Passivo, Bahia aceitou goleada humilhante!

Uma máxima do futebol diz que jogo se ganha no detalhe. Neste domingo (7.4.2013), o Vitória, que não vem muito bem na temporada, venceu, com facilidade, o rival Bahia, no tradicional clássico baiano, por 5x1, goleada histórica, na festa de inauguração da nova Fonte Nova, agora também chamada de Arena, e até de ‘equipamento’. Ora, a Fonte Nova não é nem ‘Arena’ nem ‘equipamento’.
A primeira festa no novo estádio reservava surpresas para o público, desagradável para os tricolores, é claro. O primeiro tempo morno, sem grandes emoções, nível técnico abaixo da critica, caminhava para o final, quando, aos 42 min, o ocorreu o pênalti que mudaria a história da partida. Renato Cajá bate com frieza e faz o primeiro gol do novo estádio. Antes disso, é bom lembrar, que a melhor chance fora do Bahia, logo aos 4 min, quando Adriano invadiu a área pela esquerda e, livre, chutou forte para uma defesa arrojada de Deola.
Se o primeiro tempo foi ruim, na etapa final, o rubro-negro deslanchou e construiu a primeira goleada da nova Fonte Nova. Como explicar um placar tão exagerado para um clássico historicamente sempre equilibrado? Simples, o time tricolor entrou em capo com apenas dois homens fazendo papel de volante, marcadores no meio campo, deixando com isso, a defesa com pouca, ou quase nenhuma proteção. A marcação falhou ou praticamente não existiu. Esse detalhe ajudou o Leão.
O buraco aberto no meio campo facilitou as arrancadas e ataques dos meias do Vitória, que são, por característica, hábeis e rápidos, como Luís Alberto, Renato Cajá, Escudero e Max Biancucchi. Além disso, o Bahia não apresentou a tradicional garra, luta, mesmo estando inferiorizado no marcador. E, o time rubro-negro percebeu isso. É como no boxe, quando o lutador percebe que o adversário apanha fácil, vai para cima para chegar logo ao nocaute. Como no clássico, o Bahia foi nocauteado, facilmente.
Por tradição, o bicampeão brasileiro não se entrega, sempre acredita na virada, até o final, quando o árbitro apita o encerramento. Neste domingo, isso não ocorreu. E, para o torcedor ficou a impressão que os 11 jogadores aceitaram a derrota humilhante com naturalidade, quando na verdade, o rival nem esperava as facilidades e passividade.
O torcedor do Bahia reclamou da morosidade e apatia do grupo, à exceção do meia Zé Roberto, sempre criticado, mas que no clássico destacou-se e até fez o gol de honra. A propósito, todos os seis gols do clássico foram bonitos. O feito por Max, aos 5 min da etapa final foi o destaque, quando ele recebeu no bico da área, viu o goleiro Lomba adiantado e jogou por cima, sem chances, fazendo 2x0.
Michel, Escudero e Vânder completaram a goleada, que humilhou os tricolores e passou dos limites.
O detalhe mais bonito da festa foi quando jogadores do Leão subiram uma escadaria para comemorar os gols, abraçando os torcedores, com total interatividade. A torcida não pode e não deve fazer o caminho contrário, deve esperar seus ídolos.
Lições do clássico: Bahia tem que juntar os cacos e se preparar para o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Já ao Vitória, cabe melhorar alguns setores do time, ainda carentes de reforços, jogador de qualidade.
A temporada só começou, mas o novo palco indica que vai motivar os jogadores para apresentar bons espetáculos. (siga marinaldomira no twitter)Autor: ,postado em 10/04/2013
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