Garoto de 8 anos de projeto social é campeão baiano de surf 2022
Pouca idade, muito talento. Assim é possível definir o pequeno Davi Lucca, de apenas 8 anos, uma grande promessa do surf baiano que vem demonstrando todo o eu potencial e conquistando troféus. Davi é nascido e criado em Praia do Forte, em Mata de São João, na Linha Verde.
A intimidade com o mar e a natureza está dando frutos e o último deles foi o primeiro lugar na categoria sub 8 do Bahia Surf Festival, realizado pela Federação Baiana de Surf, na praia de Imbassaí.
O jovem atleta foi campeão invicto nas quatro etapas do evento e é razão de muito orgulho para o pai e professor, Carlos Alberto, mais conhecido como Litinho. “Esse foi um ano muito importante pra gente porque a Praia do Forte nunca tinha levado esse título. Com Davi a gente conseguiu e é um orgulho imenso ver essa evolução dele, que é muito precoce. Somos felizes e gratos”, diz.
Carlos conta que o interesse do filho pelo esporte foi natural, mas não esconde a influência. “Eu nunca botei pressão para ele surfar, mas ele me acompanhava nas aulas, via as pessoas aprendendo e sempre tinha pranchas ali de bobeira”, conta. “Eu gosto de estar no mar, da natureza, e acho que surfar é muito legal, mas também é pelo exemplo do meu pai”, completa Davi Lucca.
Pai e professor
Essa conexão com o mar também é fruto do relacionamento que o pai professor escolheu estabelecer entre o menino e o esporte. “Me preocupo muito com o psicológico e o psicomotor. Não tenho cobranças, penso que ele tem que se divertir. Não temos regras, surfamos e treinamos quando estamos felizes. Assim a evolução vem naturalmente”, destaca Litinho.
Ele conta ainda que o esporte trouxe para o garoto uma percepção diferenciada da vida e do que é responsabilidade e maturidade - e Davi confirma. “Meu pai sempre diz que um campeão não é o que pega a maior onda, mas o que foca mais. Eu me sinto um campeão”, garante.
Litinho é o mentor da Escola Fort Surf, fundada em 2000. Ele explica que o trabalho é dividido entre as aulas com turistas, que é uma parte mais recreativa, e as aulas regulares, que também integram um projeto social. “A escola tem uma influência muito forte nas crianças da comunidade, é toda uma geração que vem sendo impactada pelo surf”, explica.
A transformação que o esporte provoca na vida das pessoas é o que o move o professor. “O surf traz para essas crianças uma percepção de vida que é diferente dos outros garotos que acabam tendo os joguinhos como meio de diversão”, diz.
Autor: ,postado em 15/12/2022
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