Ketleyn Quadros é uma das mais experientes atletas da seleção de judô. Ela, que tem 31 anos, fez história nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 ao se tornar a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica - bronze - em esportes individuais. Há anos competindo e defendendo o Brasil, ela segue em sua caminhada na tentativa de disputar mais uma edição da Olimpíada. Nesta quarta-feira, a atleta de Ceilândia, no Distrito Federal, fez sua participação no Mundial da arte marcial em Tóquio, que contabiliza pontos valiosos na corrida para 2020.
Não foi como ela queria. Na estreia, uma vitória rápida contra Anna Siga Faye, de Senegal, por ippon. Na segunda luta, contudo, a brasileira acabou sendo derrotada pela holandesa Juul Franssen após ser punida com três shidos. Foi um balde de água fria para a judoca, que sonhava ir mais longe para levar os pontos na categoria -63kg de olho nos Jogos Olímpicos. Mesmo com tanta experiência, Ketleyn Quadros demonstrou humildade e disse que o revés pode servir de aprendizado para o futuro.
Com certeza estar aqui é o sonho de qualquer atleta. Estamos num evento-teste no mesmo lugar onde será a Olimpíada. A gente acaba tendo uma emoção maior. Me diverti. Estou no lugar onde deveria estar. No Brasil, só participam as oito melhores do feminino, os oito do masculino. Saio da competição, ninguém quer perder, mas acredito de verdade que quando você dá seu melhor, procura evoluir, você tem a crescer. Saio feliz por isso. Eu talvez precise passar por isso para adquirir experiência. Isso é válido e é super importante. Se a gente passa por todo o processo, é porque toda atleta sonha com a Olimpíada - relatou.
Ketleyn Quadros explicou que teve dificuldades de chegar na gola da holandesa. A luta anterior, onde ela venceu em somente 11 segundos, criou também uma confiança grande. Mas no fim das contas não deu certo. Com os judocas aprendem desde o comecinho no tatame e, apesar de ser um clichê, é preciso saber cair e levantar.
- Não é fácil, mas estou pronta para seguir em frente. Tóquio ainda tem uma longa caminhada. Estamos no processo de classificação. É o principal objetivo. Tenho que garantir a vaga. Mundial era super importante em termos de pontuação. Todas as competições são importantes. Servem de pontuação. Todo processo é importante. Não tenho tempo para ficar remoendo e preciso focar na solução. Preciso melhorar para poder chegar nesse sonhado evento que todo mundo espera. Até a derrota é importante porque serve de lição - falou.
Além de Ketleyn, nesta quarta-feira lutaram também Alexia Castilhos, na categoria -63kg - terminando com derrota na estreia - e Eduardo Yudi, do -81kg - que perdeu no segundo confronto. O Brasil volta ao tatame com Maria Portela (-70kg) e Rafael Macedo (-90kg). O SporTV 3 transmite sempre às finais a partir das 7h (de Brasília), e o GloboEsporte.com acompanha em caso de bloco final com brasileiros.
Veja os atletas brasileiros participantes e o serviço do Mundial de Judô
Local: Nippon Budokan - Tóquio, Japão
Capacidade: 10.000 lugares
Transmissão: finais às 7h no SporTV 3
AGENDA (horários de Brasília)
DIA 5 (29/08)
Categorias: 70kg feminina e 90kg masculina (médio)
70kg - Maria Portela
90kg - Rafael Macedo
Classificatórias - 00h
Finais - 7h
DIA 6 (30/08)
Categorias: 78kg feminina e 100kg masculina (meio-pesado)
78kg - Mayra Aguiar
100kg - Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini
Classificatórias - 00h
Finais - 7h
DIA 7 (31/08)
Categorias: +78kg feminina e +100kg masculina (pesado)
+78kg - Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza
+100kg - David Moura e Rafael Silva
Classificatórias - 1h
Finais - 7h
DIA 8 (01/09)
Equipes mistas
Classificatórias - 1h
Finais - 7h20
Obs.: Fora os atletas citados acima, que estão no individual e podem ser usados na disputa por equipes, há mais quatro convocados somente para o torneio de times. São eles: Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg); Jeferson Santos Junior (73kg); Tamires Crude (57kg) e Ellen Santana (70kg)