Quero deixar uma margem para evoluir ainda

O Bahia precisou de apenas 45 minutos para liquidar o Flamengo e voltar a vencer na tarde deste domingo. Em dia de Gilberto, o Bahia fez 3 a 0 no primeiro tempo, com três gols do atacante, e só teve o trabalho de segurar o resultado na etapa final. Vitória importante na Fonte Nova, a primeira após a Copa América, e que encerra o jejum de sete jogos sem triunfos do clube baiano .
Autor dos três gols do Bahia, Gilberto também encerrou um jejum de quatro partidas sem gols. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Roger Machado disse que estava tranquilo com a situação da equipe até o jogo desta tarde e explicou o trabalho com o trio de ataque formado por Lucca, Artur e Gilberto.
- Lucca está entrando jogando sua segunda partida. Contra a Chapecoense, que empatamos, passei no intervalo para eles que, como esse jogador está conhecendo o colega, Gilberto puxou duas ou três jogadas em profundidade iguais às de hoje, e a bola foi direcionada para outro lugar. A gente precisava conhecer, com pouco tempo de clube, para que o jogador entendesse rapidamente as virtudes do colega, quem gosta de receber a bola de que forma. O Artur gosta de receber em profundidade. E saber e ter a confiança de que o jogador não vai perder tempo e vai oferecer a bola ao colega. E tranquilizar o atleta. Trabalhar e tranquilizar. A confiança volta. E, quando volta, o gesto técnico que não foi tão bom antes, passa a ser melhor. A finalização que tinha saído sem confiança na última partida passa a ter mais confiança. Isso tudo volta. Braço e perna é ferramenta. O que move é a cabeça.
Como novidade para a partida, Roger sacou Eric Ramires para a entrada do lateral Giovanni. O treinador explicou a mudança, que acabou durando pouco, já que Giovanni se machucou ainda no primeiro tempo.
- Giovanni é um jogador polivalente, que faz duas ou três funções. Sempre tive guardado na memória os momentos em que ele jogou na linha da frente ou no tripé por dentro. Conversando, posição que se sente confortável. A caraterística que ele assume no time, faz com que tenhamos, principalmente no jogo de hoje, em função da compactação do Flamengo, trabalhar com a linha mais alta. Ele sabe, no tempo certo, assim como Flávio, atacar em profundidade, saber alternar o momento de agredir as linhas, sobrecarregar a linha de defesa do Flamengo, criar espaços, muitas vezes, para a gente poder jogar. Não foi uma invenção. Só um reposicionamento de atleta que tem destreza e familiaridade com setor.
Roger também avaliou como fica o time, que até pouco tempo sofria críticas, após um jogo e atuação como apresentados neste domingo.
- Confiança sempre vai haver depois de jogos como esse, difíceis e com a atuação que tivemos. Como venho dizendo, aqueles momentos [ruins] acontecem, e este não vai ser o último. Haverá outros momentos em que o time vai oscilar, o centroavante vai ficar sem fazer gol, porque, se ele fizesse um gol por jogo, seriam 38 no ano. Vai oscilar. É importante o comando entender isso. A gente se resignar, trabalhar e dar a volta por cima, como nesses momentos.
O Bahia volta a jogar no próximo domingo, quando enfrenta o Palmeiras, em São Paulo. O jogo está marcado para as 16h (horário de Brasília).
Confira outros trechos da entrevista de Roger Machado
Duelo contra Jorge Jesus
- A gente tem que valorizar a vitória. Vencer o Flamengo é sempre difícil. Para mim, foi um prazer enfrentar o Jorge [Jesus], porque, desde o tempo do Benfica, eu já tentei aproximação, vê-lo trabalhar em Portugal, porque sempre me agradaram suas equipes.
Trabalho na semana
- O trabalho da semana, muitas vezes, quando há uma sequência de resultados negativos, você acredita que é preciso trabalhar mais, acredita que precisa haver grandes mudanças. No futebol, feliz ou infelizmente, o copo está sempre meio cheio ou meio vazio. Eram cinco jogos no Brasileiro mais a Copa do Brasil, em que você não fazia gols e que não vencia. Agora passamos a três jogos invictos, vencendo o Flamengo por três gols e sem sofrer gols. A gente lidou com tranquilidade, sabendo a importância do jogo, trabalhando a cabeça dos atletas. Não havia nada completamente errado, assim como não tem tudo certo a partir de agora. O trabalho é feito em cima da característica do próximo adversário. Temos conceitos, mas parte substancial da semana é feita em cima da característica do adversário, na estratégia do jogo. Funcionou hoje. Em alguns momentos, não vai funcionar. Que bom que hoje os 11 e quem entrou estiveram em alto nível.
Expulsão de Fernandão
- Fernando, com todo seu tamanho, é um gentleman. No vestiário, ele me disse que não falou palavrão ao árbitro, e eu acredito no atleta. Se provar o contrário, podemos rever. Nos treinos, Fernandão nunca reagiu de forma mais agressiva com o seu colega ou com autoridade de qualquer um. Então não há necessidade de falar comigo, porque ele tem crédito e o jogo estava no final.
Trabalho na pressão
- Eu vejo o futebol dessa forma. Em qualquer profissão. O que nos diferencia é quanto da carga você consegue carregar e manter a naturalidade, olhar para frente e não se abater e continuar com autoestima elevada. A semana foi em cima disso. Houve muito treino tático e técnico, mas, principalmente, tentar deixar o ambiente leve, porque a gente sabe que, externamente, críticas vão acontecer. Mas, internamente, a gente tem que tentar manter o ambiente saudável, alegre e descontraído. Muitas vezes, nas críticas, por vezes, a gente fecha o treino justamente para que, com todo respeito a vocês, porque, por vezes, uma risada um pouco mais alta no treino, é tida como ambiente de descompromisso. E é divulgado isso e batido em cima disso. A responsabilidade do comandante é sempre apertar e soltar. Se apertar sempre, estoura. Se deixar sempre solto, vai ter problema. É o equilíbrio que a gente busca. Hoje funcionou bem. Tomara que consiga manter a pegada, porque os próximos compromissos são difíceis.
Autor dos três gols do Bahia, Gilberto também encerrou um jejum de quatro partidas sem gols. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Roger Machado disse que estava tranquilo com a situação da equipe até o jogo desta tarde e explicou o trabalho com o trio de ataque formado por Lucca, Artur e Gilberto.
- Lucca está entrando jogando sua segunda partida. Contra a Chapecoense, que empatamos, passei no intervalo para eles que, como esse jogador está conhecendo o colega, Gilberto puxou duas ou três jogadas em profundidade iguais às de hoje, e a bola foi direcionada para outro lugar. A gente precisava conhecer, com pouco tempo de clube, para que o jogador entendesse rapidamente as virtudes do colega, quem gosta de receber a bola de que forma. O Artur gosta de receber em profundidade. E saber e ter a confiança de que o jogador não vai perder tempo e vai oferecer a bola ao colega. E tranquilizar o atleta. Trabalhar e tranquilizar. A confiança volta. E, quando volta, o gesto técnico que não foi tão bom antes, passa a ser melhor. A finalização que tinha saído sem confiança na última partida passa a ter mais confiança. Isso tudo volta. Braço e perna é ferramenta. O que move é a cabeça.
Como novidade para a partida, Roger sacou Eric Ramires para a entrada do lateral Giovanni. O treinador explicou a mudança, que acabou durando pouco, já que Giovanni se machucou ainda no primeiro tempo.
- Giovanni é um jogador polivalente, que faz duas ou três funções. Sempre tive guardado na memória os momentos em que ele jogou na linha da frente ou no tripé por dentro. Conversando, posição que se sente confortável. A caraterística que ele assume no time, faz com que tenhamos, principalmente no jogo de hoje, em função da compactação do Flamengo, trabalhar com a linha mais alta. Ele sabe, no tempo certo, assim como Flávio, atacar em profundidade, saber alternar o momento de agredir as linhas, sobrecarregar a linha de defesa do Flamengo, criar espaços, muitas vezes, para a gente poder jogar. Não foi uma invenção. Só um reposicionamento de atleta que tem destreza e familiaridade com setor.
Roger também avaliou como fica o time, que até pouco tempo sofria críticas, após um jogo e atuação como apresentados neste domingo.
- Confiança sempre vai haver depois de jogos como esse, difíceis e com a atuação que tivemos. Como venho dizendo, aqueles momentos [ruins] acontecem, e este não vai ser o último. Haverá outros momentos em que o time vai oscilar, o centroavante vai ficar sem fazer gol, porque, se ele fizesse um gol por jogo, seriam 38 no ano. Vai oscilar. É importante o comando entender isso. A gente se resignar, trabalhar e dar a volta por cima, como nesses momentos.
O Bahia volta a jogar no próximo domingo, quando enfrenta o Palmeiras, em São Paulo. O jogo está marcado para as 16h (horário de Brasília).
Confira outros trechos da entrevista de Roger Machado
Duelo contra Jorge Jesus
- A gente tem que valorizar a vitória. Vencer o Flamengo é sempre difícil. Para mim, foi um prazer enfrentar o Jorge [Jesus], porque, desde o tempo do Benfica, eu já tentei aproximação, vê-lo trabalhar em Portugal, porque sempre me agradaram suas equipes.
Trabalho na semana
- O trabalho da semana, muitas vezes, quando há uma sequência de resultados negativos, você acredita que é preciso trabalhar mais, acredita que precisa haver grandes mudanças. No futebol, feliz ou infelizmente, o copo está sempre meio cheio ou meio vazio. Eram cinco jogos no Brasileiro mais a Copa do Brasil, em que você não fazia gols e que não vencia. Agora passamos a três jogos invictos, vencendo o Flamengo por três gols e sem sofrer gols. A gente lidou com tranquilidade, sabendo a importância do jogo, trabalhando a cabeça dos atletas. Não havia nada completamente errado, assim como não tem tudo certo a partir de agora. O trabalho é feito em cima da característica do próximo adversário. Temos conceitos, mas parte substancial da semana é feita em cima da característica do adversário, na estratégia do jogo. Funcionou hoje. Em alguns momentos, não vai funcionar. Que bom que hoje os 11 e quem entrou estiveram em alto nível.
Expulsão de Fernandão
- Fernando, com todo seu tamanho, é um gentleman. No vestiário, ele me disse que não falou palavrão ao árbitro, e eu acredito no atleta. Se provar o contrário, podemos rever. Nos treinos, Fernandão nunca reagiu de forma mais agressiva com o seu colega ou com autoridade de qualquer um. Então não há necessidade de falar comigo, porque ele tem crédito e o jogo estava no final.
Trabalho na pressão
- Eu vejo o futebol dessa forma. Em qualquer profissão. O que nos diferencia é quanto da carga você consegue carregar e manter a naturalidade, olhar para frente e não se abater e continuar com autoestima elevada. A semana foi em cima disso. Houve muito treino tático e técnico, mas, principalmente, tentar deixar o ambiente leve, porque a gente sabe que, externamente, críticas vão acontecer. Mas, internamente, a gente tem que tentar manter o ambiente saudável, alegre e descontraído. Muitas vezes, nas críticas, por vezes, a gente fecha o treino justamente para que, com todo respeito a vocês, porque, por vezes, uma risada um pouco mais alta no treino, é tida como ambiente de descompromisso. E é divulgado isso e batido em cima disso. A responsabilidade do comandante é sempre apertar e soltar. Se apertar sempre, estoura. Se deixar sempre solto, vai ter problema. É o equilíbrio que a gente busca. Hoje funcionou bem. Tomara que consiga manter a pegada, porque os próximos compromissos são difíceis.
Autor: ,postado em 01/08/2019
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