Renê diz que foi chamado de
O Ba-Vi deste domingo, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, não terminou de forma positiva. Nos minutos finais da partida, houve uma confusão em campo: Renê Júnior acusou Tréllez de tê-lo chamado de “macaco”, e atletas das duas equipes se juntaram para resolver a situação.
O volante do Bahia deixou o gramado chorando, e tudo se desdobrou nos vestiários. Funcionários da equipe se movimentavam, logo após o apito final, em busca de imagens que comprovassem a ofensa. Renê Júnior conversou com a imprensa depois do ocorrido e disse que não pretende prestar queixa.
- É inadmissível, num mudo de hoje, acontecer essas coisas. Sou maior que isso aí. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Queria estar aqui para falar dos três pontos. Queria que eu, todos os meus filhos, fossem julgados pela personalidade. Não vou dar queixa. Sou maior que isso aí. A maior punição vem lá de cima. Ele próprio veio me pedir desculpas. Sou maior que isso. Quero falar dos três pontos. Tenho muito orgulho da minha raça, de onde vim. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Toda vez que visto a camisa do Bahia é por minha família. É difícil ser chamado de “macaco” dentro do seu país, no estado da Bahia. Aqui, a maioria da população é negra. No país dele também. Mas é cabeça boa, bola para frente. Ele sabe o que falou. Não tenho mágoa de ninguém. Há alguns anos aconteceu com o Aranha. Agora sei o que ele sentiu. Não tenho que me promover em cima disso não - disse o jogador, em coletiva após a partida.
Por volta das 21h30 deste domingo, a assessoria de imprensa do Vitória divulgou um vídeo em que Tréllez nega que tenha chamado Renê Júnior de "macaco", mas admite que os dois trocaram ofensas e pede desculpas.
- Sou Santiago Tréllez, jogador do Vitória. E quero falar sobre aquilo que aconteceu no jogo de hoje. A gente se falou muitas coisas, ele me xingou, eu xinguei ele. Em nenhum momento eu quis ofender ele. Se eu ofendi, eu peço desculpas a ele, ao povo brasileiro, da Bahia. Também quero falar que eu não chamaria ele do que disseram que eu falei. Primeiro, porque eu sou preto. Meu pai é preto, rastafári. Na minha família, temos pretos. Eu amo ser preto - afirma o atleta do Vitória.
O Ba-Vi deste domingo, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, não terminou de forma positiva. Nos minutos finais da partida, houve uma confusão em campo: Renê Júnior acusou Tréllez de tê-lo chamado de “macaco”, e atletas das duas equipes se juntaram para resolver a situação.
O volante do Bahia deixou o gramado chorando, e tudo se desdobrou nos vestiários. Funcionários da equipe se movimentavam, logo após o apito final, em busca de imagens que comprovassem a ofensa. Renê Júnior conversou com a imprensa depois do ocorrido e disse que não pretende prestar queixa.
- É inadmissível, num mudo de hoje, acontecer essas coisas. Sou maior que isso aí. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Queria estar aqui para falar dos três pontos. Queria que eu, todos os meus filhos, fossem julgados pela personalidade. Não vou dar queixa. Sou maior que isso aí. A maior punição vem lá de cima. Ele próprio veio me pedir desculpas. Sou maior que isso. Quero falar dos três pontos. Tenho muito orgulho da minha raça, de onde vim. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Toda vez que visto a camisa do Bahia é por minha família. É difícil ser chamado de “macaco” dentro do seu país, no estado da Bahia. Aqui, a maioria da população é negra. No país dele também. Mas é cabeça boa, bola para frente. Ele sabe o que falou. Não tenho mágoa de ninguém. Há alguns anos aconteceu com o Aranha. Agora sei o que ele sentiu. Não tenho que me promover em cima disso não - disse o jogador, em coletiva após a partida.
Por volta das 21h30 deste domingo, a assessoria de imprensa do Vitória divulgou um vídeo em que Tréllez nega que tenha chamado Renê Júnior de "macaco", mas admite que os dois trocaram ofensas e pede desculpas.
- Sou Santiago Tréllez, jogador do Vitória. E quero falar sobre aquilo que aconteceu no jogo de hoje. A gente se falou muitas coisas, ele me xingou, eu xinguei ele. Em nenhum momento eu quis ofender ele. Se eu ofendi, eu peço desculpas a ele, ao povo brasileiro, da Bahia. Também quero falar que eu não chamaria ele do que disseram que eu falei. Primeiro, porque eu sou preto. Meu pai é preto, rastafári. Na minha família, temos pretos. Eu amo ser preto - afirma o atleta do Vitória.
Autor: ,postado em 01/10/2017
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