Copa do mundo no Catar:

Mais recursos tecnológicos, elencos maiores e mais substituições serão algumas das estratégias adotadas pela FIFA para a Copa do Mundo do Catar, com o objetivo de tornar o jogo mais fluido e gerenciar melhor os riscos de lesões ou doenças em jogadores.
Impedimento semiautomático
Quatro anos após a incorporação do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR), o Mundial de 2022 contará com a "tecnologia semiautomática de impedimento" (SAOT), uma ferramenta planejada para acelerar e dar mais confiabilidade às decisões dos árbitros.
O recurso foi testado na última Copa das Nações Árabes e no Mundial de Clubes em 2021 e permite estabelecer em tempo real a posição dos jogadores e da bola, reconhecendo impedimentos de forma automática, mas sem substituir a avaliação dos árbitros.
No Catar, essa tecnologia vai utilizar 12 câmeras localizadas sobre o teto dos estádios e irá controlar "até 29 pontos de dados" por jogador "50 vezes por segundo", enquanto um captador que ficará no centro da bola vai enviar dados "500 vezes por segundo", determinando o momento em que for tocada, com muito mais precisão do que o olho humano poderia ter.
Com a ajuda de uma inteligência artificial, um alerta será transmitido aos árbitros na sala de vídeo, "cada vez que a bola for recebida por um jogador que se encontre em posição de impedimento" no momento do passe, segundo a FIFA. Assim, poderão informar ao árbitro em campo, que terá a decisão final.
Apesar disso, os impedimentos não serão totalmente automáticos, o que não deixa de gerar controvérsias entre torcedores.
Uma vez que a posição dos jogadores será levada em consideração, restará saber se um adversário conseguiu intencionalmente colocar a bola em jogo, como aconteceu com a validação do polêmico gol de Kylian Mbappé em outubro de 2021, na vitória da França por 2 a 1 sobre a Espanha, na final da Liga das Nações.
Listas de 26 jogadores
Outra novidade para a competição será o aumento da lista de convocação de 23 para 26 jogadores por seleção, tornando permanente a medida de flexibilidade introduzida durante a pandemia de covid-19 e adotada pela UEFA durante a Eurocopa de 2020, realizada no ano passado.
O objetivo é unir os riscos de contágio à possibilidade de fazer quarentena, mas também levar em conta "o período inusitado em que a Copa do Mundo acontecerá", entre novembro e dezembro, em plena temporada de futebol na Europa, e não durante o verão no hemisfério norte.
Na última Eurocopa, os treinadores mostraram certa divergência em relação à mudança.
O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, avaliou que "escolher 23 jogadores é uma competição" para o treinador levar em conta, enquanto o comandante da seleção espanhola, Luis Enrique, preferiu chamar somente 24 jogadores durante a competição europeia.
Cinco substituições
A International Board (IFBA), órgão que garante as leis do futebol, validou em junho deste ano o aumento das substituições de três para cinco jogadores, após a medida ser introduzida durante a pandemia, quando acabou convencendo os clubes e outros envolvidos na modalidade.
Autor: ,postado em 20/10/2022
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