Decisão foi tomada pelo presidente Fernando Schmidt em reunião com a diretoria

A regalia das torcidas organizadas do Bahia chegou ao fim. Nesta sexta-feira, o presidente Fernando Schmidt determinou o cancelamento imediato da doação de ingressos. A medida foi divulgada através de nota no site oficial do clube.
De acordo com a assessoria de imprensa do Bahia, o cancelamento será ativo a partir do próximo jogo do time na Fonte Nova – sem contar o duelo deste domingo com o Vasco. Ou seja, a primeira partida que as torcidas organizadas não receberão as cortesias será no confronto com a Ponte Preta, no dia 6 de outubro, pela 26ª rodada da Série A.
Desde a reabertura da Fonte Nova, dois mil ingressos eram sempre doados às organizadas. Na última quarta-feira, o diretor administrativo-financeiro do Bahia, Reub Celestino, disse ao GLOBOESPORTE.COM que houve um acordo para a redução da regalia. As organizadas passariam a ganhar mil ingressos por jogo.
A decisão causou revolta na torcida do Bahia, principalmente entre os sócios. O clube, então, se posicionou através do site oficial. Na quinta foi divulgado que a redução fazia parte do planejamento para extinguir a prática.
Segundo relatório da auditoria realizada no Bahia durante o processo de intervenção, o Tricolor costumava distribuir mais ingressos do que o previsto em contrato com a administração da Fonte Nova. O vínculo firmado entre o clube e a Arena prevê que o Tricolor tem direito a 300 ingressos categoria Premium e dois camarotes por jogo realizado no estádio. No entanto, era prática comum da agremiação trocar os ingressos Premium não utilizados por comuns para distribuir entre patrocinadores, torcidas, presidência, vice-presidentes e funcionários.
Neste caso, como o bilhete Premium é mais caro que o convencional (custa R$ 165), o Bahia trocava os ingressos de maior preço por uma quantidade maior dos populares. O que chama atenção é que, em todas as partidas, o Tricolor distribuiu mais ingressos do que o previsto em contrato. Com isso, o valor que excedia o montante acordado se transformava em desconto da quantia que a Arena teria de pagar ao clube.
Ainda de acordo com a auditoria, 60% dos ingressos retirados pelo Bahia eram destinados à torcedores, enquanto 30% ficavam para patrocinadores, e os 10% restantes eram destinados a outros parceiros, funcionários e presidência.
Autor: ,postado em 28/09/2013
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