Teste para 2014: gigante emudece, e comunicação emperra no Maracanã

Dois mil e treze. Era da comunicação, do compartilhamento instantâneo de informações, fotos e vídeos. No entanto, esse cotidiano de troca de dados por dispositivos móveis em alta velocidade ainda não chegou ao Maracanã na Copa das Confederações. Se antes da reforma era impossível realizar ligações e acessar a internet em jogos de grande público, após as alterações no estádio, o prefixo “im” até sumiu e tornou-se possível a comunicação, mas só com a combinação sorte e insistência. Foi assim nesta quinta-feira, durante a goleada da Espanha por 10 a 0 sobre o Taiti.
Desde cedo, os torcedores registraram em imagens a visita ao novo estádio. Enquanto as arquibancadas estavam vazias, tudo certo. Internet rápida, fotos postadas e posadas em redes sociais. Entretanto, conforme, os 71.806 pagantes se acomodaram nos lugares, a situação complicou. Programas de trocas de mensagens travaram, ligações não completaram e o estádio emudeceu.

Celulares não funcionaram no Maracanã durante o jogo entre Espanha e Taiti (Foto: Eduardo Peixoto)
Na véspera da partida, durante o “briefing” diário da Fifa, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, classificou o serviço como satisfatório, mas reconheceu que teve problemas com o sinal do Maracanã.
- No entorno dos estádios houve um reforço e nos momentos de maior concentração de pessoas houve áreas e momentos em que o sinal ficou prejudicado. Mas no geral o desempenho tem se mostrado satisfatório. Por conta do atraso dos estádios, houve atraso na instalação. Tive dificuldades no Maracanã hoje mesmo com meu sinal. Não é algo estranho em grandes eventos - analisou Alvarez.

Vagões do metrô estavam lotado no caminho para
o Maracanã (Foto: Felippe Costa)
Transporte
Diferentemente do amistoso entre Brasil e Inglaterra e a partida entre México e Itália, que ocorreram num domingo, o jogo Espanha e Taiti aconteceu em dia útil. A diferença foi sentida no transporte. Os usuários do metrô que retornavam do trabalho se misturaram aos torcedores que se deslocavam ao Maracanã, inchando aquele que é o meio de transporte apontado como o ideal para a chegada ao estádio. Assim, nesta quinta-feira, quem foi assistir à Copa das Confederações em cima da hora enfrentou vagões lotados.
No entanto, dentro do estádio foi possível observar maior tranquilidade na circulação. No intervalo, os bares tinham menos filas e os banheiros foram mais vazios. Com muitas carrocinhas de bebidas espalhadas pelos corredores, o público pôde evitar os bares maiores e, assim, minimizar o tempo de espera por sua bebida no intervalo da partida.
Como muitos foram pela segunda ou terceira vez ao Maracanã, era visível a maior facilidade de encontrar os melhores caminhos na parte interna daquele que será o palco da decisão da Copa do Mundo de 2014.

No estádio, houve mais tranquilidade na circulação das pessoas (Foto: Eduardo Peixoto)
Organização
Assim como no evento-teste Brasil x Inglaterra e na partida do último domingo, os voluntários orientaram os visitantes com clareza e evitaram longas filas.
Escoamento
Cerca de dez minutos depois do apito final, o Maracanã estava 80% vazio e com as rampas de saída sem tumulto ou empurra-empurra, cenas comuns pré-reforma. O metrô voltou a ser a principal rota de saída.
Autor: ,postado em 21/06/2013
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