Presidente da Petrobras reconhece que compra de Pasadena foi

A presidente da Petrobras, Graça Foster, reafirmou nesta quarta-feira (30/4), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) foi um mau negócio se analisado atualmente, mas uma compra potencialmente boa a partir do cenário da época.
“Analisar o passado é mais fácil que o presente. No conjunto, se a gente olha toda a situação definitivamente não foi um bom negócio. Na época foi potencialmente bom à luz do que tínhamos”, disse, em resposta a deputados da oposição que questionaram uma mudança do discurso entre a fala de hoje e de duas semanas atrás no Senado.
Para o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), a fala de Foster é confusa e busca “acertar o passo” nas falas do ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, e da presidente Dilma Rousseff. “Antes era um mau negócio, aqui me pareceu a defesa de um negócio. Depois que o Gabrielli disse que Dilma tinha de assumir a responsabilidade, vossa senhoria quis acertar o passo”, afirmou.
CPMI
Graça Foster disse que não iria comentar sobre a necessidade de o Congresso ter uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). “Não posso comentar, não tenho o conhecimento que vocês têm sobre a necessidade ou não”, afirmou, em resposta ao líder do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR).
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), questionou o que ele chamou de “maquiagem” de Graça Foster para mudar os valores da compra de Pasadena da empresa Crown pela Astra Oil em 2004. “O valor pago pela refinaria foi de 42 milhões de dólares na aquisição. Quando considera o valor pago pela Astra à Crown considera os investimentos, quando considera a compra pela Petrobras desconsidera os investimentos em Pasadena. Há uma maquiagem para mudar os valores”, afirmou o parlamentar.
Segundo Foster, não houve maquiagem já que os investimentos antes da compra da Astra foram necessários para recuperar a capacidade da refinaria de 30 mil barris/dia para 100 mil barris/dia e os 685 milhões de dólares investidos pela Petrobras de 2006 a 2013 não foram “para recuperar a capacidade” de Pasadena.
Cláusulas
O resumo executivo feito pela área internacional, na versão de Graça Foster, omitia qualquer referência às cláusulas Marlim e put option que integravam o contrato. A primeira garantia à empresa belga Astra Oil, sócia da Petrobras America Inc, rentabilidade mínima de 6,9% ao ano, mesmo com condições de mercado adversas. Já a put option – ou opção de venda – obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra em caso de conflito entre os sócios na condução do negócio.
Para Foster, a cláusula put option é comum e valia apenas para a Astra Oil. “Petrobras tinha o direito da decisão, e a Astra tinha o direito de sair do negócio. Algo que parece razoável. A Petrobras não tinha direito à put-option porque a Astra não tinha direito de fazer imposições. Tão simples quanto isso.”
Já para a cláusula Marlim, Graça Foster disse que ela valeria tanto para a Astra como para a Petrobras America. “A cláusula Marlim fez com que se viabilizasse o negócio, tanto para a Petrobras quanto para a Astra”, disse. Ela não teria sido usada porque o revamp não foi feito.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, reafirmou nesta quarta-feira (30/4), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) foi um mau negócio se analisado atualmente, mas uma compra potencialmente boa a partir do cenário da época.
“Analisar o passado é mais fácil que o presente. No conjunto, se a gente olha toda a situação definitivamente não foi um bom negócio. Na época foi potencialmente bom à luz do que tínhamos”, disse, em resposta a deputados da oposição que questionaram uma mudança do discurso entre a fala de hoje e de duas semanas atrás no Senado.
Para o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), a fala de Foster é confusa e busca “acertar o passo” nas falas do ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, e da presidente Dilma Rousseff. “Antes era um mau negócio, aqui me pareceu a defesa de um negócio. Depois que o Gabrielli disse que Dilma tinha de assumir a responsabilidade, vossa senhoria quis acertar o passo”, afirmou.
CPMI
Graça Foster disse que não iria comentar sobre a necessidade de o Congresso ter uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). “Não posso comentar, não tenho o conhecimento que vocês têm sobre a necessidade ou não”, afirmou, em resposta ao líder do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR).
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), questionou o que ele chamou de “maquiagem” de Graça Foster para mudar os valores da compra de Pasadena da empresa Crown pela Astra Oil em 2004. “O valor pago pela refinaria foi de 42 milhões de dólares na aquisição. Quando considera o valor pago pela Astra à Crown considera os investimentos, quando considera a compra pela Petrobras desconsidera os investimentos em Pasadena. Há uma maquiagem para mudar os valores”, afirmou o parlamentar.
Segundo Foster, não houve maquiagem já que os investimentos antes da compra da Astra foram necessários para recuperar a capacidade da refinaria de 30 mil barris/dia para 100 mil barris/dia e os 685 milhões de dólares investidos pela Petrobras de 2006 a 2013 não foram “para recuperar a capacidade” de Pasadena.
Cláusulas
O resumo executivo feito pela área internacional, na versão de Graça Foster, omitia qualquer referência às cláusulas Marlim e put option que integravam o contrato. A primeira garantia à empresa belga Astra Oil, sócia da Petrobras America Inc, rentabilidade mínima de 6,9% ao ano, mesmo com condições de mercado adversas. Já a put option – ou opção de venda – obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra em caso de conflito entre os sócios na condução do negócio.
Para Foster, a cláusula put option é comum e valia apenas para a Astra Oil. “Petrobras tinha o direito da decisão, e a Astra tinha o direito de sair do negócio. Algo que parece razoável. A Petrobras não tinha direito à put-option porque a Astra não tinha direito de fazer imposições. Tão simples quanto isso.”
Já para a cláusula Marlim, Graça Foster disse que ela valeria tanto para a Astra como para a Petrobras America. “A cláusula Marlim fez com que se viabilizasse o negócio, tanto para a Petrobras quanto para a Astra”, disse. Ela não teria sido usada porque o revamp não foi feito.
Autor: ,postado em 30/04/2014
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