Roger espera repetir série do primeiro turno e comemora confiança no trabalho

A boa campanha no primeiro turno do Campeonato Brasileiro faz com que o Bahia, apesar de estar há sete jogos sem vencer, permaneça na primeira metade na tabela de classificação e mantenha a aspiração a uma vaga na Libertadores. Contudo, a “gordurinha” acabou e a distância do Tricolor, 9º colocado, para o Atlético-MG, 13º, é de apenas três pontos. No próximo domingo, o time de Roger Machado tem compromisso fora de casa contra o Goiás, adversário direto na luta pela Libertadores.
O jogo contra o Goiás, 11º colocado com 43 pontos, abre a série final de cinco jogos do Bahia no Brasileirão. O lado positivo é que o Tricolor tem o retrospecto recente contra esses times como inspiração. Na primeira parte do Brasileiro, venceu três e empatou dois desses jogos. Além do Goiás, os adversários foram Atlético-MG, CSA, Vasco e Fortaleza.
- Essa partida fundamental aconteceu em outras rodadas. Se tivéssemos vencido o Ceará [Bahia perdeu por 2 a 1] dentro de casa, seríamos 5º colocado. Essa gordura chegou ao final nesse momento. Hoje, Vasco e Goiás, que estavam atrás, ganharam pontos e nós, justamente por termos acumulado esses bons resultados, que nos mantiveram quase que na mesma posição passados sete jogos... Perdemos uma posição. E agora as equipes encostaram. Esses cinco jogos vão nos dar o panorama do que a gente vai aspirar até o final do Brasileiro. Se a gente repetir a mostra do primeiro turno, podemos nos tornar a equipe do Bahia que mais pontos fez e, provavelmente, na melhor colocação no Brasileiro de pontos corridos. E perceber, ao final de tudo isso, aonde vai nos levar, se pré-Libertadores se acontecer G-8, ou consolidar na posição de Sul-Americana – disse Roger Machado em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira.
"Contra esses adversários, tivemos resultados e desempenho melhores que nos permitiram, mesmo nesse momento de turbulência, nos manter na 9ª posição da competição. Esses cinco jogos que faltam, nessa mesma janela, fizemos 11 pontos. Nos dá confiança e otimismo para poder repetir alguns deles, melhorar desempenho em outros e sonhar dentro da competição", disse.
Apesar de toda a oscilação do Bahia na temporada, não se tem questionado a competência do técnico Roger Machado no comando da equipe. O treinador reconhece a atitude como atípica no Brasil, quando o mais comum é a troca de comando nos momentos de baixa das equipes.
- Circunstância de fato diferente. Eu fico feliz por isso. Me cobro muito também, porque entendo que o Bahia poderia ou pode nos levar a algo especial, tanto no ano quanto nessa trajetória como treinador do Bahia. Não vejo meu trabalho finalizado em uma temporada. É uma construção. Mas também entendo que, muitas vezes, há uma troca de comando por entender que o trabalho no futebol brasileiro é feito a várias mãos. E o clube, como instituição, vem crescendo a cada ano. O trabalho de um treinador, a gente é só a última parte. Isso que nós estamos vivendo, que eu estou vivendo, mesmo com os jogos de instabilidade, ainda com a confiança principalmente do torcedor é inédito. A partir do momento que o torcedor perdeu a confiança no meu trabalho, não há por que permanecer. Na forma que eu estou sentindo hoje, tenho muita confiança para o trabalho seguir para o próximo ano.
O jogo contra o Goiás está marcado para as 16h (horário de Brasília) deste domingo.
Confira outros trechos da entrevista de Roger Machado
Jogo contra o Goiás
- Ney [Franco] é um amigo, treinador com bastante experiência. Ele consegue formar equipes consistentes, que têm algumas figuras com destaque individual. Isso fez com que o Goiás subisse de posição e engatasse resultados importantes. Todas equipes oscilam. O Goiás oscilou no primeiro momento e engatou uma série de resultados importantes. Estamos oscilando, talvez o segundo momento. Foi uma próxima da decisão da Copa do Brasil contra o São Paulo, que nós tivemos a derrota para o Santos em casa e outros resultados que demoramos para resgatar. Depois sete resultados positivos que nos trouxeram a esse momento. A gente oscila mais que gostaríamos. Das equipes que estão brigando conosco é um que vem somando pontos importantes. Somou o último contra o Vasco e dentro de casa tem a força dos seus domínios.
Bahia caiu de produção?
- Não vejo cair de produção. No Palmeiras e Atlético-MG os trabalhos foram interrompidos no meio. Os times vão oscilar. No Grêmio, fui eu que decidi interrupção no trabalho. Quando perguntado sobre isso, costumo responder que você vem para Bahia passar uma semana de férias e, coincidentemente, chove, você volta de férias e diz que nunca mais volta porque chove. Não é verdade. Então é difícil analisar por uma janela um contexto que é muito maior, de uma competição, trajetória, de um ano. Então, para mim, os times não caem de produção. Eles oscilam. A questão é que, dentro dessa oscilação, o trabalho é interrompido. O final é marcado por aquele recorte e analisado por isso. Se fosse assim, no primeiro momento de oscilação, era melhor o treinador pedir para sair que aí preservaria os números. Agora, hoje pegar um recorte num aproveitamento nosso está em 45%. Se eu saísse hoje do Bahia, se pegar todos os jogos, talvez dê perto de 50%, 52% de aproveitamento. Se essa crise persistir e eu sair, esse percentual vai ser maior.
A boa campanha no primeiro turno do Campeonato Brasileiro faz com que o Bahia, apesar de estar há sete jogos sem vencer, permaneça na primeira metade na tabela de classificação e mantenha a aspiração a uma vaga na Libertadores. Contudo, a “gordurinha” acabou e a distância do Tricolor, 9º colocado, para o Atlético-MG, 13º, é de apenas três pontos. No próximo domingo, o time de Roger Machado tem compromisso fora de casa contra o Goiás, adversário direto na luta pela Libertadores.
O jogo contra o Goiás, 11º colocado com 43 pontos, abre a série final de cinco jogos do Bahia no Brasileirão. O lado positivo é que o Tricolor tem o retrospecto recente contra esses times como inspiração. Na primeira parte do Brasileiro, venceu três e empatou dois desses jogos. Além do Goiás, os adversários foram Atlético-MG, CSA, Vasco e Fortaleza.
- Essa partida fundamental aconteceu em outras rodadas. Se tivéssemos vencido o Ceará [Bahia perdeu por 2 a 1] dentro de casa, seríamos 5º colocado. Essa gordura chegou ao final nesse momento. Hoje, Vasco e Goiás, que estavam atrás, ganharam pontos e nós, justamente por termos acumulado esses bons resultados, que nos mantiveram quase que na mesma posição passados sete jogos... Perdemos uma posição. E agora as equipes encostaram. Esses cinco jogos vão nos dar o panorama do que a gente vai aspirar até o final do Brasileiro. Se a gente repetir a mostra do primeiro turno, podemos nos tornar a equipe do Bahia que mais pontos fez e, provavelmente, na melhor colocação no Brasileiro de pontos corridos. E perceber, ao final de tudo isso, aonde vai nos levar, se pré-Libertadores se acontecer G-8, ou consolidar na posição de Sul-Americana – disse Roger Machado em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira.
"Contra esses adversários, tivemos resultados e desempenho melhores que nos permitiram, mesmo nesse momento de turbulência, nos manter na 9ª posição da competição. Esses cinco jogos que faltam, nessa mesma janela, fizemos 11 pontos. Nos dá confiança e otimismo para poder repetir alguns deles, melhorar desempenho em outros e sonhar dentro da competição", disse.
Apesar de toda a oscilação do Bahia na temporada, não se tem questionado a competência do técnico Roger Machado no comando da equipe. O treinador reconhece a atitude como atípica no Brasil, quando o mais comum é a troca de comando nos momentos de baixa das equipes.
- Circunstância de fato diferente. Eu fico feliz por isso. Me cobro muito também, porque entendo que o Bahia poderia ou pode nos levar a algo especial, tanto no ano quanto nessa trajetória como treinador do Bahia. Não vejo meu trabalho finalizado em uma temporada. É uma construção. Mas também entendo que, muitas vezes, há uma troca de comando por entender que o trabalho no futebol brasileiro é feito a várias mãos. E o clube, como instituição, vem crescendo a cada ano. O trabalho de um treinador, a gente é só a última parte. Isso que nós estamos vivendo, que eu estou vivendo, mesmo com os jogos de instabilidade, ainda com a confiança principalmente do torcedor é inédito. A partir do momento que o torcedor perdeu a confiança no meu trabalho, não há por que permanecer. Na forma que eu estou sentindo hoje, tenho muita confiança para o trabalho seguir para o próximo ano.
O jogo contra o Goiás está marcado para as 16h (horário de Brasília) deste domingo.
Confira outros trechos da entrevista de Roger Machado
Jogo contra o Goiás
- Ney [Franco] é um amigo, treinador com bastante experiência. Ele consegue formar equipes consistentes, que têm algumas figuras com destaque individual. Isso fez com que o Goiás subisse de posição e engatasse resultados importantes. Todas equipes oscilam. O Goiás oscilou no primeiro momento e engatou uma série de resultados importantes. Estamos oscilando, talvez o segundo momento. Foi uma próxima da decisão da Copa do Brasil contra o São Paulo, que nós tivemos a derrota para o Santos em casa e outros resultados que demoramos para resgatar. Depois sete resultados positivos que nos trouxeram a esse momento. A gente oscila mais que gostaríamos. Das equipes que estão brigando conosco é um que vem somando pontos importantes. Somou o último contra o Vasco e dentro de casa tem a força dos seus domínios.
Bahia caiu de produção?
- Não vejo cair de produção. No Palmeiras e Atlético-MG os trabalhos foram interrompidos no meio. Os times vão oscilar. No Grêmio, fui eu que decidi interrupção no trabalho. Quando perguntado sobre isso, costumo responder que você vem para Bahia passar uma semana de férias e, coincidentemente, chove, você volta de férias e diz que nunca mais volta porque chove. Não é verdade. Então é difícil analisar por uma janela um contexto que é muito maior, de uma competição, trajetória, de um ano. Então, para mim, os times não caem de produção. Eles oscilam. A questão é que, dentro dessa oscilação, o trabalho é interrompido. O final é marcado por aquele recorte e analisado por isso. Se fosse assim, no primeiro momento de oscilação, era melhor o treinador pedir para sair que aí preservaria os números. Agora, hoje pegar um recorte num aproveitamento nosso está em 45%. Se eu saísse hoje do Bahia, se pegar todos os jogos, talvez dê perto de 50%, 52% de aproveitamento. Se essa crise persistir e eu sair, esse percentual vai ser maior.
Autor: ,postado em 01/11/2019
Comentários
Não há comentários para essa notícia