Série documental registra trajetória de atletas paralímpicos

Os 25 episódios, com duração de cerca de 30 minutos cada, contam com legenda e descrição de imagens. Filmada em nove cidades brasileiras, a produção, fruto de uma parceria da SEE com a Universidade Federal de Goiás (UFG), traz depoimentos de representantes de diversas modalidades como: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima, halterofilismo, hipismo, judô, tiro esportivo, triatlo, vôlei sentado entre outros.
Atletas, técnicos e familiares contam histórias de vida, relembram o encontro com o esporte, os bastidores e as estratégias para se destacar. Um dos participantes da série é o médico e remador Renê Pereira, medalhista em diversos campeonatos, com vaga garantida nos Jogos de Tóquio. Em 2006, ele teve um abscesso epidural, que comprimiu sua medula e levou à perda do movimento das pernas.
“A palavra que eu mais escutava é superação. Assim como no meio não paralímpico, vai haver o Usain Bolt, e também seus adversários. O que faz um atleta chegar na frente do outro é o treinamento, o comprometimento. Acho que os atletas paralímpicos gostariam de cada vez mais serem vistos pela sua capacidade, e não apenas pela superação”, explicou o remador.
“Não é café com leite, é esporte de alto rendimento, que exige performance e é preciso abrir mão de muitas coisas para alcançar resultados”, afirma a atleta do tiro com arco Thais Carvalho, que sofre de pesudoartrose congênita e teve uma perna amputada. Para ela, a experiência de acompanhar uma competição paralímpica vai além de vibrar com os resultados no esporte: permite se envolver com a trajetória do atleta.
“Historicamente, as Pessoas com Deficiência atravessaram diversas barreiras ao longo de suas vidas para alcançarem uma mínima aceitação e participação dentro da sociedade, em todas as suas dimensões”, destacou Bruno Souza, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR). Segundo ele, o projeto permitiu a construção de um vasto banco de dados, que poderá ser aproveitado em pesquisas e ações que deem mais visibilidade à missão paralímpica.
Mergulho
O documentário é fruto de um projeto de pesquisa sobre visibilidade do esporte e atletas paralímpicos, coordenado pela professora da UFG Vanessa Dalla Déa. O projeto também rendeu um seminário (assista aqui o período da manhã e aqui o período da tarde) com palestras e mesas redondas, além de um e-book que pode ser acessado aqui.
Financiado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o projeto foi realizado pela Universidade Federal de Goiás e dirigida por Kellen Casara. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer de Goiás são alguns dos apoiadores do projeto.
Com informações da Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania
Autor: ,postado em 13/08/2021
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