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Olimpíadas, atletas usam tecnologias, refazem planos e mostram otimismo


Olimpíadas, atletas usam tecnologias, refazem planos e mostram otimismo

De julho de 2019 para julho de 2020, o planeta deu uma volta em torno do sol e o ciclo olímpico parou no mesmo lugar. E há 365 dias, era impossível imaginar que hoje os atletas estariam em casa, isolados em chácaras ou até em Portugal.

- Esperar mais um ano para competir, acho que não só pra mim mas para vários atletas, acho que é uma agonia - diz Isaquias Queiroz, canoísta dono de três medalhas olímpicas.
 

- Eu tento sempre tira o lado positivo de todas as coisas, mesmo nos momentos mais complicados. É claro que já são praticamente quatro meses que eu não consigo, nem... Não jogo, não treino, que faço só os treinos sozinhos - explica Bruninho, capitão e levantador da seleção brasileira de vôlei campeã olímpica na Rio 2016.
 

É claro que todo mundo foi afetado. Não tem como. E já são quatro meses se reinventando. Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, aprendeu a nadar na varanda. Isaquias Queiroz colocou a academia no quintal. E o pessoal do taekwondo levou o tatame para campo. Aliás, os atletas foram além. Graças aos óculos de realidade virtual, no mundo digital eles já voltaram a lutar.

- É algo surreal. Foi uma iniciativa também aqui da nossa equipe, juntamente com uma empresa que veio de fora para agregar com isso. Realmente é algo surreal. A gente tem a possibilidade de trabalhar todos os nossos adversários, em conjunto com o treino físico, por exemplo - conta Ícaro Miguel sobre a tecnologia desenvolvida no Brasil para eles treinarem durante o confinamento.
 

Com a vaga garantida nas Olimpíadas de Tóquio, Ícaro está no time dos que conseguiram manter um bom ritmo durante a pandemia. É o mesmo caso de Isaquias Queiroz. A quarentena dele em Lagoa Santa, Minas Gerais, não o afastou da água.

- Em relação a atrapalhar, não atrapalhou nada. Porque a gente continua fazendo um trabalho bem feito. Eu faço parte de um esporte que já é um pouco isolado. No máximo eu tenho algum contato mais próximo na água com o Erlon - afirma Isaquias, sobre o companheiro de canoa.
 

É o oposto do capitão da seleção brasileira de vôlei, Bruninho, que pegou o auge da epidemia na Itália. E quando retornou ao Brasil, viu o epicentro se transferir com ele para o país.

- Eu tento levar pelo lado positivo, acho que durante tantos anos a gente não teve um momento de férias, já saia do clube direto para a seleção, e de certa forma acho que esse tempo pode ter ajudado a dar uma sobrevida aí para a carreira de muitos atletas - reflete Bruninho.

Arthur Zanetti está nesse time aí. Três meses e meio depois, ele teve que ir para Portugal para rencontrar os aparelhos de ginástica.

- Nesse momento a gente sempre tem que pensar, pelo menos eu penso, no positivo. Muita gente fala: “Ah, mais você vai ter um ano a mais e você vai estar mais velho“. Eu não penso nesse ponto. Porque eu vejo atletas de argolas mais velhos do que eu que conseguiram pegar final olímpica e que conseguiram pegar medalha olímpica. Então, eu pego sempre um ponto positivo ou o melhor caminho. No meu caso, eu penso que eu ganhei um ano a mais para me preparar. Então, se eu já estava bem no ano passado, esse ano no caso, eu ganhei um ano, então. Vai ser um ano a mais para eu me preparar, então vou estar melhor ainda em 2021. No meu pensamento foi até bom ter adiado as Olimpíadas porque eu ganhei um ano - diz Zanetti, diretamente de Sangalhos, cidade portuguesa onde está a seleção de ginástica.

Com duas medalhas olímpicas na carreira, um ouro e uma prata, Zanetti planejava conquistar a terceira em Tóquio e aposentar. Com o adiamento dos Jogos, já fala em estender a carreira até Paris 2024.

- Eu não pensava em Paris. A gente tinha um planejamento de encerramento, mas ao mesmo tempo não tinha. Mas eu estava pensando comigo: vou competir as Olimpíadas de 2020 e vou continuar treinando mais uns dois anos. Mais ou menos. Vai depender muito da situação do meu corpo, da cabeça. E agora mudou pra 2021. Aí eu vou segurar mais dois anos treinando. Já vai ser 2023. No ano seguinte já é Olimpíada! Aí eu parei pensei: “Eu acho que dá pra segurar mais um ciclo, sim.“ Pode ser, sim, que eu vou trabalhar para 2024 - concluiu o ginasta.

 


 

 


 

 



Autor: ,postado em 23/07/2020


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