De Itiruçu a Maracás: zagueiro se espelha em Dedé para brilhar no Bahia

Dar mais espaço para os jovens que buscam uma oportunidade no interior do Estado. Este tem sido, nos últimos anos, um dos pedidos da torcida do Bahia. O apelo é reforçado com a lembrança de que foi essa a política quando o time conquistou o título brasileiro em 1988. E é por esse caminho que pode surgir uma nova promessa das divisões de base do Tricolor. Coincidentemente, com a ajuda de Bobô, o grande nome da campanha do bicampeonato brasileiro do time baiano.
Jobson de Brito Gonzaga tem 18 anos e chegou ao Fazendão por acaso. Em 2010, ele fazia parte da seleção de Maracás, cidade do interior da Bahia. A equipe chegou à decisão da Copa Sub-17 de Regiões – organizada pela Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), que é dirigida pelo ex-jogador do Tricolor. O time de Jobson chegou à decisão e disputou a final no estádio de Pituaçu em uma preliminar do Bahia. A atuação dele naquele dia foi o suficiente para que portas fossem abertas.
- Nossos observadores estavam acompanhando a decisão e ficaram impressionados. Ele se destacou na final. Nossos observadores viram e conversaram com ele logo depois do jogo. Menos de uma semana depois, ele já estava aprovado e treinando com a gente no Fazendão – lembra o diretor das divisões de base do clube, Newton Mota.
A apresentação do jogador em Pituaçu marcou. Mas se alguém for ao Fazendão procurar por Jobson Gonzaga dificilmente vai encontrá-lo. A chegada dele ao clube proveniente de uma seleção municipal originou o apelido que carrega até hoje: Maracás. Mas ele faz questão de ressaltar que não nasceu lá.

Jogador foi descoberto na Copa Sub-17 de Regiões (Foto: Divulgação / Esporte Clube Bahia)
- Eles me chamam de Maracás, porque eu jogava na seleção de lá e achavam que eu tinha nascido em Maracás, mas eu nasci em Itiruçu – esclarece o zagueiro promissor da base tricolor.
Inspiração no capitão e no Mito
O que chamou a atenção dos observadores do Bahia no único jogo assistido de Maracás foram a personalidade, tempo de bola e segurança do zagueiro. De acordo com Newton Mota, a força física e o tempo de bola são as principais características do atleta. Mas não as únicas.
- Ele faz uma zaga interessantíssima com Robson, mas acho que ele se destaca mais porque se adapta a jogar nos dois lados. É um zagueiro que tem tudo para ser aproveitado no ano que vem. É um zagueiro seguro, com boa saída de bola e que falha pouco – avalia o dirigente.

Zagueiro nasceu em Itiruçu, no interior da Bahia
(Foto: Divulgação / Esporte Clube Bahia)
Para manter o nível das atuações e continuar agradando com a camisa azul, vermelha e branca, Maracás tem dois atletas como inspiração. Um deles veste as mesmas cores. O outro está um pouco longe do Fazendão.
- Minhas principais características são a velocidade e a jogada aérea, tanto na defesa quanto no ataque. Esse ano, inclusive, fiz um gol no segundo jogo da final do Campeonato Baiano Sub-18, contra o Vitória. Me espelho muito no Dedé. Ele é um jogador espetacular. Ele é rápido e se destaca no jogo aéreo. No Bahia, o zagueiro em que me espelho é Titi – revela o jogador.
Torcedor do Bahia desde pequeno, Maracás não vê a hora de entrar em campo com o time profissional. Antes disso, no entanto, vai defender o Tricolor na Copa São Paulo de Juniores. A depender do desempenho dele em solo paulista, poderá ser requisitado já no primeiro semestre de 2013 para integrar o elenco do técnico Jorginho.
Autor: ,postado em 01/01/2013
Comentários
Não há comentários para essa notícia