No inverno, a temperatura do corpo diminui. Para se aquecer, ele gasta mais energia das nossas reservas. Nesta época, com o aumento de apetite, é comum consumir mais comidas e bebidas alcoólicas, além de cometer certos exageros, o que pode ser muito prejudicial para a balança e, principalmente, à saúde.
Segundo Carolina Mantelli, endocrinologista e especialista em metabologia, na hora de comer, a regra básica é escolher alimentos que dão mais saciedade e ao mesmo tempo conseguem suprir as necessidades do nosso organismo. Ou seja, é importante ter uma alimentação adequada e não transformar o ato de “beslicar” em um hábito.
Consumir grande quantidade de carboidratos (é difícil alguém beliscar um frango grelhado com alface), na maioria das vezes sem se dar conta, provoca picos de insulina. Como, normalmente, são carboidratos com absorção rápida ou refinados (pães e biscoitos, por exemplo), a fome não passa nunca. Ou seja, você ingeriu calorias pouco nutritivas em excesso que vão direto para aquele "pneuzinho" que você tanto quer perder.
- O ato de comer em curtos intervalos de tempo, para quem tem a famosa "cabeça gorda", pode se transformar em outra armadilha para desencadear sua compulsão alimentar e fazer com que aquele lanchinho, sem que você perceba, vire quase uma feijoada - disse Carolina.
Nada de "cabeça gorda": tente fugir do ato de beliscar a todo instante (Foto: IStock)
Apetite aumenta no inverno?
Nos dias mais frios, as pessoas sentem vontade de comer mais. Isso acontece porque, quando comemos, produzimos calor para a transformação e a digestão dos alimentos, o que nos dá uma sensação de conforto térmico. Outra explicação para o aumento do nosso apetite é que as reservas de energia do fígado e músculo (glicogênio) são esgotadas mais rapidamente para produção de calor.
- Assim, o aumento da fome ocorre exatamente para essas reservas serem repostas, já que as nossas reservas de gorduras são os últimos mecanismos usados para produção de calor - explicou a endocrinologista.
Algumas opções típicas da estação podem ser incluídas no cardápio, se consumidas com moderação, cuidado e adaptações. O chocolate quente, se preparado com leite desnatado e chocolate em pó, ao contrário dos achocolatados, não levam açúcar. Assim, a bebida pode ficar com até 20% menos calorias do que os chocolates quentes tradicionais. Também é possível optar por um cappuccino diet, que esquenta e ainda afasta a gula.