Abrasel lamenta falta de políticas públicas para o setor

O setor de bares e restaurantes saiu frustrado com a mais recente coletiva de imprensa do ministro da Economia, Paulo Guedes, e seus secretários. A falta de notícias sobre a reedição do BEm, programa de ajuda para pagamento de salários, deixa a categoria apreensiva a poucos dias do vencimento de mais uma folha salarial.
De acordo com a Abrasel, a categoria, uma das que mais sofreu com os impactos econômicos da economia, não pode ficar à mercê do desencontro orçamentário entre Ministério e Congresso.
Em reunião com o conselho e governantes baianos, foram solicitados entre outros pleitos como REFIS dos débitos tributários estaduais até março de 2021, sem juros e sem multa e Redução da alíquota de ICMS para 1% durante o período da pandemia.
“O setor, que já estava colapsado, entra agora num estado terminal. Ninguém aguenta mais, a sensação é de desespero total entre os empresários. Esse cenário é injusto e desastroso, estamos falando de milhões de empregos e negócios dizimados por falta de acordo no Governo. É dever do Estado intervir e proteger numa situação dessas. É preciso responsabilidade e empatia. Estamos vendo isso em vários países e logo no Brasil, que está vivendo esse caos, a ajuda não vem. Não dá mais para fechar os olhos para nós. Precisamos de ajuda urgentemente”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Segundo a Abrasel nacional, o setor que tinha um milhão de negócios e empregava diretamente seis milhões de pessoas até março do ano passado, sendo o maior gerador de empregos do Brasil, já perdeu 350 mil estabelecimentos e um milhão de postos de trabalho, até fevereiro deste ano. E pesquisa feita pela Associação mostra que 78% do setor sinalizou não ter condições de pagar a folha de abril se o BEm não fosse reeditado logo.
“Aqui na Bahia 77% das empresas já não possuem mais recursos para pagamento dos salários. A pesquisa revela que 87,8% dos bares, restaurantes e similares já tiveram que demitir até 58,3% de todo seu quadro de funcionários, e que 8,6% demitiram todos seus colaboradores. Os dados apontam que 90,7% das empresas irão realizar novas demissões, sendo que 71% dessas empresas terão que demitir de 10% a 50% do quadro atual”, disse o presidente executivo da Abrasel, Luiz Henrique do Amaral.
Autor: ,postado em 05/04/2021
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