Paratletas Baianos nas Paralimpíadas

Evânio Rodrigus da Silva é baino, halterofilista paralímpico, 37 anos da cidade de Cícero Dantas que fica à 313 kilometros de Salvador. Conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralipicos de Verão de 20216 no Rio de Janeiro.
Esperança de pódio para o Brasil no halterofilismo, Evânio Rodrigues não conseguiu medalha nas Paralimpíadas de Tóquio 2020. O paratleta disputou a final da categoria até 88kg, mas ternou na oitava posição.
O baiano, que quase desistiu do esporte após ter ficado de fora dos Jogos de Londres 2012, emociona familiares e vai às lágrimas no pódio ao se tornar o primeiro halterofilista do Brasil a chegar a uma medalha nos Jogos Paralímpicos
Primeiro pódio aos 23 anos
Com a medalha no peito e segurando o simpático Tom personalizado com os cabelos prateados, Evânio, que sofreu com a poliomielite ainda bebê, recordou toda sua história, desde os problemas da infância até os primeiros passos no esporte, já adulto.
“Eu tive poliomielite com seis meses de idade. Morava em Cícero Dantas, no interior da Bahia. Meu pai trabalhava de vigilante e minha mãe trabalhava em uma clínica. Eu só comecei a andar com 5 anos, porque o recurso era muito difícil e minha família era pobre. Para fazer uma cirurgia depois que eu tive a pólio foi difícil”, narrou.
“Aí consegui a cirurgia, comecei a andar e foi muito difícil isso também. Na escola todo mundo jogava bola. Tinha as competições de escola, entre os colégios, e eu nunca pude participar e ganhar medalha. Era o meu sonho ter uma medalha. E eu só fui ganhar minha primeira co m 23 anos, em uma competição com atletas que não têm deficiência, já que participo dos dois. Foi em 2008, em Ribeirão Pires, um campeonato paulista de supino convencional. E na primeira competição já fiquei em terceiro lugar. Aquela foi minha primeira medalha e meu primeiro sonho realizado”, prosseguiu Evânio, que contou ainda com o halterofilismo entrou em sua vida.
“Eu comecei a praticar musculação lá na Bahia ainda. Eu tinha feito uma cirurgia na perna, porque minha perna era muito curta. Aí tive que fazer alongamento na perna e comecei a musculação para o fortalecimento da perna. Eu tinha 18 anos quando fiz a cirurgia, depois que parei de crescer. Minha perna não cresceu como a outra. Eu não tinha recurso para fazer fisioterapia e eu fui crescendo e minha perna não foi acompanhando. Ai eu fiz a cirurgia para corrigir. Quando eu terminei a cirurgia em Salvador e tirei os ferros da perna eu comecei na academia, mas só para fortalecer a perna para começar a andar de novo”, lembrou.
“No começo eu não conseguia levantar nenhuma barra. Mas fui melhorando, melhorando... Aí teve uma competição em Cicero Dantas, depois da cirurgia em Salvador, e eu fui evoluindo e comecei a tomar gosto pela musculação. Meu irmão me convidou para morar na Praia Grande, no interior de São Paulo, para procurar emprego.
Fiquei dois anos até que um colega que tinha deficiência e que competia nas provas de halterofilismo me mostrou o esporte. Aí em 2010 eu comecei no esporte paraolímpico”.
Autor: ,postado em 30/08/2021
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