Bahia confirmou primeiro caso de coronavírus
A Bahia foi quarto estado no Brasil a registrar um caso de coronavírus (Covid-19) em apenas 12 dias. Depois de notificações positivas para a doença em São Paulo (10 casos), Rio de Janeiro (1) e Espírito Santo (1), o estado nordestino teve o primeiro registro confirmado ontem. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a paciente é uma mulher de 34 anos que reside na cidade de Feira de Santana, centro-norte do estado, distante 108 km de Salvador.
Segundo o órgão, ela retornou da Itália no último dia 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação – no país europeu, já foram registrados 3.089 casos e 107 mortes até a quinta-feira passada, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O primeiro atendimento e as amostras foram coletadas em um hospital particular da capital baiana, sendo enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional do Ministério da Saúde. O resultado laboratorial confirmando o diagnóstico foi concluído ontem.
A paciente encontra-se em casa, assintomática, com orientação de permanecer em isolamento, adotando as medidas de precaução de contato e respiratório. O monitoramento está sendo realizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com a vigilância municipal do município.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, trata-se de um caso importado. “A paciente contaminou-se na Europa e veio manifestar os sintomas depois de ter chegado ao Brasil. Isso é diferente de haver uma contaminação interna no estado e, portanto, todas as medidas de contenção para garantir que não houve a contaminação de outras pessoas foram e estão sendo tomadas pela vigilância estadual, municipal e Núcleo Regional de Saúde Leste”, afirmou.
De janeiro até as 17 horas de ontem, a Bahia registrou 93 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus, sendo 25 excluídos por não se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde, 33 foram descartados laboratorialmente e 38 aguardam análise laboratorial.
Até agora, já foram 15 os municípios notificantes, entre eles Vitória da Conquista, Camaçari, Lauro de Freitas e Jequié, além da capital baiana. Segundo a Sesab, estes números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais.
FEIRA DE SANTANA
Na segunda maior cidade da Bahia, a secretaria de saúde municipal de Feira de Santana disse, através de nota, que foi informada oficialmente no final da manhã de ontem, pela Sesab, sobre o caso de uma mulher, residente na cidade, cujos exames deram positivo para o coronavírus.
Após ter procurado atendimento em uma clínica especializada em tratamento pulmonar, em Salvador, e ter tido o resultado confirmado, a paciente, foi levada para a residência dela, onde se encontra sob isolamento e sendo monitorada permanentemente.
Uma equipe do órgão municipal, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realizou ontem uma busca ativa no imóvel dela, mapeando o histórico do roteiro da mulher e identificando as pessoas que entraram em contato com ela. Todos estão sendo monitorados.
Ainda conforme a prefeitura de Feira de Santana, as medidas preventivas de manejo clínico da paciente, que não apresenta sintomas, foram realizadas pelos profissionais de saúde utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para evitar contaminação.
TRANSMISSÃO LOCAL
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde (MS) confirmou os primeiros casos de coronavírus (Covid-19) no país, por transmissão local. São dois registros de São Paulo, de pessoas que tiveram contato com o empresário de 61 anos, primeiro caso no Brasil, e confirmado no último dia 25 de fevereiro. Ele estava na região da Lombardia, no norte da Itália, localidade onde apareceram os primeiros casos no país europeu.
Porém, o órgão esclareceu que não significa que há transmissão comunitária, ou seja, que o vírus esteja circulando na sociedade sem conhecimento da sua origem. Por enquanto, é considerado transmissão local, pois está restrito e circulando em um grupo de pessoas.
“Estes dois casos estão relacionados entre si. Sabemos a origem da transmissão. Por isso são considerados transmissão local. Quando não conseguimos relacionar a transmissão com o caso já confirmado, ela é considerada transmissão comunitária. É o que ocorre em países como a China, Itália e Estados Unidos”, afirmou Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, durante entrevista coletiva em Brasília, na última quinta-feira.
Além destes e dos casos confirmados no Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro, o órgão federal analisa ainda mais um provável caso no Distrito Federal, que aguarda a contraprova de laboratório público de referência nacional. O país monitora 768 casos suspeitos. Outros 480 foram descartados.
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
SEC orienta comunidade escolar
Em comunicado divulgado na manhã de ontem, a Secretaria estadual de Educação (SEC) informou que está orientando as escolas para que adotem uma série de medidas que possam contribuir na prevenção ao Coronavírus (Covid-19).
A instrução é para que as unidades escolares implementem ações sócio-pedagógicas como, por exemplo, rodas de conversa, oficinas e palestras, para a disseminação de informações; além de estimular os estudantes e suas famílias a seguirem as devidas recomendações de prevenção a doença.
O coordenador de Educação Ambiental e Saúde da SEC, Fábio Barbosa, lembrou que as formas de transmissão do vírus ainda estão em processo de investigação, mas já se sabe que qualquer indivíduo, que tenha contato próximo (cerca de um metro) com outro que apresente sintomas respiratórios, está em risco de ser exposto ao agente infeccioso.
A transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, com o toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Fábio Barbosa disse que ações preventivas já são desenvolvidas nas unidades escolares por meio de programas e projetos voltados à Educação Ambiental e à Promoção da Saúde na Escola. No entanto, ele alerta sobre a importância do engajamento de toda a comunidade escolar neste processo de prevenção ao Covid-19.
“Trabalhar pedagogicamente este contexto é fundamental para que os estudantes se apropriem dos conceitos e conheçam como podem ser agentes multiplicadores sobre a prevenção do Coronavírus junto aos amigos, às famílias e à comunidade onde vivem. Medidas simples como lavar as mãos e colocar a boca na região do cotovelo ao espirrar são algumas das recomendações neste sentido”, afirmou, ao reforçar a importância de as escolas adquirirem o álcool em gel para uso pela comunidade escolar.
No Centro Estadual de Educação Profissional, Formação e Eventos Isaías Alves (CEEP/ICEIA), no bairro do Barbalho, a gestão já adquiriu o álcool em gel para ser fixado em diferentes ambientes. A SEC também orienta às escolas para que acompanhem as informações atualizadas sobre o coronavírus pelo site da Sesab: http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/ coronavirus.
“Vamos instalar o álcool em áreas estratégicas como banheiro, cozinha, refeitório, sala dos professores e administrativas. Também vamos fazer um trabalho pedagógico em cada sala de aula e envolver as famílias, por meio da reunião de pais e responsáveis, abordando inclusive as fake news sobre o assunto”, afirmou a diretora Maribel Costa Silva.
A Bahia foi quarto estado no Brasil a registrar um caso de coronavírus (Covid-19) em apenas 12 dias. Depois de notificações positivas para a doença em São Paulo (10 casos), Rio de Janeiro (1) e Espírito Santo (1), o estado nordestino teve o primeiro registro confirmado ontem. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a paciente é uma mulher de 34 anos que reside na cidade de Feira de Santana, centro-norte do estado, distante 108 km de Salvador.
Segundo o órgão, ela retornou da Itália no último dia 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação – no país europeu, já foram registrados 3.089 casos e 107 mortes até a quinta-feira passada, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O primeiro atendimento e as amostras foram coletadas em um hospital particular da capital baiana, sendo enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional do Ministério da Saúde. O resultado laboratorial confirmando o diagnóstico foi concluído ontem.
A paciente encontra-se em casa, assintomática, com orientação de permanecer em isolamento, adotando as medidas de precaução de contato e respiratório. O monitoramento está sendo realizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com a vigilância municipal do município.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, trata-se de um caso importado. “A paciente contaminou-se na Europa e veio manifestar os sintomas depois de ter chegado ao Brasil. Isso é diferente de haver uma contaminação interna no estado e, portanto, todas as medidas de contenção para garantir que não houve a contaminação de outras pessoas foram e estão sendo tomadas pela vigilância estadual, municipal e Núcleo Regional de Saúde Leste”, afirmou.
De janeiro até as 17 horas de ontem, a Bahia registrou 93 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus, sendo 25 excluídos por não se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde, 33 foram descartados laboratorialmente e 38 aguardam análise laboratorial.
Até agora, já foram 15 os municípios notificantes, entre eles Vitória da Conquista, Camaçari, Lauro de Freitas e Jequié, além da capital baiana. Segundo a Sesab, estes números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais.
FEIRA DE SANTANA
Na segunda maior cidade da Bahia, a secretaria de saúde municipal de Feira de Santana disse, através de nota, que foi informada oficialmente no final da manhã de ontem, pela Sesab, sobre o caso de uma mulher, residente na cidade, cujos exames deram positivo para o coronavírus.
Após ter procurado atendimento em uma clínica especializada em tratamento pulmonar, em Salvador, e ter tido o resultado confirmado, a paciente, foi levada para a residência dela, onde se encontra sob isolamento e sendo monitorada permanentemente.
Uma equipe do órgão municipal, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realizou ontem uma busca ativa no imóvel dela, mapeando o histórico do roteiro da mulher e identificando as pessoas que entraram em contato com ela. Todos estão sendo monitorados.
Ainda conforme a prefeitura de Feira de Santana, as medidas preventivas de manejo clínico da paciente, que não apresenta sintomas, foram realizadas pelos profissionais de saúde utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para evitar contaminação.
TRANSMISSÃO LOCAL
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde (MS) confirmou os primeiros casos de coronavírus (Covid-19) no país, por transmissão local. São dois registros de São Paulo, de pessoas que tiveram contato com o empresário de 61 anos, primeiro caso no Brasil, e confirmado no último dia 25 de fevereiro. Ele estava na região da Lombardia, no norte da Itália, localidade onde apareceram os primeiros casos no país europeu.
Porém, o órgão esclareceu que não significa que há transmissão comunitária, ou seja, que o vírus esteja circulando na sociedade sem conhecimento da sua origem. Por enquanto, é considerado transmissão local, pois está restrito e circulando em um grupo de pessoas.
“Estes dois casos estão relacionados entre si. Sabemos a origem da transmissão. Por isso são considerados transmissão local. Quando não conseguimos relacionar a transmissão com o caso já confirmado, ela é considerada transmissão comunitária. É o que ocorre em países como a China, Itália e Estados Unidos”, afirmou Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, durante entrevista coletiva em Brasília, na última quinta-feira.
Além destes e dos casos confirmados no Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro, o órgão federal analisa ainda mais um provável caso no Distrito Federal, que aguarda a contraprova de laboratório público de referência nacional. O país monitora 768 casos suspeitos. Outros 480 foram descartados.
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
SEC orienta comunidade escolar
Em comunicado divulgado na manhã de ontem, a Secretaria estadual de Educação (SEC) informou que está orientando as escolas para que adotem uma série de medidas que possam contribuir na prevenção ao Coronavírus (Covid-19).
A instrução é para que as unidades escolares implementem ações sócio-pedagógicas como, por exemplo, rodas de conversa, oficinas e palestras, para a disseminação de informações; além de estimular os estudantes e suas famílias a seguirem as devidas recomendações de prevenção a doença.
O coordenador de Educação Ambiental e Saúde da SEC, Fábio Barbosa, lembrou que as formas de transmissão do vírus ainda estão em processo de investigação, mas já se sabe que qualquer indivíduo, que tenha contato próximo (cerca de um metro) com outro que apresente sintomas respiratórios, está em risco de ser exposto ao agente infeccioso.
A transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, com o toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Fábio Barbosa disse que ações preventivas já são desenvolvidas nas unidades escolares por meio de programas e projetos voltados à Educação Ambiental e à Promoção da Saúde na Escola. No entanto, ele alerta sobre a importância do engajamento de toda a comunidade escolar neste processo de prevenção ao Covid-19.
“Trabalhar pedagogicamente este contexto é fundamental para que os estudantes se apropriem dos conceitos e conheçam como podem ser agentes multiplicadores sobre a prevenção do Coronavírus junto aos amigos, às famílias e à comunidade onde vivem. Medidas simples como lavar as mãos e colocar a boca na região do cotovelo ao espirrar são algumas das recomendações neste sentido”, afirmou, ao reforçar a importância de as escolas adquirirem o álcool em gel para uso pela comunidade escolar.
No Centro Estadual de Educação Profissional, Formação e Eventos Isaías Alves (CEEP/ICEIA), no bairro do Barbalho, a gestão já adquiriu o álcool em gel para ser fixado em diferentes ambientes. A SEC também orienta às escolas para que acompanhem as informações atualizadas sobre o coronavírus pelo site da Sesab: http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/ coronavirus.
“Vamos instalar o álcool em áreas estratégicas como banheiro, cozinha, refeitório, sala dos professores e administrativas. Também vamos fazer um trabalho pedagógico em cada sala de aula e envolver as famílias, por meio da reunião de pais e responsáveis, abordando inclusive as fake news sobre o assunto”, afirmou a diretora Maribel Costa Silva.
Autor: ,postado em 07/03/2020
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