Pilotos se unem e impedem demolição do Kartódromo em Lauro de Freitas

Pilotos, mecânicos e funcionários que utilizam o kartódromo Ayrton Senna, localizado em Lauro de Freitas, se reuniram na manhã de ontem e fizeram uma “barricada” com pneus e veículos para impedir a demolição do local. Ao chegar para o trabalho, eles foram surpreendidos com máquinas. Toda a confusão foi motivada porque a prefeitura da cidade não cumpriu um acordo em que previa que a área do kart não fosse demolida até que uma nova pista fosse construída. Uma área em São Francisco do Conde está sendo destinada para a construção de um novo kartódromo.
Com a demolição do kartódromo Ayrton Senna, um Centro Pan-Americano de Judô será construído no local. O projeto foi lançado em 2011 e uma parte da obra já começou, mesmo com alguns pilotos ainda frequentando o local, ocupando assim 30% da área da praça esportiva.
O representante da Associação Baiana de Kart, Marcelo Sena da Silva, reforçou que o local existe há mais de 25 anos e tem alvará para funcionar. Todos os pilotos, em torno de 100, contribuem com uma quantia mensal e os funcionários são todos trabalhadores com os direitos assegurados.
“Não temos nada haver com a invasão das pessoas que não têm onde morar. Isso é de cunho social. Hoje logo bem cedo recebemos a notícia que funcionários da Prefeitura estavam vindo para demolir a pista de Kart, e nós reunimos com os pilotos e funcionários aqui para assegurar que continuemos aqui até que o governo do Estado decida um local para que podemos funcionar”, disse.
Mesmo com a informação preliminar de que as demolições seriam de cinco casas invadidas por pessoas carentes, localizadas da frente do Kart, os pilotos continuaram no local temendo a destruição da pista de automobilismo. O Batalhão de Choque foi acionado para conter o princípio de confusão entre moradores e funcionários da Prefeitura.
Para a empresária Mara Colon, mãe do tricampeão baiano de kart, Juan Manuel, a demolição do kartódromo vai interferir muito na vida de quem usa o local e de quem trabalha por lá. “O que existe é a promessa de que o kart só sairia depois da nova pista pronta. Enquanto isso, nos foi dado o direito de ficar. Não é justo acabar com o espaço de uma forma que não dê solução, principalmente às pessoas que precisam disso aqui para sobreviver como os mecânicos, por exemplo”.
Moradores se recusam a deixar casas ao redor da pista
As casas que a prefeitura pretende derrubar ficam à beira da pista do kartódromo e também servem de suporte para os pilotos que guardam os equipamentos, peças, fazem a manutenção dos carros. De acordo com o dirigente da Associação Baiana de Kart, Euvaldo Luz, a derrubada iria prejudicar também os associados e mecânicos que trabalham no local. “Uma coisa depende da outra. A derrubada das estruturas seria uma forma de inviabilizar o funcionamento do kartódromo”, avaliou o diretor.
Muitas famílias relutavam em querer sair alegando não ter pra onde ir. A Superintendência de Habitação, da Prefeitura de Lauro de Freitas, estava no local para garantir as famílias, um auxílio moradia no valor de R$ 200 e também realizar um cadastro para o Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, previsto para sair até o final deste ano.
“Vamos encaminhar essas pessoas para uma moradia segura e garantir uma bolsa auxílio e depois eles vão receber uma moradia do programa”, reforçou Daniela Gutierrez, do setor de Superintendência da Habitação de Lauro de Freitas.
A vendedora Rosemeire Gomes dos Santos reside em uma das casas invadida há mais de quatro anos com seis filhos e uma neta de dois meses. Ela relutava em sair e não ter um local para morar. “Tenho filhos pequenos e não posso ir pra qualquer lugar. Aqui eu trabalho para sobreviver e sustentar minha família”, disse a mulher.
Rosemeire vendia água de coco, almoço, lanches e cerveja na área da casa que ela fez um bar, em frente à praia. “Eles disseram que vou receber esse auxílio, mas R$ 200 reais é muito pouco e não sei se vou encontrar um local decente para morar e trabalhar”, preocupava a mulher.
Outro morador é Jonatas Pereira e a mulher dele Átila de Jesus dos Santos, que também foram cadastrados e foram levados para uma residência no mesmo bairro. No total, segundo a Prefeitura de Lauro de Freitas, são 8 famílias que residem nas casas invadidas, porém, por questões de segurança, a Prefeitura os desabrigou do local. O terreno, segundo funcionários da Prefeitura é particular.
Pilotos, mecânicos e funcionários que utilizam o kartódromo Ayrton Senna, localizado em Lauro de Freitas, se reuniram na manhã de ontem e fizeram uma “barricada” com pneus e veículos para impedir a demolição do local. Ao chegar para o trabalho, eles foram surpreendidos com máquinas. Toda a confusão foi motivada porque a prefeitura da cidade não cumpriu um acordo em que previa que a área do kart não fosse demolida até que uma nova pista fosse construída. Uma área em São Francisco do Conde está sendo destinada para a construção de um novo kartódromo.
Com a demolição do kartódromo Ayrton Senna, um Centro Pan-Americano de Judô será construído no local. O projeto foi lançado em 2011 e uma parte da obra já começou, mesmo com alguns pilotos ainda frequentando o local, ocupando assim 30% da área da praça esportiva.
O representante da Associação Baiana de Kart, Marcelo Sena da Silva, reforçou que o local existe há mais de 25 anos e tem alvará para funcionar. Todos os pilotos, em torno de 100, contribuem com uma quantia mensal e os funcionários são todos trabalhadores com os direitos assegurados.
“Não temos nada haver com a invasão das pessoas que não têm onde morar. Isso é de cunho social. Hoje logo bem cedo recebemos a notícia que funcionários da Prefeitura estavam vindo para demolir a pista de Kart, e nós reunimos com os pilotos e funcionários aqui para assegurar que continuemos aqui até que o governo do Estado decida um local para que podemos funcionar”, disse.
Mesmo com a informação preliminar de que as demolições seriam de cinco casas invadidas por pessoas carentes, localizadas da frente do Kart, os pilotos continuaram no local temendo a destruição da pista de automobilismo. O Batalhão de Choque foi acionado para conter o princípio de confusão entre moradores e funcionários da Prefeitura.
Para a empresária Mara Colon, mãe do tricampeão baiano de kart, Juan Manuel, a demolição do kartódromo vai interferir muito na vida de quem usa o local e de quem trabalha por lá. “O que existe é a promessa de que o kart só sairia depois da nova pista pronta. Enquanto isso, nos foi dado o direito de ficar. Não é justo acabar com o espaço de uma forma que não dê solução, principalmente às pessoas que precisam disso aqui para sobreviver como os mecânicos, por exemplo”.
Moradores se recusam a deixar casas ao redor da pista
As casas que a prefeitura pretende derrubar ficam à beira da pista do kartódromo e também servem de suporte para os pilotos que guardam os equipamentos, peças, fazem a manutenção dos carros. De acordo com o dirigente da Associação Baiana de Kart, Euvaldo Luz, a derrubada iria prejudicar também os associados e mecânicos que trabalham no local. “Uma coisa depende da outra. A derrubada das estruturas seria uma forma de inviabilizar o funcionamento do kartódromo”, avaliou o diretor.
Muitas famílias relutavam em querer sair alegando não ter pra onde ir. A Superintendência de Habitação, da Prefeitura de Lauro de Freitas, estava no local para garantir as famílias, um auxílio moradia no valor de R$ 200 e também realizar um cadastro para o Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, previsto para sair até o final deste ano.
“Vamos encaminhar essas pessoas para uma moradia segura e garantir uma bolsa auxílio e depois eles vão receber uma moradia do programa”, reforçou Daniela Gutierrez, do setor de Superintendência da Habitação de Lauro de Freitas.
A vendedora Rosemeire Gomes dos Santos reside em uma das casas invadida há mais de quatro anos com seis filhos e uma neta de dois meses. Ela relutava em sair e não ter um local para morar. “Tenho filhos pequenos e não posso ir pra qualquer lugar. Aqui eu trabalho para sobreviver e sustentar minha família”, disse a mulher.
Rosemeire vendia água de coco, almoço, lanches e cerveja na área da casa que ela fez um bar, em frente à praia. “Eles disseram que vou receber esse auxílio, mas R$ 200 reais é muito pouco e não sei se vou encontrar um local decente para morar e trabalhar”, preocupava a mulher.
Outro morador é Jonatas Pereira e a mulher dele Átila de Jesus dos Santos, que também foram cadastrados e foram levados para uma residência no mesmo bairro. No total, segundo a Prefeitura de Lauro de Freitas, são 8 famílias que residem nas casas invadidas, porém, por questões de segurança, a Prefeitura os desabrigou do local. O terreno, segundo funcionários da Prefeitura é particular.
Autor: ,postado em 01/07/2014
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