Posse de Jaques Wagner na Casa Civil vira romaria

Ex-ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner assumiu oficialmente o Ministério da Casa Civil na tarde de ontem, em Brasília, ficando no lugar de Aloizio Mercadante, que foi para a Educação. Com um tom conciliador, o ex-governador afirmou que, a partir de agora, irá atuar com sua equipe em busca do diálogo não só com os aliados ao governo, mas principalmente com a oposição.
A transmissão do cargo contou com a presença de muitos amigos de Wagner, políticos de vários cantos do país e de políticos baianos que foram prestigiar o momento. Entre eles o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo, Rosembertg Pinto (PT), os deputados federais Jorge Solla (PT), Moema Gramacho (PT) e Afonso Florence (PT). No evento, era perceptível a cara de felicidade dos políticos baianos, que apostam em Wagner para trazer benefícios para a Bahia e colaborar com as articulações políticas em tudo que se refere ao Estado.
Ainda em seu discurso, o novo ministro da Casa Civil rejeitou o título de superministro, dito pelos seus amigos e políticos que veem nele o pacificador do Congresso. “Vou tentar, à frente da Casa Civil, repetir aquilo que considero que foi exitoso à frente do governo do estado da Bahia: entender as nossas diferenças e compreender a riqueza da pluralidade, que é própria da democracia”, disse, pedindo ainda que todos coloquem as diferenças de lado. “Não creio que nenhuma interrupção na democracia, na naturalidade da democracia possa contribuir para melhorar o país que queremos. É preciso ter serenidade para que a gente possa enfrentar esse momento e fazer aquilo que a nossa gente precisa”.
A deputada federal Moema Gramacho, que por um momento chegou a ser cogitada para assumir um ministério, foi cumprimentada em nome de todos os deputados federais. Segundo ela, Wagner chega à Casa Civil num momento muito importante para ajudar a conter a crise política. Já a senadora Lídice da Mata (PSB) desejou ao ministro boa sorte e disse que a missão dele é bastante desafiadora. “Mas é uma missão que se encaixa com o seu perfil conciliador e moderado nas relações políticas”, declarou a senadora.
O petista Afonso Florence, também presente, disse que os aliados estão orgulhosos da indicação da presidente Dilma Rousseff para um dos cargos mais importantes do país. “Ele irá exercer funções de grande relevância para o Brasil”, frisou.
Já o deputado estadual Marcelo Nilo (sem partido) escreveu no Facebook que Wagner é seu amigo “fraternal”. “Homem público competente que é, não tenho dúvida, de que é a pessoa mais indicada para estar à frente de um ministério tão importante como a Casa Civil”.
Rosemberg Pinto, líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, disse estar muito contente, assim como todos. “Estamos todos muito contentes com essa mudança importante que a presidente Dilma fez, uma vez que Wagner é um político muito habilidoso. Conheço Wagner desde os tempos do movimento sindical e tenho certeza de que ele reúne características essenciais para ajudar na articulação política que o governo tanto precisa nesse momento”, destacou.
O ministro da Casa Civil finalizou o discurso reconhecendo que o país passa por uma dificuldade grande em relação à economia, à política e à ética, no entanto, conforme ele, tais problemas irão ajudar o Brasil a amadurecer e melhorar as relações entre o público e o privado. “Não tenho dúvida que todo o sofrimento que estamos passando vai fazer brotar um Brasil mais maduro na sua democracia e melhor na sua relação público/privada – que precisa ser mais transparente”.
Autor postado em 08/10/2015
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