2022, ela agora se transformou em uma possibilidade com o adiamento dos Jogos Olímpicos.
- Por essa razão, eu não quero ter opinião, porque não reflete a realidade.
A IAAF anunciou que adiou o Campeonato Mundial de Atletismo em Eugene, Oregon, nos Estados Unidos, para 2022, mas não falou em datas ainda. Marculescu, da FINA, disse que ainda precisa de duas semanas para divulgar a decisão da entidade. Mas os dois cenários tem pontos negativos.
Fazer o Mundial dois meses após as Olimpíadas pode significar um risco de que os principais atletas do mundo não compareçam, lembrando que a competição inclui inúmeras modalidades como saltos ornamentais, nado artístico, maratona aquática e outros não-olímpicos. A elite da natação mundial costuma dar uma pausa depois de um ciclo olímpico de quatro anos. E, como esse ciclo terá cinco, tem ainda mais chances de isso ocorrer.
Outro problema poderia ser o clima em fim de setembro e início de outubro em Fukuoka, no sudoeste de Tóquio, na ilha de Kyushu. Enquanto atletas de maratona aquática gostam de temperaturas mais baixas, outros como os saltadores sofreriam isso em suas plataformas de salto.
Para a opção de maio-junho de 2022, o maior problema é que a data conflita com esportes populares nos Estados Unidos e na Europa, como os playoffs da NBA, o futebol europeu, o tênis, o golfe, o ciclismo, entre outros. E há também um aspecto político: as eleições da FINA costuma coincidir com o Mundial, e as de 2021 escolheriam o sucessor do presidente Julio Maglione, de 84 anos. Mantê-lo no poder até os 86 anos pode não ser a melhor escolha.
- Tudo precisa ser considerado - concluiu Marculescu, de 78 anos.
Autor: ,postado em 01/04/2020
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