Aos 38 anos, Juliana Veloso amplia recorde com seu sexto e último Pan

Juliana Veloso é um verdadeiro símbolo da seleção brasileira de saltos ornamentais, principalmente nos Jogos Pan-Americanos. Em Lima, no Peru, ela vai competir nesse torneio pela sexta vez, ampliando seu próprio recorde como a mulher que mais vezes defendeu o Brasil no Pan. Desta vez, contudo, há uma diferença. A atleta busca se divertir, quer viver o momento.
Nunca pensei nisso, sinceramente, minha meta após a Olimpíada eram os Jogos Mundiais Militares. Pan e Olimpíada não passavam mais na cabeça não. É uma alegria estar aqui. Mudou tudo. Não tenho apoio, minha vida virou de cabeça para baixo, fui morar nos EUA, me separei, não tenho mais técnico, treino sozinha. É uma outra vida. Eu estou fazendo o melhor que posso e tenho consciência de que está muito além de onde eu poderia estar, mesmo apesar da idade. Meu objetivo é me divertir e fazer o melhor que eu posso - comentou.
Morando em Orlando, nos Estados Unidos, a mãe do Thiago, de seis anos, que nasceu após os Jogos Olímpicos de Londres 2012, e do Pedro, de 10, que nasceu logo depois de Pequim 2008, a veterana chegou a se afastar bastante dos saltos ornamentais. Em 2018, retornou à sua terra natal só para competir na Taça Brasil. Tamanha foi a surpresa quando ela alcançou o índice para os Jogos Pan-Americanos e para seu oitavo Mundial, que foi disputado antes do Pan de Lima em Gwuangju, na Coreia do Sul.
Eu não senti nada, sinceramente. Sem deboche. Eu nem me apliquei pra isso, não assinei nada (risos). Foi surpresa total. No início pensei em não vir. Mas depois falei: "Quer saber? Eu vou". É mais para meus filhos, de ver a mãe competindo, na televisão. Para mim é uma alegria. Apesar de saber que posso fazer melhor eu faço hoje, quando acerto é bom demais. Eu amo - falou.
Em Orlando, Juliana dava aulas para crianças, mas precisou pedir demissão para competir o Mundial e o Pan. Ela afirma que, quando retornar de Lima, estará desempregada e, por isso, está aberta às oportunidades. Uma delas, aliás, pode ser bem longe das piscinas. A brasileira está praticando tiro esportivo e, por isso, tem um novo sonho: ela quer se tornar policial.
- Não sei se quero continuar no esporte. Amo tiro, estou fazendo tiro, mas com outra aspiração. Moro nos EUA, não tenho vontade de voltar, amo o Rio, mas por questão de qualidade de vida e segurança, direito de ir e vir, eu não abro mão no momento. Eu estando lá posso falar para eles virem sozinhos da escola, sei que vão chegar. Eu tenho fé que um dia vai poder ser assim. Comecei a fazer tiro de brincadeira porque tenho uma aspiração de me tornar policial. Eu vim, estou curtindo, não faço ideia. Estou curtindo o momento - revelou.
Desde 1999, em Winnipeg, no Canadá, quando participou pela primeira vez no Pan, ela esteve em todas as edições. Viveu seu auge em Santo Domingo 2003, levando a prata no trampolim e o bronze na plataforma. Em 2007, no Rio de Janeiro, foi terceira colocada na plataforma. E, nas duas últimas participações, em Guadalajara 2011 e Toronto 2015, competindo apenas no trampolim, modalidade na qual se tornou especialista, ficou em sexto. Entre os homens, o velejador Claudio Biekarck é o recordista com 10 Pans.
Em Lima 2019, Juliana Veloso ampliará o recorde, que já era seu, como atleta brasileira que mais vezes participou do Pan entre as mulheres. Ela compete nas duplas ao lado de Luana Lyra no trampolim 3m nesta quinta-feira, 1 de agosto, às 21h (de Brasília). A esportista revelou também uma novidade: vai participar, no dia 2 de agosto, do trampolim 1m, prova que não compete desde 2014. Depois, a carioca volta à piscina para o trampolim 3m individual no dia 4 de agosto, às 12h, onde buscará a vaga na decisão que ocorre no dia seguinte.
- Se fizer todos meus saltos com média de 6,5, ficarei feliz. Meu primeiro salto preciso tirar 7 para ficar feliz. Não importa a colocação. Se acertar a saída e fizer um final bonitinho está bom para mim. Meus pais sempre disseram para eu me divertir. A superação do dia a dia me dá prazer. Eu estava aproveitando bem preparada, agora aproveito sem estar tão pronta (risos) - concluiu.
O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru.
Nunca pensei nisso, sinceramente, minha meta após a Olimpíada eram os Jogos Mundiais Militares. Pan e Olimpíada não passavam mais na cabeça não. É uma alegria estar aqui. Mudou tudo. Não tenho apoio, minha vida virou de cabeça para baixo, fui morar nos EUA, me separei, não tenho mais técnico, treino sozinha. É uma outra vida. Eu estou fazendo o melhor que posso e tenho consciência de que está muito além de onde eu poderia estar, mesmo apesar da idade. Meu objetivo é me divertir e fazer o melhor que eu posso - comentou.
Morando em Orlando, nos Estados Unidos, a mãe do Thiago, de seis anos, que nasceu após os Jogos Olímpicos de Londres 2012, e do Pedro, de 10, que nasceu logo depois de Pequim 2008, a veterana chegou a se afastar bastante dos saltos ornamentais. Em 2018, retornou à sua terra natal só para competir na Taça Brasil. Tamanha foi a surpresa quando ela alcançou o índice para os Jogos Pan-Americanos e para seu oitavo Mundial, que foi disputado antes do Pan de Lima em Gwuangju, na Coreia do Sul.
Eu não senti nada, sinceramente. Sem deboche. Eu nem me apliquei pra isso, não assinei nada (risos). Foi surpresa total. No início pensei em não vir. Mas depois falei: "Quer saber? Eu vou". É mais para meus filhos, de ver a mãe competindo, na televisão. Para mim é uma alegria. Apesar de saber que posso fazer melhor eu faço hoje, quando acerto é bom demais. Eu amo - falou.
Em Orlando, Juliana dava aulas para crianças, mas precisou pedir demissão para competir o Mundial e o Pan. Ela afirma que, quando retornar de Lima, estará desempregada e, por isso, está aberta às oportunidades. Uma delas, aliás, pode ser bem longe das piscinas. A brasileira está praticando tiro esportivo e, por isso, tem um novo sonho: ela quer se tornar policial.
- Não sei se quero continuar no esporte. Amo tiro, estou fazendo tiro, mas com outra aspiração. Moro nos EUA, não tenho vontade de voltar, amo o Rio, mas por questão de qualidade de vida e segurança, direito de ir e vir, eu não abro mão no momento. Eu estando lá posso falar para eles virem sozinhos da escola, sei que vão chegar. Eu tenho fé que um dia vai poder ser assim. Comecei a fazer tiro de brincadeira porque tenho uma aspiração de me tornar policial. Eu vim, estou curtindo, não faço ideia. Estou curtindo o momento - revelou.
Desde 1999, em Winnipeg, no Canadá, quando participou pela primeira vez no Pan, ela esteve em todas as edições. Viveu seu auge em Santo Domingo 2003, levando a prata no trampolim e o bronze na plataforma. Em 2007, no Rio de Janeiro, foi terceira colocada na plataforma. E, nas duas últimas participações, em Guadalajara 2011 e Toronto 2015, competindo apenas no trampolim, modalidade na qual se tornou especialista, ficou em sexto. Entre os homens, o velejador Claudio Biekarck é o recordista com 10 Pans.
Em Lima 2019, Juliana Veloso ampliará o recorde, que já era seu, como atleta brasileira que mais vezes participou do Pan entre as mulheres. Ela compete nas duplas ao lado de Luana Lyra no trampolim 3m nesta quinta-feira, 1 de agosto, às 21h (de Brasília). A esportista revelou também uma novidade: vai participar, no dia 2 de agosto, do trampolim 1m, prova que não compete desde 2014. Depois, a carioca volta à piscina para o trampolim 3m individual no dia 4 de agosto, às 12h, onde buscará a vaga na decisão que ocorre no dia seguinte.
- Se fizer todos meus saltos com média de 6,5, ficarei feliz. Meu primeiro salto preciso tirar 7 para ficar feliz. Não importa a colocação. Se acertar a saída e fizer um final bonitinho está bom para mim. Meus pais sempre disseram para eu me divertir. A superação do dia a dia me dá prazer. Eu estava aproveitando bem preparada, agora aproveito sem estar tão pronta (risos) - concluiu.
Autor: ,postado em 01/08/2019
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