O time é formado por atletas locais.Chegaram cinco jogadoras de equipes amadoras, e outras quatro de clubes de bairro. Quando se fala em estrutura, o elenco tem direito a uma ajuda financeira para deslocamentos, além de treinos intercalados em três dias ao longo da semana. Os jogos, seguem acontecendo longe da Ilha do Retiro.Quatro anos após voltar à atividade, esta é a realidade vivida pelo futebol feminino do Sport em 2020.
A situação é refletida nas palavras da coordenadora do departamento no Leão, Nira Ricardo, que reforça a forma como as atletas precisarão entrar em campo.
O Sport terá 27 jogadoras na equipe, em que quatro são menores de 20 anos e estavam no elenco no ano passado. Além delas, a técnica Keila Felício passará a contar com duas atletas que vieram do Náutico (a goleira Raíssa e a volante Mayara), três do Íbis (a zagueira Mayara, a atacante Vanessa e a goleira Rebeca) e outras quatro que vieram de times de bairro.
De acordo com Nira Ricardo, a conversa com elas tem sido de incentivo. Porque é preciso reconhecer a realidade vivida pelo Rubro-negro e saber como evoluir apesar disso.
“O que eu passei para as meninas é que, se todo mundo está desacreditado com elas, elas que têm que mostrar. Todo mundo diz que o time é ruim, então é a oportunidade de elas mostrarem futebol e poderem ir para times profissionalizados. Eu digo que existe a jogadora e a atleta. A atleta, é a que fica no futebol e faz tudo certinho. A jogadora, é a que vai para bater pelada. Vocês escolham o que vocês querem.”
Futebol feminino do Sport treina no campo auxiliar da Ilha do Retiro — Foto: Reprodução TV Globo
Disputando a segunda divisão do feminino pela primeira vez, o Sport está em meio a 36 times que começam separados em seis grupos com seis equipes em cada. Ao fim desta etapa, os dois melhores colocados e os quatro melhores terceiros avançam.
Na primeira fase da competição, os jogos são distribuídos de forma regionalizada.Com isso, o Sport enfrenta apenas equipes do Nordeste.Nas oitavas de final, no entanto, os duelos são definidos por sorteio. E é esta etapa que preocupa ao Rubro-negro e à coordenadora da equipe.
“Enquanto estiver (jogando) por aqui (pelo Nordeste), está bom. Mas se passar para jogar fora, vai ficar difícil. A gente está tentando, não sei se vai conseguir, subir (para a Série A1).”
As quatro equipes que chegarem à semifinal do torneio, conquistam o acesso para a elite do Brasileiro Feminino de 2021.
Calendário de jogos do Sport na Série A2
Sport x Cruzeiro-RN - 15 de março (15h) - Estádio Ademir Cunha
Náutico x Sport - 22 de março (15h) - Aflitos
Sport x UDA - 29 de março (15) -Sem estádio
Bahia x Sport - 5 de abril -Sem horário ou estádio
Sport x Auto Esporte - 19 de abril -Sem horário ou estádio