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Geninho diz que Vitória tirou o pé e jogou em ritmo de baba


Geninho diz que Vitória tirou o pé e jogou em ritmo de baba

Apesar da classificação para a 3ª fase da Copa do Brasil, o técnico Geninho não ficou lá muito satisfeito com a atuação do Vitória no triunfo por 3 a 1 diante do Lagarto, na noite desta quinta-feira, no Barradão – Vico, duas vezes, e Léo Ceará marcaram os gols  Para o treinador rubro-negro, sua equipe se acomodou.

Muito da falta de motivação dos atletas, para Geninho, foi pelo fato de enfrentar um time de menor expressão. E, com um gol marcado logo aos quatro minutos, o Vitória “tirou o pé” e jogou em ritmo de baba.

- Acho que o time tirou o pé. O time todo tirou o pé do acelerador. O jogo ficou num ritmo de baba. Nós paramos de buscar o gol. Até tivemos grande chance com Alisson na trave e uma outra cabeçada. Mas pouca coisa. Acho que não foi o time sentir a falta de dois jogadores importantes. Mas tirou o pé. No segundo tempo, quando pisou no acelerador, ainda não pisou fundo, tomou conta do jogo e teve volume diferente - afirmou.

"Começamos o jogo bem, tivemos cinco, 10 minutos de time focado, pegando, não deixando eles jogarem. Fizemos um gol. Aí o time se acomodou. Começou a trabalhar, rodar a bola, perdeu ímpeto de buscar segundo gol rápido. Aí ficou um jogo perigoso, o Lagarto começou a gostar do jogo", avaliou.

A falta de empenho do Vitória na partida deixou Geninho muito irritado na saída para o intervalo, pouco depois de o Vitória ter levado o segundo gol.

- Irritação porque vi meu time, no primeiro tempo, que poderia manter ritmo e definir o jogo. Você poderia ter feito três gols no primeiro tempo, aí a partida estaria praticamente definida. Passei para o grupo uma situação diferente. “Imaginem o jogo estar 1 a 0 e você tomar um gol desse no segundo tempo”. Vai para os pênaltis. Não pode dar chance. Futebol te castiga. Você tem que ter seriedade total. Hoje não se fala mais em 90 minutos, mas 100. Tem que ter seriedade total. Acho que o time relaxou um pouco depois do primeiro gol, talvez por uma confiança muito grande no que poderia fazer. Mas é uma atitude perigosa. Eu que fico do lado de fora sofrendo não gosto muito disso. De repente, eu tenho que externar isso. É bom que eles sintam isso para que a gente não tire o pé numa próxima oportunidade - disse.

Durante a partida, o lateral Jonathan Bocão foi vaiado pela torcida, chegou a marcar um gol, porém ele foi anulado pela arbitragem. Geninho falou sobre o assunto.

- A pressão da torcida em cima do Bocão é porque ele andou perdendo alguns lances que a torcida achou que podia ter tido outro desenvolvimento. Torcida aplaudiu Bocão quando ele fez jogada de efeito, ofensiva. Natural isso. Jogador tem que estar preparado. Um dia vai ser vaiado, outro será aplaudido. Vai depender do que faz no campo. O que passa de dentro para fora é o que vem de fora para dentro. Quando tem uma grande apresentação, a torcida palude. Quando não, vaia. E você tem que entender o torcedor, que é emocional, não é racional. Emoção pura. E ele reage de acordo com o que ele vê. E você tem que que entender e o jogador também, não se deixar abater por vaia, pressão. Errou uma? Se recupera no jogo e as vaias vão virar aplauso. Coisa natural de repente um jogador ser vaiado. Foi o Bocão hoje; em outro jogo, foi outro [jogador]; e outro; vai ser sempre assim - afirmou Geninho.

A equipe principal do Vitória volta a campo neste domingo, quando encara o ABC, pela Copa do Nordeste. O adversário da 3ª fase da Copa do Brasil será o Ceará, mas as datas dos duelos ainda não foram definidas.

Confira outros trechos da entrevista de Geninho

Jogo perigoso
- O fundamental foi alcançado, que era classificação. Era fundamental que conseguíssemos passar essa fase para que você tivesse mais tranquilidade no trabalho, uma fase onde o modo de disputa é diferente e você pode equilibrar as forças. Esse tipo de jogo é muito complicado. Tenho dito a eles [jogadores] que existem jogos que, quando eu era jogador, eu gostava de jogar, e jogo que eu não gostava de jogar. Eu gostava de jogar contra time grande, Flamengo, Corinthians, onde a motivação vinha sem ninguém precisar trabalhar o teu emocional. E alguns jogos complicados, onde você tem favoritismo grande e é obrigado a confirmar isso. Às vezes, não é assim no futebol. Às vezes, tem um jogo complicado. E a Copa do Brasil é especialista em zebras. Ontem dois times grandes decidindo classificação nos pênaltis. Cruzeiro contra o Boa, uma disparidade muito grande de força, de tudo. E as coisas acabaram indo para os pênaltis. Jogo complicado de jogar, e isso me trazia preocupação. Começamos o jogo bem, tivemos cinco, 10 minutos de time focado, pegando, não deixando eles jogarem. Fizemos um gol. Aí o time se acomodou. Começou a trabalhar, rodar a bola, perdeu ímpeto de buscar segundo gol rápido. Aí ficou um jogo perigoso, o Lagarto começou a gostar do jogo. Nossa pressão já não era muito forte. Eles arriscaram chute de fora, contra-ataques. Conseguimos o segundo gol, mas, logo depois, o time continuou naquele diapasão. Deixamos eles fazerem 2 a 1 no final [do primeiro tempo]. Aí deu um fôlego para o adversário. Conversamos no intervalo, alertamos. Segundo tempo foi diferente, o time jogou mais ligado. Não que fosse jogo excecional, mas mais ligado, mais pegado, tanto que o Lagarto passou a criar menos, já não incomodou tanto em termos de jogada de gol. Nós tivemos muito mais chances. Fizemos o terceiro gol e poderíamos ter feito quatro, cinco. Criamos muito para isso. Segundo tempo mais tranquilo, onde sofremos menos do que o primeiro tempo. O jogo foi aquele típico de Copa do Brasil. Dentro desse tipo de regulamento, te traz preocupação grande. Por isso tem que comemorar a classificação.

Alterações
+ Duas substituições foram pedidas pelo Jean e Vico. Jean era natural que não terminasse o jogo, tanto que, no jogo passado, saiu com 45 minutos. Hoje saiu com 60 e pouco. Ele vinha de muito tempo de inatividade e vai pegando ritmo aos poucos. Foi até onde deu. O Vico também. Logo que voltou do intervalo, já reclamou do adutor e disse que ia até onde dava. Resolveu sair depois do gol. Mas vinha reclamando, e estávamos de olho numa substituição. Com saída do Vico, em vez de botar mais um atacante ou um meia, eu quis fazer uma dobradinha, para que alternasse Bocão com Van, porque Ranielle tinha tirado um meia e tinha colocado um atacante. Acabou não tendo produção que esperava, mas, com os dois na dobra, eu fechava a esquerda e não precisava ninguém voltar para cobrir por ali. No final, dei oportunidade para o Tenório; o Van descia, Rodrigo fechava as costas do Van e Tenório entrava. Garoto pegando rodagem, sempre bom, quando tem oportunidade, a gente ir dando rodagem.

Como fazer para o time não relaxar?
- Eu acho que isso não acontece quando você enfrenta um adversário mais qualificado. O jogador não é bobo. Às vezes, ele se deixa levar pelo subconsciente. Quando sabe que vai enfrentar um adversário perigoso, não relaxa. Esse trabalho você faz no dia a dia. Não tem coisa específica. Você usa os exemplos como o de hoje para demonstrar a causa e efeito. O que você faz, qual o efeito que pode te trazer. A gente usa os exemplos para que não aconteça em outra situação. Difícil não é trabalhar na semana ou na sequência. O difícil é trabalhar para reverter o comportamento no jogo. Tem hora que você tem que pegar pesado no vestiário para que as coisas tomem outro rumo.

Calendário
- Ainda bem que temos continuidade de Copa do Brasil. Gostaria de ter essa sequência total. Mas é esse calendário nosso, maluco, que temos no futebol brasileiro, com jogos de distância grande, nos obrigando a fazer um transporte aéreo. Aí tem que ter aeroporto, espera, conexão, voo... Mas tudo bem. Enquanto você estiver passando por isso e estiver na disputa, maravilha, sinal de que está vivo, suas chances estão aí. Desgastante bastante, a gente vai ter que administrar isso. Vamos ver logística. Por isso provavelmente a gente não volta. Porque se você joga, tem que vir embora na segunda, depois, na terça, fazer outra viagem, em véspera de jogo. Por isso vamos emendar tudo. Única coisa que não definiu é se vamos ficar em Natal ou se vamos direto para o Ceará. Isso faz parte da nossa vida. Praticamente uma coisa corriqueira dentro do futebol brasileiro. Só faz essa coisa seguida quem está na briga. Então eu prefiro fazer essas viagens e estar sempre jogando.

Autor: ,postado em 01/03/2020


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