Roger faz balanço do Bahia no Campeonato Brasileiro: “Tem aspectos positivos”
Fim de papo na temporada. Sem uma grande atuação em mais um jogo neste segundo turno da Série A do Campeonato Brasileiro, o Bahia foi derrotado neste domingo pelo Fortaleza, por 2 a 1, no estádio Castelão. Com o resultado, o Tricolor terminou a competição na 11ª colocação com 49 pontos conquistados. Durante sua coletiva de imprensa, o técnico Roger Machado fez um balanço do time na temporada.
Roger dividiu sua análise em duas partes. Na primeira, comentou o desempenho dos jogadores ao longo da competição e reconheceu a queda de rendimento.
- A gente tem que fazer uma avaliação do contexto geral, claro sem deixar de avaliar o contexto geral e dividir o campeonato por etapas e ver os momentos que foram bons e outros nem tanto. A queda durante o campeonato é natural. Um campeonato muito longo. Alguns oscilam no começo, como foi o caso do Fortaleza e depois no final fez uma arrancada boa, que deixa sensação de dever cumprido e final de campeonato com excelência. O nosso 70% da competição a gente atuou em altíssimo nível e uma queda técnica das nossas principais lideranças da equipe e que não sustentaram as boas atuações. O que a gente tem que avaliar é entender em que aspecto precisa melhorar, que posições precisa subir nível para que consiga manter regularidade maior. Do contexto geral, na minha opinião, tem aspectos positivos.
Na sequência, o treinador fez uma avaliação em cima da expectativa que foi gerada pelo primeiro turno do Bahia no Brasileiro.
- Claro que a frustração do torcedor pela expectativa gerada durante o ano. Fica um gosto amargo em função do que os atletas, do que o grupo fez e poderia fazer na competição. Nossa oscilação foi maior do que a gente esperava, nossa primeira parte foi tão boa que a gente perdeu poucas posições na tabela mesmo oscilando bastante.
Roger Machado também aproveitou a entrevista para ressaltar e enaltecer alguns de seus atletas.
- Tivemos algumas afirmações durante o ano. Isso é importante. Flávio, Marco Antônio. Juninho, Wanderson. Do ponto de vista do contexto geral, posso dizer que foi positivo. Agora, da expectativa que foi criada, ficamos devendo.
O elenco do Bahia entra em férias e retorna aos treinamentos no dia 6 de janeiro de 2020.
Confira abaixo outros temas abordados na entrevista coletiva de Roger Machado
Emocional
- Recuperar os atletas do ponto de vista técnico. Recuperar do ponto de vista emocional. Nossa queda coincidiu com o momento em que começaram os dois jogos por semana. Começaram jogo quarta e domingo, com pouco tempo de recuperação entre os jogos, com menor carga de treino para você conseguir corrigir os problemas que a gente vinha apresentando nas partidas e, coincidentemente, com declínio técnico das nossas lideranças e os pilares mais importantes até então. A gente tenta lidar com fortalecimento da equipe como coletivo, buscando inserir no contexto do time aqueles jogadores que estavam melhores no momento, para tentar pegar o melhor momento de cada atleta, na medida em que, naturalmente, é difícil você, com uma temporada de 10 meses, você ter uma regularidade alta de apresentações, de jogos seguidos, individualmente. E esperar que os jogadores voltem ao seu melhor momento, como foi o caso do Gilberto, que passou um tempo sem fazer gols e acabou finalizando o ano com a artilharia do nosso time. A gente lida com indivíduos e atletas experientes, outros não. Mas, de modo geral, tentando administrar esses momentos para que a gente não perdesse a consistência e se mantivesse vivo numa competição que é muito dura.
Copa do Nordeste
- Planejamento é feito gradativamente. De antemão, quatro equipes fortes do Nordeste. O que me vem na cabeça rapidamente é uma disputa local mais forte. Mas, do ponto de vista da logística, por exemplo, facilitada para a gente que é do Nordeste, tem deslocamento muito mais longos que outras equipes do centro do país. Que bom que o Nordeste está conseguindo colocar equipes fortes no campeonato, que buscam o protagonismo, como o nosso time, o Fortaleza do Rogério Ceni, que se destacou na competição. Isso é bom para o futebol do Nordeste, essa força dentro de campo e fora de campo.
Permanência?
- A gente veio forte para o ano que vem. Buscar avaliar o que a gente fez de bom, onde a gente pode melhorar, que posições precisamos buscar reforços, que outras tivemos avaliação de que estamos bem servidos, para iniciar um ano forte, um ano que vai ser de muita expectativa pelo que a gente fez também neste ano. Meu contrato já é vigente até o fim do próximo ano, e a permanência é certa.
Importância da manutenção do elenco
- Cada etapa que tu passas é um fortalecimento. Isso é bagagem. Renato Gaúcho fala. É a casca. Dá frustração, gera memórias. No momento seguinte que esses cenários acontecerem, você consegue superar. Por isso é importante ter a manutenção de jogadores. Você tem um lastro e uma memória coletiva.
Reformulação do elenco?
- O que eu vejo do nosso grupo é que foi um grupo muito forte. Montar time com característica de futebol reativo foi em função do que a gente tinha de melhor à disposição. Jogadores com forte marcação, laterais bons na linha defensiva. O que eu senti falta como treinador de equipes que sempre propuseram o jogo? Jogadores que em linha defensiva pudéssemos ter um pouco ais de trato com a bola e construção do campo de defesa. Hoje os times marcam mais alto. Principalmente nas laterais precisa ter jogadores com um pouco mais de construção com a bola no pé. Se a gente analisar no ponto de vista técnico do nosso time habitualmente titular, Élber, Artur, jogadores de lado que têm mais destreza com a bola. No meio, jogadores fortes com marcação. Laterais que atacam o espaço com o tempo. O que a gente está procurando agregar qualidade é um jogo um pouco mais limpo, que a gente possa ficar um pouco mais com a bola, sem abrir mão de atacar bem. Buscar um equilíbrio um pouco maior, à medida que esse ano foi um jogo mais direto.
Avaliação do jogo
- O jogo tinha muita coisa na disputa. Isso a gente salientou na palestra, que era a possibilidade de fazer a melhor campanha da história do clube, era a possibilidade do ponto de vista financeiro. Acabar na frente, sabe-se que tem impacto na premiação, que é dividida pela posição na tabela, você tem acréscimo nesta questão. Era a condição de a gente acabar um ano com vitória, com perspectiva e viés de subida. Essa queda deixa um gosto amargo na garganta do nosso torcedor, pelo que a gente vinha vindo e pela frustração de não ter conseguido estar perto daquelas vagas que foram disputadas pela Libertadores. Tinha muita coisa na disputa. Foi um jogo que as equipes alternaram os domínios. O Fortaleza saiu na frente, empurrado pelo torcedor, no começo do jogo. A gente equilibrou, criou oportunidade com Gilberto. Depois, numa jogada de falta, Artur empatou. A gente seguiu no segundo tempo, começamos melhor. O Rogério mexeu, colocou dois jogadores de área. Também fiz uma mexida para não permitir que a gente fosse empurrado para dentro do nosso campo em função dessa pressão perto de final de jogo. Mas, infelizmente, não foi possível. Gol numa jogada de bola roubada de frente da área, num momento em que nós estávamos saindo para atacar. Fica um gosto de fim de ano de frustração. Mas eu tenho, do contexto geral, pontos muito positivos, que a gente pode relacionar, nesta temporada, e projetando um 2020 muito melhor.
Estilo de jogo
- O momento que a gente entendeu, pela dificuldade de alguns jogos dentro de casa, no modelo que a gente estava bem planificado, de contra-ataque, transição, onde a gente estava conseguindo resultados importantes. Nos jogos dentro de casa, contra equipes mais fechadas, estávamos com dificuldade de propor o jogo em função de ter, no tripé de meio-campo, jogadores que têm virtude mais de marcação. Ideia de soltar um pouco mais o time, com característica de Guerra, Lucca, jogadores mais leves... Muitas vezes, o Shaylon, neste tripé também. Isso gerou um pouco de desequilíbrio no time, foi o momento em que passamos a tomar mais gols na competição. Esse foi o ponto de reflexão que, depois, fez com que a gente retomasse novamente com os três volantes, que é o que nos tinha dado sustentação até então e tinha nos trazido até este momento da competição com chances de 70% estar disputando entre os oito, nove primeiros colocados, na primeira página. A frustração e a mea culpa é de todos. A avaliação é minuciosa, o treinador não foge dessa avaliação. Junto com isso, um declínio técnico de jogadores, tentativa de pegar melhor o momento de cada atleta em função dessa queda técnica que os atletas tiveram, de um ano extremamente importante, mas pesado do ponto de vista do calendário. Coincidentemente, essa queda se deu no momento em que começou a acumular os jogos quarta e domingo, onde houve pouco tempo para treinar e, por consequência, pouco tempo para corrigir os erros que estavam acontecendo nos jogos. Não se justifica. Mas, no contexto geral, a gente tira muitos pontos positivos. Outros que a gente precisava evoluir. Mas, sem dúvida, continuidade do trabalho vai dar condição de, no ano seguinte, a gente ter um resultado muito melhor do que esse.
Fim de papo na temporada. Sem uma grande atuação em mais um jogo neste segundo turno da Série A do Campeonato Brasileiro, o Bahia foi derrotado neste domingo pelo Fortaleza, por 2 a 1, no estádio Castelão. Com o resultado, o Tricolor terminou a competição na 11ª colocação com 49 pontos conquistados. Durante sua coletiva de imprensa, o técnico Roger Machado fez um balanço do time na temporada.
Roger dividiu sua análise em duas partes. Na primeira, comentou o desempenho dos jogadores ao longo da competição e reconheceu a queda de rendimento.
- A gente tem que fazer uma avaliação do contexto geral, claro sem deixar de avaliar o contexto geral e dividir o campeonato por etapas e ver os momentos que foram bons e outros nem tanto. A queda durante o campeonato é natural. Um campeonato muito longo. Alguns oscilam no começo, como foi o caso do Fortaleza e depois no final fez uma arrancada boa, que deixa sensação de dever cumprido e final de campeonato com excelência. O nosso 70% da competição a gente atuou em altíssimo nível e uma queda técnica das nossas principais lideranças da equipe e que não sustentaram as boas atuações. O que a gente tem que avaliar é entender em que aspecto precisa melhorar, que posições precisa subir nível para que consiga manter regularidade maior. Do contexto geral, na minha opinião, tem aspectos positivos.
Na sequência, o treinador fez uma avaliação em cima da expectativa que foi gerada pelo primeiro turno do Bahia no Brasileiro.
- Claro que a frustração do torcedor pela expectativa gerada durante o ano. Fica um gosto amargo em função do que os atletas, do que o grupo fez e poderia fazer na competição. Nossa oscilação foi maior do que a gente esperava, nossa primeira parte foi tão boa que a gente perdeu poucas posições na tabela mesmo oscilando bastante.
Roger Machado também aproveitou a entrevista para ressaltar e enaltecer alguns de seus atletas.
- Tivemos algumas afirmações durante o ano. Isso é importante. Flávio, Marco Antônio. Juninho, Wanderson. Do ponto de vista do contexto geral, posso dizer que foi positivo. Agora, da expectativa que foi criada, ficamos devendo.
O elenco do Bahia entra em férias e retorna aos treinamentos no dia 6 de janeiro de 2020.
Confira abaixo outros temas abordados na entrevista coletiva de Roger Machado
Emocional
- Recuperar os atletas do ponto de vista técnico. Recuperar do ponto de vista emocional. Nossa queda coincidiu com o momento em que começaram os dois jogos por semana. Começaram jogo quarta e domingo, com pouco tempo de recuperação entre os jogos, com menor carga de treino para você conseguir corrigir os problemas que a gente vinha apresentando nas partidas e, coincidentemente, com declínio técnico das nossas lideranças e os pilares mais importantes até então. A gente tenta lidar com fortalecimento da equipe como coletivo, buscando inserir no contexto do time aqueles jogadores que estavam melhores no momento, para tentar pegar o melhor momento de cada atleta, na medida em que, naturalmente, é difícil você, com uma temporada de 10 meses, você ter uma regularidade alta de apresentações, de jogos seguidos, individualmente. E esperar que os jogadores voltem ao seu melhor momento, como foi o caso do Gilberto, que passou um tempo sem fazer gols e acabou finalizando o ano com a artilharia do nosso time. A gente lida com indivíduos e atletas experientes, outros não. Mas, de modo geral, tentando administrar esses momentos para que a gente não perdesse a consistência e se mantivesse vivo numa competição que é muito dura.
Copa do Nordeste
- Planejamento é feito gradativamente. De antemão, quatro equipes fortes do Nordeste. O que me vem na cabeça rapidamente é uma disputa local mais forte. Mas, do ponto de vista da logística, por exemplo, facilitada para a gente que é do Nordeste, tem deslocamento muito mais longos que outras equipes do centro do país. Que bom que o Nordeste está conseguindo colocar equipes fortes no campeonato, que buscam o protagonismo, como o nosso time, o Fortaleza do Rogério Ceni, que se destacou na competição. Isso é bom para o futebol do Nordeste, essa força dentro de campo e fora de campo.
Permanência?
- A gente veio forte para o ano que vem. Buscar avaliar o que a gente fez de bom, onde a gente pode melhorar, que posições precisamos buscar reforços, que outras tivemos avaliação de que estamos bem servidos, para iniciar um ano forte, um ano que vai ser de muita expectativa pelo que a gente fez também neste ano. Meu contrato já é vigente até o fim do próximo ano, e a permanência é certa.
Importância da manutenção do elenco
- Cada etapa que tu passas é um fortalecimento. Isso é bagagem. Renato Gaúcho fala. É a casca. Dá frustração, gera memórias. No momento seguinte que esses cenários acontecerem, você consegue superar. Por isso é importante ter a manutenção de jogadores. Você tem um lastro e uma memória coletiva.
Reformulação do elenco?
- O que eu vejo do nosso grupo é que foi um grupo muito forte. Montar time com característica de futebol reativo foi em função do que a gente tinha de melhor à disposição. Jogadores com forte marcação, laterais bons na linha defensiva. O que eu senti falta como treinador de equipes que sempre propuseram o jogo? Jogadores que em linha defensiva pudéssemos ter um pouco ais de trato com a bola e construção do campo de defesa. Hoje os times marcam mais alto. Principalmente nas laterais precisa ter jogadores com um pouco mais de construção com a bola no pé. Se a gente analisar no ponto de vista técnico do nosso time habitualmente titular, Élber, Artur, jogadores de lado que têm mais destreza com a bola. No meio, jogadores fortes com marcação. Laterais que atacam o espaço com o tempo. O que a gente está procurando agregar qualidade é um jogo um pouco mais limpo, que a gente possa ficar um pouco mais com a bola, sem abrir mão de atacar bem. Buscar um equilíbrio um pouco maior, à medida que esse ano foi um jogo mais direto.
Avaliação do jogo
- O jogo tinha muita coisa na disputa. Isso a gente salientou na palestra, que era a possibilidade de fazer a melhor campanha da história do clube, era a possibilidade do ponto de vista financeiro. Acabar na frente, sabe-se que tem impacto na premiação, que é dividida pela posição na tabela, você tem acréscimo nesta questão. Era a condição de a gente acabar um ano com vitória, com perspectiva e viés de subida. Essa queda deixa um gosto amargo na garganta do nosso torcedor, pelo que a gente vinha vindo e pela frustração de não ter conseguido estar perto daquelas vagas que foram disputadas pela Libertadores. Tinha muita coisa na disputa. Foi um jogo que as equipes alternaram os domínios. O Fortaleza saiu na frente, empurrado pelo torcedor, no começo do jogo. A gente equilibrou, criou oportunidade com Gilberto. Depois, numa jogada de falta, Artur empatou. A gente seguiu no segundo tempo, começamos melhor. O Rogério mexeu, colocou dois jogadores de área. Também fiz uma mexida para não permitir que a gente fosse empurrado para dentro do nosso campo em função dessa pressão perto de final de jogo. Mas, infelizmente, não foi possível. Gol numa jogada de bola roubada de frente da área, num momento em que nós estávamos saindo para atacar. Fica um gosto de fim de ano de frustração. Mas eu tenho, do contexto geral, pontos muito positivos, que a gente pode relacionar, nesta temporada, e projetando um 2020 muito melhor.
Estilo de jogo
- O momento que a gente entendeu, pela dificuldade de alguns jogos dentro de casa, no modelo que a gente estava bem planificado, de contra-ataque, transição, onde a gente estava conseguindo resultados importantes. Nos jogos dentro de casa, contra equipes mais fechadas, estávamos com dificuldade de propor o jogo em função de ter, no tripé de meio-campo, jogadores que têm virtude mais de marcação. Ideia de soltar um pouco mais o time, com característica de Guerra, Lucca, jogadores mais leves... Muitas vezes, o Shaylon, neste tripé também. Isso gerou um pouco de desequilíbrio no time, foi o momento em que passamos a tomar mais gols na competição. Esse foi o ponto de reflexão que, depois, fez com que a gente retomasse novamente com os três volantes, que é o que nos tinha dado sustentação até então e tinha nos trazido até este momento da competição com chances de 70% estar disputando entre os oito, nove primeiros colocados, na primeira página. A frustração e a mea culpa é de todos. A avaliação é minuciosa, o treinador não foge dessa avaliação. Junto com isso, um declínio técnico de jogadores, tentativa de pegar melhor o momento de cada atleta em função dessa queda técnica que os atletas tiveram, de um ano extremamente importante, mas pesado do ponto de vista do calendário. Coincidentemente, essa queda se deu no momento em que começou a acumular os jogos quarta e domingo, onde houve pouco tempo para treinar e, por consequência, pouco tempo para corrigir os erros que estavam acontecendo nos jogos. Não se justifica. Mas, no contexto geral, a gente tira muitos pontos positivos. Outros que a gente precisava evoluir. Mas, sem dúvida, continuidade do trabalho vai dar condição de, no ano seguinte, a gente ter um resultado muito melhor do que esse.
Autor: ,postado em 09/12/2019
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