Vela: Marco Grael e Gabriel Borges são ouro, Patrícia Freitas é tri, e Brasil

Os velejadores Marco Grael e Gabriel Borges, de 30 e 27 anos, entraram nesta sexta-feira no mar de Paracas, em Ica, a 250 km de Lima, capital do Peru, para confirmar sua medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019. Em 12 regatas até então, eles tinham vencido seis. Com isso, a medal race foi praticamente uma "volta olímpica" para os brasileiros. Como melhores sul-americanos, os dois conquistam a vaga olímpica de Tóquio 2020 para o Brasil e só precisam confirmar o índice nacional para serem os representantes no Japão.
Cenário parecido ocorreu com Patrícia Freitas, que fez a classe RS:X F, e também ficou com o lugar mais alto do pódio. Bruno Fontes, da classe laser, levou uma medalha de prata, e Gabriela Nicolino e Samuel Albrecht, da Nacra 17, ficaram com o bronze.
Marco tem a vela correndo pelas veias. Ele é irmão da campeã olímpica e mundial da 49er FX, Martine Grael, e filho de Torben, bicampeão olímpico da classe star. Gabriel Borges, apesar de mais novo, tem grande experiência, tendo sido campeão do Pan de Guadalajara 2011, no México, na classe Snipe, ao lado de Alexandre Tinoco, e também campeão mundial nessa prova na Dinamarca. Ele mudou de classe em 2012 e foi à Rio 2016 já com Marco. Os dois ficaram em 10º lugar.
As condições climáticas não permitiram que fosse dada a largada da medal race feminina na classe 49er. Líderes do torneio e favoritas ao ouro, as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze só precisam largar e completar a regata para garantirem a medalha de ouro. A organização pretende aguardar a melhora no tempo em Ica (local da disputa das provas de vela), mas existe a possibilidade da regata ser cancelada, o que garantiria o ouro à dupla brasileira.
Como melhores sul-americanos na prova da classe 49er, Marco Grael e Gabriel Borges garantiram a vaga para o Brasil na Olimpíada de Tóquio 2020. A vela já tem outras vagas garantidas também (confira aqui!).
- A gente veio aqui confirmar a vaga olímpica, correr atrás dela. Ano passado tivemos a excelente notícia de que poderíamos conseguir a vaga no Pan, ficamos focados nisso. Agora para sermos confirmados como os representantes precisamos confirmar o índice nacional. Estamos muito felizes - afirmou Marco Grael após a prova.
- A gente foi para água hoje com resultado já garantido, a comemoração foi ontem, um alívio imenso, felicidade maior ainda e também pela conquista da vaga olímpica. Estávamos lutando pela vaga da América do Sul em Tóquio. Estamos felizes da vida - comemorou Gabriel Borges, celebrando também a vaga olímpica conquistada.
Patrícia Freitas tem 29 anos e se tornou tricampeã na classe RS:X F. Ela venceu também nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e em Guadalajara 2011. A velejadora nasceu nos Estados Unidos e é membro da seleção brasileira de vela desde 2007. Em sua prova nesta sexta-feira, a medalha de prata foi para Celia Tejerina, da Argentina, e o bronze para Maria Bazo, do Peru.
- Tricampeonato, que felicidade (risos). É bom ganhar com os pontos mais relaxados na hora da medal race, entrar com uma diferença de pontos confortável é um alívio, menos estressante - comentou a brasileira.
Em terceiro na regata da medal race, Bruno Fontes, que levou a prata na classe Laser, comemorou muito. Recentemente, ele perdeu seu pai, Fernando, que era cadeirante. Aos 39 anos, festejou o pódio, mas anunciou sua aposentadoria da modalidade. Foi sua última prova como atleta.
- Depois de ter pedido a prata em Guadalajara 2011, em uma regata parecida com essa, eu tive a oportunidade e não deixei escapar, que é uma medalha em Pan-Americano, não tenho olímpica também. O enredo foi perfeito. Queria o ouro, mas a prata é muito bem-vinda - concluiu.
Samuel Albrecht, de 37 anos, e Gabriela Nicolino, de 29, levaram a medalha de bronze na classe Nacra 17. Após a prova, Samuel reclamou das condições do vento no momento em que as medalhas eram decididas, mas comemorou o pódio.
- Hoje foi quase sobrevivência. Uma pena termos decidido o campeonato nessas condições. Mas demos nosso máximo na água. Não nos favoreceu, mas estamos felizes com a medalha. Os rivais são os mesmos da disputa olímpica e estamos no caminho. A vela é um dos esportes que mais traz medalha para o Brasil.
Brasileiro fica em 4º, e atleta de Aruba leva 1ª medalha na história
Além deles, Brenno Francioli ficou em terceiro na medal race da RS:X M, o que o deixou na quarta colocação geral. Aos 22 anos, ele é hexacampeão brasileiro nessa classe e perdeu a medalha para o amigo Mack Eerenbeemt, que se tornou o primeiro atleta da história de Aruba a conquistar uma medalha no Pan. Foi um bronze. Nessa prova, os EUA ficaram em segundo com Pedro Pascual, e a argentina foi primeira colocada com Saubidet Batista.
- Estou mais feliz ainda pelo Mack, que é meu amigo e parceiro de treino. Sabemos da qualidade um do outro. No Mundial da Juventude que corremos há uns anos, eu fiquei em terceiro e ele em quarto. Foi a vingança dele. A gente é amigo. Estou feliz. Quero aprender mais com ele e sei que ele vai aprender comigo também - falou o brasileiro.
Condições de vento interrompem prova de Martine e Kahena
Campeãs olímpicas na Rio 2016 e campeãs mundiais em 2014, Martine Grael e Kahena Kunze vão ter que esperar mais um dia para sentir o gosto do ouro Pan-Americano. As brasileiras que lideram a 49er FX precisam apenas competir para assegurar o lugar mais alto do pódio. Mas o vento excessivo dessa sexta-feira fez com que a prova fosse adiada para este sábado.
Os pódios dos brasileiros desta sexta
49er masculino
1º - Brasil
2º - Argentina
3º - Canadá
RS: X F
1º - Patrícia Freitas (BRA)
2º - Celia Tejerina (ARG)
3º - Maria Bazo (PER)
Laser
1º - Juan Maegli (GUA)
2º - Bruno Fontes (BRA)
3º Charles Buckingham (EUA)
Nacra 17
1º - Estados Unidos
2º - Argentina
3º - Brasil
O Pan de Lima
O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru.
Os velejadores Marco Grael e Gabriel Borges, de 30 e 27 anos, entraram nesta sexta-feira no mar de Paracas, em Ica, a 250 km de Lima, capital do Peru, para confirmar sua medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019. Em 12 regatas até então, eles tinham vencido seis. Com isso, a medal race foi praticamente uma "volta olímpica" para os brasileiros. Como melhores sul-americanos, os dois conquistam a vaga olímpica de Tóquio 2020 para o Brasil e só precisam confirmar o índice nacional para serem os representantes no Japão.
Cenário parecido ocorreu com Patrícia Freitas, que fez a classe RS:X F, e também ficou com o lugar mais alto do pódio. Bruno Fontes, da classe laser, levou uma medalha de prata, e Gabriela Nicolino e Samuel Albrecht, da Nacra 17, ficaram com o bronze.
Marco tem a vela correndo pelas veias. Ele é irmão da campeã olímpica e mundial da 49er FX, Martine Grael, e filho de Torben, bicampeão olímpico da classe star. Gabriel Borges, apesar de mais novo, tem grande experiência, tendo sido campeão do Pan de Guadalajara 2011, no México, na classe Snipe, ao lado de Alexandre Tinoco, e também campeão mundial nessa prova na Dinamarca. Ele mudou de classe em 2012 e foi à Rio 2016 já com Marco. Os dois ficaram em 10º lugar.
As condições climáticas não permitiram que fosse dada a largada da medal race feminina na classe 49er. Líderes do torneio e favoritas ao ouro, as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze só precisam largar e completar a regata para garantirem a medalha de ouro. A organização pretende aguardar a melhora no tempo em Ica (local da disputa das provas de vela), mas existe a possibilidade da regata ser cancelada, o que garantiria o ouro à dupla brasileira.
Como melhores sul-americanos na prova da classe 49er, Marco Grael e Gabriel Borges garantiram a vaga para o Brasil na Olimpíada de Tóquio 2020. A vela já tem outras vagas garantidas também (confira aqui!).
- A gente veio aqui confirmar a vaga olímpica, correr atrás dela. Ano passado tivemos a excelente notícia de que poderíamos conseguir a vaga no Pan, ficamos focados nisso. Agora para sermos confirmados como os representantes precisamos confirmar o índice nacional. Estamos muito felizes - afirmou Marco Grael após a prova.
- A gente foi para água hoje com resultado já garantido, a comemoração foi ontem, um alívio imenso, felicidade maior ainda e também pela conquista da vaga olímpica. Estávamos lutando pela vaga da América do Sul em Tóquio. Estamos felizes da vida - comemorou Gabriel Borges, celebrando também a vaga olímpica conquistada.
Patrícia Freitas tem 29 anos e se tornou tricampeã na classe RS:X F. Ela venceu também nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e em Guadalajara 2011. A velejadora nasceu nos Estados Unidos e é membro da seleção brasileira de vela desde 2007. Em sua prova nesta sexta-feira, a medalha de prata foi para Celia Tejerina, da Argentina, e o bronze para Maria Bazo, do Peru.
- Tricampeonato, que felicidade (risos). É bom ganhar com os pontos mais relaxados na hora da medal race, entrar com uma diferença de pontos confortável é um alívio, menos estressante - comentou a brasileira.
Em terceiro na regata da medal race, Bruno Fontes, que levou a prata na classe Laser, comemorou muito. Recentemente, ele perdeu seu pai, Fernando, que era cadeirante. Aos 39 anos, festejou o pódio, mas anunciou sua aposentadoria da modalidade. Foi sua última prova como atleta.
- Depois de ter pedido a prata em Guadalajara 2011, em uma regata parecida com essa, eu tive a oportunidade e não deixei escapar, que é uma medalha em Pan-Americano, não tenho olímpica também. O enredo foi perfeito. Queria o ouro, mas a prata é muito bem-vinda - concluiu.
Samuel Albrecht, de 37 anos, e Gabriela Nicolino, de 29, levaram a medalha de bronze na classe Nacra 17. Após a prova, Samuel reclamou das condições do vento no momento em que as medalhas eram decididas, mas comemorou o pódio.
- Hoje foi quase sobrevivência. Uma pena termos decidido o campeonato nessas condições. Mas demos nosso máximo na água. Não nos favoreceu, mas estamos felizes com a medalha. Os rivais são os mesmos da disputa olímpica e estamos no caminho. A vela é um dos esportes que mais traz medalha para o Brasil.
Brasileiro fica em 4º, e atleta de Aruba leva 1ª medalha na história
Além deles, Brenno Francioli ficou em terceiro na medal race da RS:X M, o que o deixou na quarta colocação geral. Aos 22 anos, ele é hexacampeão brasileiro nessa classe e perdeu a medalha para o amigo Mack Eerenbeemt, que se tornou o primeiro atleta da história de Aruba a conquistar uma medalha no Pan. Foi um bronze. Nessa prova, os EUA ficaram em segundo com Pedro Pascual, e a argentina foi primeira colocada com Saubidet Batista.
- Estou mais feliz ainda pelo Mack, que é meu amigo e parceiro de treino. Sabemos da qualidade um do outro. No Mundial da Juventude que corremos há uns anos, eu fiquei em terceiro e ele em quarto. Foi a vingança dele. A gente é amigo. Estou feliz. Quero aprender mais com ele e sei que ele vai aprender comigo também - falou o brasileiro.
Condições de vento interrompem prova de Martine e Kahena
Campeãs olímpicas na Rio 2016 e campeãs mundiais em 2014, Martine Grael e Kahena Kunze vão ter que esperar mais um dia para sentir o gosto do ouro Pan-Americano. As brasileiras que lideram a 49er FX precisam apenas competir para assegurar o lugar mais alto do pódio. Mas o vento excessivo dessa sexta-feira fez com que a prova fosse adiada para este sábado.
Os pódios dos brasileiros desta sexta
49er masculino
1º - Brasil
2º - Argentina
3º - Canadá
RS: X F
1º - Patrícia Freitas (BRA)
2º - Celia Tejerina (ARG)
3º - Maria Bazo (PER)
Laser
1º - Juan Maegli (GUA)
2º - Bruno Fontes (BRA)
3º Charles Buckingham (EUA)
Nacra 17
1º - Estados Unidos
2º - Argentina
3º - Brasil
O Pan de Lima
O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru.
Autor: ,postado em 10/08/2019
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