William descarta amadorismo, mas vê dificuldades em encontrar reforços

O Bahia segue em busca de reforços para a temporada 2014. A maior dificuldade é a ausência de um camisa 9, além de um homem de meio-campo para assumir a camisa 10. Nesta terça-feira, o diretor de futebol, William Machado, rechaçou que as dificuldades para contratação sejam motivadas pela pouca experiência da atual diretoria no futebol. O presidente do clube, Fernando Schmidt, está afastado do futebol desde o final dos anos 70, enquanto o vice, Valton Pessoa, e o assessor especial Sidônio Palmeira são debutantes no mundo da bola. Ainda assim, William garante que isso não é problema. Na visão do ex-jogador, a problema seria orçamentário.
- Não tem amadorismo em relação a isso de contratações. O que tem é uma condição orçamentária. Batalhamos para entrar nisso de respeitar o momento financeiro do clube. Não vamos contratar para não pagar. Temos olhado primeiro. Tenho conversado com muitas pessoas. E a resposta que mais escutei é: ‘Se achar, me avisa’. Não é só o Bahia que está com dificuldade para contratar. Salários aumentaram exponencialmente nos últimos anos, e hoje os clubes viram que fizeram uma bobagem. Nesse começo de ano, tivemos uma das viradas de menos investimento. Os clubes viram que suas finanças estão em situações difíceis – explicou.

- Erro todo mundo comete. Óbvio que não queríamos ter o resultado que a gente teve. Vamos fazer o oitavo jogo em 24 dias. Normalmente, isso acontece em agosto ou setembro, mas já começamos o ano assim. O que poderia ser feito de diferente? Pouquíssimas coisas. Não foi perfeito, mas outras equipes cometeram [erros]. É ruim comparar, mas vejam, por exemplo, um time com um elenco forte e um técnico renomado, o Corinthians tem quatro derrotas. O Bahia não é o suprassumo dos acertos, mas não é o vilão do erros – disse.
Ainda sobre os reforços, William Machado garantiu que a diretoria está em busca de novos nomes, desde que respeitando o orçamento do clube. No entanto, ele evitou dar nomes, por conta da concorrência.
- Estamos trabalhando, olhando muitos atletas. Faz parte do processo. Qualquer nome que você confirme, você aumenta a concorrência. Estamos trabalhando com afinco para reforçar esse elenco, no qual confiamos, mas entendemos que precisa ser reforçado, para dar um peso maior a esse elenco. Estamos atrás, mas respeitando o orçamento. Temos conversado com inúmeros jogadores e inúmeros clubes. Mas essa conta hoje está difícil de equacionar. Você vê atletas ganhando R$ 300, R$ 400 mil ou acima. E aí ele olha para o último contrato que ele fez. Torna-se difícil trazer um jogador de ponta sem lesar o clube – disse.

O dirigente também falou sobre seu relacionamento com o atual elenco. Ele disse que tem uma boa convivência, mas destacou que também existem pontos de divergências, como em qualquer relacionamento, e citou um exemplo familiar para explicar o caso.
- Eu fui atleta. Isso é muito bom por um lado. Mesmo na família você tem discussão a favor da melhora. Até por ter sido atleta, a gente conversa sistematicamente sobre pontos de divergência, ideias. Essa relação é muito boa. É uma relação de respeito. Óbvio que há algumas atitudes de que nenhum atleta gosta, como eu não gostava. Muitas vezes, o filho não quer ir para a escola, mas o pai sabe que é o melhor para ele. Em caso extremo, a gente diz que tem que fazer porque é para o bem. Isso é aqui no Bahia, no Vasco no Grêmio. Essa relação vai ter ponto de divergência, mas sempre pensando no bem do Bahia – garantiu.
O dirigente ainda comentou as atuais dívidas com o elenco e garantiu que existe um esforço para resolver a situação.
- O Bahia tem dívidas que não consegue pagar da noite para o dia, mas o esforço é grande para deixar o clube numa situação legal. São pessoas muito honestas e que não pensam em fazer nada do que a lei não permite. Temos dificuldades, mas estamos buscando engenharias financeiras. Estamos conversando com atletas. Com boa intenção de realmente pagar e não deixando para a próxima gestão uma dívida que ela ficaria inviabilizada de pagar. Enquanto estivermos aqui, vamos sentar para conversar com todo mundo – garantiu.Autor: ,postado em 13/02/2014
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