Atletas Brasileiros avançam nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Seja em quadra ou na água, atletas brasileiros avançam nos Jogos Olímpicos de Tóquio e garantem vagas nas semifinais. Foi o que ocorreu no tênis feminino de duplas, boxe e na canoagem slalom
Na Canoagem Slalom, Ana Sátila e Pepê Gonçalves garantiram presença nas semifinais. Os dois semifinalistas recebem o Bolsa Pódio, a principal categoria do Bolsa Atleta que prevê repasses de R$ 5 mil a R$ 15 mil e é voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas categorias. Os dois integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). Ana pela Força Aérea Brasileira e Pepê pela Marinha.
Ana Sátila disputou as classificatórias do C1 (canoa individual) e marcou participação com com o quarto melhor tempo entre os 24 competidores. A atleta conheceu a canoagem ainda pequena por incentivo do pai. Ela foi a mais jovem da delegação brasileira em Londres 2012 e também esteve nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. É dona de três ouros e uma prata nos Jogos Pan Americanos de Toronto 2015 e Lima 2019.
Pepê Gonçalves está na semifinal do K1 Masculino (caiaque individual). O caiaque é a prova mais rápida da Canoagem Slalom e uma das mais disputadas. Ao todo, 24 atletas estavam na água e 20 passaram para a semifinal.
Essa é a segunda participação de Pepê em Jogos Olímpicos. Na estreia, no Rio 2016, ele fez história ao chegar em uma final e garantir a sexta colocação. Em 2020, na Copa do Mundo realizada em Tacen, na Eslovênia, ele conquistou a medalha de bronze. Tem ainda dois ouros conquistados no Pan de Lima 2019.
Por meio do Bolsa Atleta, entre 2017 e 2020 foram investidos R$ 2,86 milhões na concessão de 121 bolsas para atletas da modalidade. A canoagem slalom é uma das 19 modalidades com presença brasileira em Tóquio em que 100% dos inscritos recebem a Bolsa Atleta.
A canoagem slalom estreou nos Jogos Olímpicos na edição de Munique, em 1972, mas só retornou ao programa dos Jogos 20 anos depois, em Barcelona no ano de 1992.
Boxe
No boxe, o Brasil tem dois esportistas que recebem o Bolsa Atleta nas quartas de final. O pugilista Abner Teixeira, na categoria peso pesado (até 91kg) e Keno Marley Machado, na categoria meio-pesado (-81kg). Ambos integram ainda o Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, pelo Exército brasileiro.
Keno de 21 anos, baiano de Supeaçu, já foi três vezes campeão nacional e campeão continental juvenil e ainda faturou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americano de Lima 2019. O boxeador venceu por unanimidade o chinês Daxiang Chen, em luta encerrada no segundo round por nocaute técnico nesta quarta-feira (28) e garantiu sua vaga nas quartas de final. Se vencer, ele assegura ao menos a medalha de bronze.
Já o paulista Abner, de 24 anos, derrotou o britânico Clarke Cheavon por 4 a 1, na noite dessa terça (27), manhã no Brasil. O atleta é medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e heptacampeão brasileiro. A próxima disputa também será na sexta-feira (30).
O boxe recebeu repasse direto via Bolsa Atleta de R$ 6 milhões no ciclo Rio - Tóquio, investimento que se reverteu na concessão de 431 bolsas. São contemplados seis dos sete integrantes da equipe brasileira em Tóquio.
Na história, o Brasil conta com cinco medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos no boxe: um ouro, uma prata e três bronzes. O lugar mais alto do pódio foi conquistado por Robson Conceição, na categoria até 60kg, nos Jogos Rio 2016, no Rio de Janeiro
Tênis
Em um jogo disputado e uma vitória de virada, Luisa Stefani e Laura Pigossi conquistaram uma vaga na semifinal da chave de duplas do tênis feminino. Com a vaga na semifinal, Laura e Luisa se tornaram as primeiras tenistas brasileiras a chegar para esta fase em um torneio olímpico. Desde o primeiro confronto, Luisa, 23ª do ranking mundial de duplas, e Laura, 188ª na mesma lista, enfrentaram grandes rivais para chegar à semifinal e fazer história para o tênis feminino brasileiro.
No jogo de quarta elas derrotaram de virada as norte-americanas Bethanie Matter-Sands e Jessica Pegula, por 2 x 1, com parciais de 1/6 6/3 e 10/6 no tie-break decisivo.
A atleta Luisa Stefani, 23 anos, é uma das tenistas da equipe brasileira que recebe o apoio do Bolsa Atleta na categoria Internacional para se preparar para o esporte e afirmou que a partida foi dura.
“Estamos levando todos os jogos ponto a ponto, indo até o final, lutando. Não tem jogo fácil aqui. Todas essas meninas são campeãs, são ótimas tenistas, já ganharam medalha olímpica. É uma grande vitória, mas o mais importante é fazer o nosso e continuar competindo com o todo o coração e fazendo nosso melhor”, disse Luisa Stefani.
Nas semifinais, Luisa e Laura enfrentam as suíças Viktorija Golubic e Belinda Bencic.
A equipe nacional de tênis que está em Tóquio compete com sete atletas, cinco deles apoiados com a Bolsa Atleta do Governo Federal. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a modalidade recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 3,6 milhões.
A modalidade estreou na primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896, na Grécia, mas saiu do programa em 1924, nos Jogos de Paris. A retomada ocorreu 64 anos depois, nos Jogos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988.
Bolsa Atleta
O Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal, divulgou esse ano a maior lista de esportistas atendidos pelo programa. São 7.197 contemplados com um investimento de R$ 143,4 milhões e outros 274 atletas apoiados pelo último edital da Bolsa Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade com recursos de R$ 36,72 milhões.
O Bolsa Atleta faz parte do tripé formado ainda pela Lei das Loterias e Lei de Incentivo ao Esporte que tornam o Governo Federal no maior patrocinador esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
Programa Atletas de Alto Rendimento
O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. Com esse número, a equipe brasileira que disputa medalhas tem mais de 30% de atletas militares. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.
Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares.
Fonte: gov.br
Foto: Wander Roberto/COB
Autor: ,postado em 29/07/2021
Comentários
Não há comentários para essa notícia