Finalizado evento Onda Rosa, na praia de Stella Maris
Assim como no primeiro dia, o domingão foi recheado de atrações dentro e fora d’água. Quiropraxia, oficina de compostagem, exposição e venda de produtos biodegradáveis e, claro, muita atividade nas baterias nas boas ondas que rolaram durante todo o final de semana.
O tempo colaborou e o domingo teve vento fraco, ondas de meio metro, (algumas maiores), o que ajudou muito o desempenho das atletas e dos instrutores que faziam o auxílio das mais novas e das mais inexperientes.
A programação das baterias era intensa e, mesmo em clima de confraternização, algumas disputas pegaram fogo dentro da água. Já que, vestir a lycra de competição, rola um certo comprometimento de entrar no mar e fazer o seu melhor. E foi isso que vimos em todas as categorias.Além da rivalidade individual, tínhamos também várias equipes querendo emplacar o maior número de atletas no pódio. O que deu um tempero a mais ao evento.
No final das contas atletas de todos os cantos do Estado acabaram abocanhando lugares privilegiados no pódio, o que mostra que muitas delegações de cidades e escolinhas de surf vêm fazendo um excelente trabalho de base e de incentivo ao surf feminino da Bahia.Na Bodyboard Estreante, quem dominou as ações foi Amandinha, que trabalhou bem as marolas de Stella e garantiu o primeiro lugar.Já na Bodyboard Open, a disputa foi acirrada, mas Talita Dias dominou e não deixou dúvidas, subindo no degrau mais alto do pódio.
A categoria da criançada, Sub 12, foi de encher os olhos e constatar que desde cedo o surf feminino está sendo fomentado e crescendo como nunca. Talvez tenha sido a categoria mais difícil de ser julgada, pois o nível das meninas estava muito parelho, entretanto, prevaleceu o estilo e a leveza de Luna Mendes, que emocionou os pais e todos os presentes nas areias.
A Pranchinha Estreante mostrou um trabalho muito bem feito pelos instrutores das escolinhas de surf, já que para algumas delas, foi uma espécie de transição de maturidade das pranchas maiores, para competir com pranchas menores. Quem levou foi a atleta Clara Perez, que enfrentou com muita disposição os 15 minutos de bateria, levantou a torcida e ergueu o caneco de primeira colocada.
A categoria Long Estreante também foi muito disputada, as atletas cravaram as quilhas na areia e dificultaram bastante o trabalho dos juízes e, no final das contas, quem mandou melhor foi Mariana Fontoura.Na Long Open o bicho pegou e vimos um surf de altíssimo nível, principalmente das duas primeiras colocadas, onde a multi-atleta Ingrid Topolanski ficou em segundo e Natali Coelho em primeiro. Olho nessas duas, que ainda vão dar muito trabalho nas competições.
Outra categoria disputadíssima foi a Master, onde as mais experientes mostraram muito surf no pé e conhecimento em competições, onde Carla Falcon fez o maior somatório e ficou com a primeira posição. A principal categoria, Pranchinha Open, foi de altíssimo nível, onde a coisa ficou séria e as performances nas alturas. Várias notas na casa dos 7 foram computadas, mostrando que as meninas estão manobrando forte, com estilo e também com muito preparo físico. Porém, Deyse Costa, deixou todas as adversárias para trás e desponta como um nome forte, com potencial de sobra para ir para as cabeças em campeonatos nacionais e, quem sabe, mundiais.
A cerimônia de premiação foi outro ponto alto do evento, onde diversas homenagens cercadas de muita emoção foram feitas e as meninas mostraram o que realmente é um clima amistoso, onde a rivalidade fica só dentro da água, e o que vale mesmo é a alegria, o contato com esse esporte único, inclusivo, em harmonia com a natureza e que encanta espectadores e praticantes.
As marcas apoiadoras, também deram um toque especialíssimo na premiação, organizando kits personalizados para as meninas, pranchas para as principais categorias e provaram que abraçaram o espírito do evento, onde fizeram tudo com muito carinho, à fim de proporcionar mais brilho ainda em todos os detalhes de mais essa conquista do surf feminino da Bahia.
O show de encerramento contou com as brilhantes apresentações de Janaina NoBlat e Pali Trombone. Colocaram a galera para dançar em um final de tarde maravilhoso na praia de Stella Maris.
O surf feminino toma forma e movimento de “família”, resgatando a essência do soul surf, do alto astral e de muita inclusão. Tivemos um festival de surf, num tempo novo, como nos velhos tempos. Foi realmente uma lição ao esporte de modo geral. Fica o aprendizado de como um evento de surf agrega bons sentimentos e a certeza de que muita coisa boa vem por aí!A realização do Onda Rosa é da Stella Surf School junto a Associação de Surf e Ecologia de Stella Maris (ASESM) que, também, é responsável pela supervisão técnica do evento que é homologado pela Federação Baiana de Surf (FBSurf).
Autor: ,postado em 09/11/2021
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