Novembro Azul, campanha alerta para outras doenças

O Novembro Azul marca não somente o alerta para o cuidado com a saúde do homem, mas também a luta contra um vilão, muitas vezes silencioso: o diabetes. Atualmente, cerca de 12 milhões de pessoas têm o problema, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Por isso, mais do que nunca, é fundamental ampliar o apelo para que a população controle essa doença, que pode ser um fator de risco no enfrentamento à COVID-19, como também a causa de um outro problema chamado retinopatia diabética – a maior razão de cegueira na população abaixo dos 60 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“No mês de combate ao diabetes, cabe ratificar que quem tem a doença não corre um risco maior de se contaminar pelo coronavírus, mas tem maior possibilidade de complicações pela infecção. Além disso, quando a doença não está controlada, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina, podendo provocar a retinopatia diabética.
Os médicos ressaltam que, à medida que a doença progride, os sintomas de retinopatia diabética podem incluir pontos ou manchas escuras flutuando na visão, perda de visão central ou periférica, visão noturna embaçada, dor no olho, visão dupla etc. “A concentração elevada de glicose no sangue predispõe a inchaço dos tecidos, má irrigação sanguínea e aumento do risco de infecções. Dessa maneira, algumas das alterações mais comuns encontradas nos olhos, decorrentes do controle inadequado do diabetes são alterações na córnea (úlceras recorrentes e redução de sensibilidade), no nervo óptico, no cristalino (com desenvolvimento de catarata), na íris e até mesmo descolamento de retina em casos mais avançados”.
Estatísticas - De acordo com a publicação As Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019), do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a retinopatia diabética é responsável por 1,8 milhão de casos de cegueira em todo o mundo. Depois de 20 anos de doença, estima-se que mais de 75% dos pacientes têm alguma forma de retinopatia diabética. Ainda segunda a publicação, há evidências de estudos conduzidos durante mais de 30 anos de que o tratamento pode reduzir o risco de perda visual em mais de 90% dos casos. Porém, vale reforçar que, embora alguns tipos de retinopatia possam ser tratados, uma vez que a visão tenha sido perdida devido à essa causa, ela não pode ser totalmente recuperada.
Autor: ,postado em 09/11/2020
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