Bahia assina contrato com empresa para dar continuidade a auditoria
A auditoria realizada no Bahia no ano passado vai ter continuidade. A nova gestão do clube assinou novo contrato com a empresa Performance, que realizou a devassa passada, para ampliar o que foi feito e avaliar também as contas de todo o ano de 2013. Segundo o diretor administrativo-financeiro do Tricolor, Reub Celestino, a prática será comum a partir deste ano.
- Auditoria contínua, com auditores externos, será praxe aqui. Para tanto, será contratada empresa para auditar os balanços semestrais e anuais, já a partir do primeiro semestre de 2014 – disse o dirigente.
De acordo com o clube, todos os resultados averiguados pela empresa serão divulgados no site oficial do Bahia.
Primeira auditoria revela negócios escusos e caos financeiro
Após a queda do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, destituído judicialmente em julho do ano passado, foi realizada uma auditoria nas contas do clube, também por determinação da Justiça. Realizado pela empresa Performance, o levantamento detectou diversas irregularidades e até negociações que eram desconhecidas do torcedor tricolor.
Pagamentos sem comprovação, antecipação de valores para funcionários que não foram debitados em folha e quantias a receber que estão atrasadas desde 2010 foram apontadas no relatório apresentado em setembro. Transações obscuras, venda de diretos econômicos de jogadores como Anderson Talisca – negociação que não foi divulgada – e R$ 1 milhão a menos em valores recebidos da Arena Fonte Nova também foram listados.
Realizada entre 30 de julho e 7 de setembro de 2013, a auditoria investigou as contas e negociações realizadas pelo clube de janeiro de 2012 a junho do ano passado, período que compreende o segundo mandato de Marcelo Guimarães Filho. O relatório foi construído com base em informações colhidas no clube e junto a alguns funcionários da agremiação. Segundo o documento, dificuldades impediram a construção de uma análise mais profunda e completa acerca do real quadro administrativo tricolor.
Por mais de um mês, os auditores não tiveram acesso aos balancetes da temporada 2013. As informações contábeis daquele ano só chegaram às mãos dos responsáveis pela devassa nas contas do clube no último dia de investigações, na véspera do processo eleitoral que elegeu Fernando Schmidt para o mandato tampão. A auditoria não obteve a relação de processos judiciais e administrativos em que o Bahia é a parte ativa ou passiva. Para completar, as deficiências estruturais existentes no Tricolor impediram a localização da documentação relativa ao suporte das operações financeiras de pagamentos no período apurado.
Mesmo revelador, o relatório destaca que obteve informações com base em amostragens esporádicas. Uma investigação mais profunda deve ser realizada a partir de agora pela nova gestão do clube baiano.Autor: ,postado em 13/01/2014
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