Equipe brasileira comemora melhor campanha no Mundial de boxe feminino

O Brasil fez história no Mundial de boxe feminino 2023, em Nova Déli, na Índia. O país conquistou um ouro, com Beatriz Ferreira (60kg), e um bronze, com Barbara Santos (70kg), e obteve sua melhor campanha na competição. Ainda em clima de comemoração, a equipe retornou ao Brasil e analisou o desempenho no campeonato, já projetando a sequência da temporada, que ainda terá a disputa do pré-olímpico.
“Nós fomos com um prognóstico positivo, pensando em ter um bom desempenho como no Mundial de Istambul, no ano passado, em que fizemos uma final e também conquistamos uma medalha de bronze. Tínhamos o objetivo de duas medalhas e conseguimos. Além disso, fizemos duas quartas de finais. Nós sempre analisamos todo o processo e todas as nossas apresentações foram muito positivas, mesmo quando o resultado não foi a vitória. As meninas saíram com a sensação de dever cumprido”, disse Léo Macedo, treinador da seleção.
Os pódios de Beatriz Ferreira e Barbara Santos foram muito especiais para as duas atletas baianas, ainda que por motivos distintos. Além de ter sido bicampeã mundial, feito inédito para o boxe brasileiro, Bia teve a oportunidade de uma “revanche” contra a sul-coreana Oh Yeon-ji, que foi responsável por sua eliminação na segunda rodada do Mundial de 2018, que também ocorreu em Nova Déli. Nesta edição, as duas se enfrentaram na semifinal e a brasileira venceu por unanimidade. Bia, aliás, venceu todas as lutas por decisão unânime e foi eleita a melhor atleta da competição.
Para Barbara, a emoção foi maior por ter sido sua primeira participação na competição. A baiana de 32 anos já havia sido vice-campeã mundial militar em 2021, mas disputou o Mundial Civil pela primeira vez. “Fiquei muito feliz. É uma gratificação saber que o trabalho que foi feito surtiu efeito. Tenho essa medalha com gosto de ouro. Foi algo muito novo para mim, estar lutando contra atletas que eu não tinha disputado em nenhuma outra competição. Isso me fez sentir uma adrenalina um pouco maior, aquele friozinho na barriga, mas no final deu tudo certo”, disse Bynha, como é conhecida.
“O ano começou muito forte, com Strandja e o Campeonato Mundial. Ainda quero fazer duas lutas no profissional, garantir minha vaga para Paris e conseguir uma medalha de ouro novamente no Pan. Esse ano é bem preparatório, talvez seja mais duro do que o próprio ano dos Jogos Olímpicos por conta das competições. A gente tenta reajustar todas as nossas estratégias e treinamentos para chegar em Paris voando baixo”, falou a baiana.
Agora, a equipe brasileira terá alguns dias de descanso pós-Mundial e retornará aos treinos no início de abril. Para as meninas, a próxima grande meta da temporada são os Jogos Pan-Americanos Santiago-2023, que vão acontecer a partir de 20 de outubro. A competição será classificatória para a Olimpíada de Paris 2024, por isso terá uma importância ainda maior. Conquistado o bicampeonato mundial, Bia vai se dedicar ao boxe profissional pelos próximos meses antes de focar no Pan.
Fonte: Surto Olímpico
Autor: ,postado em 03/04/2023
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