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Governança corporativa pode ser vital para continuidade de empresas agrícolas  


Governança corporativa pode ser vital para continuidade de empresas agrícolas  

O Agronegócio representa importante parcela da economia brasileira.  No entanto, para garantir a sua perenidade, as empresas do setor precisam investir em uma estrutura de governança corporativa.  Segundo a pesquisa Agronegócio: desafios à competitividade do setor no Brasil, realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em 2020, governança e gestão formam o segundo principal gargalo do setor no Brasil, atrás somente de infraestrutura.  

 O estudo Importância da Agenda ESG no Agronegócio, realizado pela PwC em abril de 2021, aponta que 83% das empresas familiares no ramo têm alguma política ou procedimento de governança. No entanto, apesar de já ter dado um primeiro passo, o tema da sucessão permanece como um dos principais desafios das organizações do agronegócio brasileiro. Levando em consideração que o Brasil possui um número significativo de empresas com essa característica, adotar um modelo de governança familiar é um elemento fundamental para a sobrevivência do negócio.  

 A governança familiar é o sistema pelo qual a família desenvolve suas relações e atividades empresariais com base em sua identidade (valores, propósitos e princípios da família) e no estabelecimento de regras, acordos e papéis. Seu objetivo é obter informações mais seguras e mais qualidade na tomada de decisões, auxiliar na mitigação ou eliminação de conflitos de interesses entre familiares, superar desafios e propiciar a longevidade dos negócios.  

 Importância  

Dados do estudo da PwC Governança Em Empresas Familiares: Evidências Brasileiras, realizado com 279 empresas brasileiras de controle familiar de capital fechado, revelaram que conflitos familiares foram apontados como o principal motivo (41,9%) para a saída de sócios, uma das evidências que apontam para a necessidade da estruturação da governança para essas empresas.   

 Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 52% dos respondentes não têm documento que discipline a relação entre família e negócio; e 45,1% tem acordo de sócios e/ou protocolo ou constituição familiar. Apenas 2,9% possui outro tipo de documento. O estudo também revelou que a existência desse documento é maior em empresas sem atuação do fundador e cresce de acordo com a ascensão das novas gerações aos cargos de liderança.  

 Entre aquelas em que o tema governança já entrou na pauta de discussão da família, as principais motivações foram: aprimorar o modelo de gestão da empresa (67,4%) e contribuir para a longevidade da empresa (54,8%). Ainda aparecem justificativas como facilitar o processo sucessório (38%) e administrar conflitos familiares (22,6%). Somente 10% das empresas afirmaram nunca ter discutido a adoção de práticas de governança.  

  A pesquisa revelou ainda que, de uma forma geral, a tendência é que as empresas familiares busquem a profissionalização à medida que membros de novas gerações assumem os cargos de direção. Entre as empresas pesquisadas, 35,8% não têm nenhum tipo de conselho. 20,8% têm conselho de administração estatutário e 43,4% possui conselho consultivo ou não estatutário. Também foi percebido que a presença de um conselho de administração estatutário 1) é mais prevalente em empresas em que o fundador não é atuante e 2) cresce à medida que novas gerações assumem o comando das empresas.   

  

Cada vez mais as novas gerações, especialmente no caso de empresas familiares, têm percebido a necessidade de incorporar diretrizes claras para a atuação da empresa e de seus membros. Isso garante uma maior solidez do negócio e atrai possíveis sócios interessados em investir no negócio.   

  

  

 

 

Autor: ,postado em 02/07/2021


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