Roger também avaliou a atuação de dois jogadores que tiveram atuação destacada, caso de Nino Paraíba, autor de gol, e Douglas Friedrich, que fez defesas importantes.
- Quando, coletivamente, a equipe anda bem, as individualidades aparecem naturalmente. Douglas vem fazendo temporada em altíssimo nível, assim como Nino, que hoje participou dos dois gols. A construção coletiva dos gols me interessa, assim como defesas que Douglas faz são, de certa forma, ajudadas pelo sistema defensivo. Imaginar que adversário, em casa, não vá tentar impor seu jogo é surreal. Mas que esse jogo seja controlado, e a gente possa coletivamente controlar a partida. Vento atrapalhou no segundo, a bola volta um pouco. Mas, no primeiro tempo, também nos ajudou, então fica 50% para cada lado.
O jogo contra o Athletico-PR está marcado para este sábado, às 19h (horário de Brasília).
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Análise do segundo tempo
- Douglas começou a municia-los. Começamos a sofrer um pouco com as bolas cruzadas na área, mas o bom posicionamento defensivo e Ronaldo... Eu pedi a ele para encurtar o espaço quando Douglas pegasse a bola, e isso fez com que Douglas andasse mais para trás para pegar a bola. Assim tiramos ele da zona perigosa. Trocar os jogadores mais desgastados, para segurar mais a bola.
Usou emocional do Avaí a favor do Bahia?
- Saber que parte do jogo é emocional. Quando o time vem de resultado adverso, naturalmente, se você controlar o jogo tecnicamente, o torcedor relembra o último insucesso e pode passar, em vez de ajudar a eles, a ajudar a gente. Mas não com intuito de enervar jogador adversário, mas de se beneficiar de um momento de instabilidade que o time passa momentaneamente.
Avaliação da partida
- Foi uma partida bastante consistente, um resultado final do jogo, no primeiro tempo, em dois lances bem importantes, que marcaram a estratégia que a gente idealizou para o jogo. No segundo tempo, o Avaí, com as mudanças, tentou nos empurrar para dentro do nosso campo. Promovi uma mudança para tentar deixar nosso meio de campo mais forte. A gente conseguiu contra-ataques importantes. Uma vitória importante fora, a terceira fora de casa. As equipes que almejam, no final da competição, se credenciam a estar entre as primeiras para estar na Libertadores têm entre três e cinco vitórias fora de casa. E era muito importante essa vitória hoje, porque a gente soma seis pontos dos dois confrontos contra o Avaí, que não vem bem na competição, mas vai tirar ponto de quem almeja e disputa o mesmo campeonato que a gente. Então por isso a vitória assume uma importância muito grande.
Estratégia contra o Avaí
- O jogo se demonstrou como a gente imaginava. O Avaí, mesmo jogando dentro de casa, não nos pressionou. Ele baixou o bloco e reduziu os espaços dentro de seu campo, e a gente precisaria de um jogador com mais destreza para jogar dentro do bloco, para a gente conseguir articular melhor. No começo do jogo, manei orientação para dentro do campo, porque o Guerra estava empurrando o Moisés para a linha da frente para pegar a bola de frente. Eu queria que ele jogasse dentro do bloco, com sua qualidade, fazendo pequenas diagonais, podendo municiar os atacantes. A gente corrigiu isso e conseguiu entrar bem dentro do campo do Avaí. Basicamente, foi por causa disso. Porque o Avaí, jogando dentro de casa, ia baixar, constranger os espaços, nos negar os espaços perto do seu gol, e a gente precisaria de um jogador com mais destreza para jogar ali.
Consistência defensiva
- Zagueiro bom é zagueiro protegido. Quanto menor a exposição fora do eixo central do campo, onde ele pode nos oferecer o que tem de melhor, com sua qualidade, mais eficiente ele vai ser. Então a ideia é sempre você proteger o zagueiro na medida do possível, para que ele use as suas virtudes a nosso favor. Isso tem acontecido. Agora o que cobro deles e quero é um golzinho de cabeça no escanteio ofensivo, que ainda não saiu.