Brasil evita "dèjá vu" do dia anterior, brilha na prorrogação e bate Eslovênia

Foi por pouco. Mais exatamente, por dois segundos. Depois de um excelente segundo quarto e de chegar a abrir 19 pontos de diferença sobre a Eslovênia no terceiro, o Brasil voltou a sofrer uma pane e quase entregou uma vitória que parecia garantida. Um tapinha de Anderson Varejão, porém, levou o jogo para a prorrogação, na qual o time de Rubén Magnano reencontrou seu melhor jogo e acabou saindo com a vitória por 88 a 84, pelo Torneio Internacional de Ljubljana.O tempo normal terminou com empate de 74 a 74 (43 a 29).
A exemplo da derrota para a Lituânia no dia anterior, a seleção brasileira se desequilibrou psicologicamente diante da reação adversária e esteve prestes a tropeçar pela segunda vez. Com seis bolas de três em oito tentadas, Prepelic anotou 19 pontos e terminou como cestinha da partida. Goran Dragic, com 18, também teve atuação destacada. Pelo Brasil, que desperdiçou 17 lances livres em 31 tentados, num aproveitamento de apenas 45%, Tiago Splitter, com 18, Anderson Varejão, com 16, e Marcelinho Machado, com 13, foram os maiores pontuadores. O jogo de garrafão, somando-se os oito pontos de Nenê e os quatro de Hettsheimeir, contribuiu decisivamente para o triunfo canarinho: dos 88 pontos, 46 foram anotados por pivôs.
Neste sábado, às 12h15 (de Brasília) o Brasil encerra a sua participação no torneio, diante do Irã, com transmissão ao vivo do SporTV 2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com . A seleção asiática, inclusive, é um dos rivais brasileiros na fase de grupos da Copa do Mundo da Espanha, que começa no próximo dia 30.

O JOGO
Com um quinteto diferente do que começou a partida na derrota para a Lituânuia, no dia anterior, o Brasil não fez um bom primeiro quarto. Se a defesa até fazia sua parte e segurava o ímpeto dos irmãos Dragic, no ataque, as bolas de Marquinhos e Alex teimavam em não cair. Sempre atrás no marcador, o time brasileiro só melhorou com a entrada de Nenê, que anotou sete pontos no primeiro tempo. Mas as coisas só começaram a se encaixar no fim do período, já com Marcelinho Machado e Larry Taylor em quadra.
E foi justamente com o trio que veio do banco de reserva, além de Rafael Hettsheimeir e Marcelinho Huertas, que a seleção brasileira teve seu melhor momento no primeiro tempo. Depois de buscar o resultado e fechar os primeiros dez minutos com os mesmos 14 pontos da Eslovênia, a seleção brasileira voltou para o segundo período com o mesmo quinteto e voando baixo.
Com o time encaixado, Rubén Magnano trocou Huertas, Nenê e Marcelinho por Raulzinho,Tiago Splitter e Marquinhos, respectivamente, e nem assim o ritmo caiu. Com uma defesa agressiva e Larry e Raulzinho não dando descanso para os armadores eslovenos, o Brasil conseguiu uma corrida de 11 a 2, abriu sua maior diferença e foi para o vestiário vencendo por 43 a 29.
NOVO APAGÃO BRASILEIRO
A volta do intervalo foi ainda mais animadora. Com uma bola de Larry Taylor de três no primeiro ataque do segundo tempo e uma enterrada de Anderson Varejão, a seleção fez 48 a 29 e abriu 19 pontos. Jure Zdovc foi obrigado a pedir tempo outra vez. Desta vez, a parada quebrou o ritmo brasileiro, e a Eslovênia anotou sete pontos seguidos, diminuindo o prejuízo para 10 pontos.
A situação só não piorou porque Marcelinho Huertas anotou uma bola de dois, e a seleção voltou a pontuar depois de cinco minutos de apagão. Como na quinta-feira, o susto virou desespero, e o jogo engrossou. Melhor para os donos da casa, que acertaram duas bolas de três seguidas, uma de Lorbek e outra de Prepelic, e diminuíram a diferença para cinco pontos. Com a instabilidade do Brasil escancarada, a seleção da Eslovônia partiu para cima e só não chegou ao empate graças ao cronômetro. Mas a virada parecia questão de tempo.
E ela veio a sete minutos do fim do jogo, numa bola de três de Zoran Dragic. O momento era todo dos eslovenos, e a diferença aumentou para oito em mais duas bolas de três, uma do mesmo Zoran Dragic e a outra de Prepelic. O Brasil diminuiu para cinco, mas Zupan anotou outro tiro de longa distância e aumentou a vantagem para oito novamente.
O Brasil era valente e não se entregava. Com paciência e uma defesa mais agressiva, a seleção tirou a diferença e diminuiu o prejuízo para apenas dois pontos a pouco mais de um minuto para o fim do jogo. Mas a Eslovênia tinha Prepelic. Em mais uma bola de três do cestinha do jogo, os donos da casa abriram cinco pontos de frente. A 35 segundos do fim, Marquinhos deu o troco na mesma moeda, e o jogo voltou a ficar indefinido.
BRASIL MOSTRA FRIEZA E BRILHA NA PRORROGAÇÃO
O Brasil se reencontrou na prorrogação. Num começo arrasador, abriu sete pontos e ficou muito perto da vitória. Mas as bolas de três da Eslovênia continuavam mortais e, com mais duas seguidas, a diferença caiu para dois. Numa repetição dos minutos finais do tempo normal, Varejão recebeu falta, acertou apenas um dos dois lances livres a um minuto do fim e permitiu que a Eslovênia tivesse a chance de empatar em outra bola de três. Mas os donos da casa erraram, Nenê recebeu falta e teve duas chances para matar a partida. O pivô do Washington só acertou um, que acabou sendo o suficiente para afastar o fantasma de mais uma virada traumática: 88 a 84.
Autor: ,postado em 23/08/2014
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