Rui Costa foca na festa em Salvador mas vai ao interior durante o carnaval

O petista Rui Costa participa do seu primeiro Carnaval como governador da Bahia, 42 dias após assumir o Executivo baiano. Rui carrega expectativas de que a folia seja de paz e acredita que os números da violência poderão diminuir. “A mensagem que eu deixo é que todo mundo vá pra a avenida em paz”, pediu.
O chefe do Palácio de Ondina vai ao circuito do Campo Grande onde está instalado o camarote oficial do governo, ao lado do da prefeitura, do adversário político ACM Neto (DEM). Nomes da política nacional ainda não foram confirmados no local. É esperado ainda que o governador acompanhe de perto as festas de carnaval de Barreiras (que atrai muito folião da região central do país) e Porto Seguro.
Não existe expectativa no cerimonial do governo da presença da presidente Dilma Rousseff (PT), visto que no ano passado, ano de eleição, apesar de ter descansado na Bahia durante a folia, não deu as caras no circuito.
Além disso, o desgaste enfrentado pela petista por conta dos escândalos da Petrobras deverão mantê-la bem afastada do circuito soteropolitano.
A festa pode ser também um observatório para Rui. Ele anunciou que pretende compartilhar com o prefeito o protagonismo da organização e a orientação passada pelo petista, conforme anunciou em entrevista os secretários de Turismo e Cultura, Nelson Pelegrino e Jorge Portugal, respectivamente, é para estreitarem o diálogo com a gestão municipal e traçar os caminhos do Carnaval de 2016. Segundo a secretaria de Comunicação, uma coletiva com Rui foi marcada para o próximo domingo, 11h, no Centro de Imprensa do Estado, localizado no Hotel da Bahia, no bairro do Campo Grande.
Balanço
O governador vem realizando um balanço de suas ações no Executivo, seja por ações no Facebook, seja por entrevistas à imprensa. Ontem pela manhã, o petista, durante entrevista na Record Bahia e na Rádio Sociedade, comentou das áreas e ações que vem atuado e um dos pontos tratados foi a Segurança Pública.
“A situação é grave, pois em janeiro foram 178 jovens mortos na região metropolitana. Existe uma guerra entre as quadrilhas. Estou muito preocupado. Pedi a criação da Superintendência do Crime Organizado na Polícia Civil, estou dialogando e farei uma audiência com a Justiça para criação de uma Vara de Execuções Penais especializada para processo do Crime Organizado”, disse.
“Eles executam; consumiu e não pagou, morre; o chefe da quadrilha que acha que a família está fazendo denúncia, morre. Nossa tarefa é desarticular essas quadrilhas. Eu vou às Comissões de Direitos Humanos para debater a morte dos jovens na Bahia. É falso afirmar que as mortes só acontecem com confrontos de policiais. Não vamos assistir a isso passivamente. A minha posição é clara: policial terá sempre todo apoio do governador desde que ele haja na lei”, completou.
O petista ressaltou o projeto do Pacto pela Educação. “Vou chamar os prefeitos e todos vão assinar um documento com metas e ações”, disse.
Ele deu um prazo até março para o projeto ser efetivado. Rui também falou do papel da primeira-dama Aline Peixoto. “Ela é bastante altiva, já foi diretora de hospital e ela falou da inquietude de atuar mais, pois ela quer percorrer o estado fazendo ações nessa área”, afirmou.
Questionado sobre a situação do abastecimento de água na Bahia, o governador rechaçou a possibilidade de o estado passar por situações difíceis como no Sudeste. “Graça a Deus, eu e o ex-governado Wagner conseguimos fazer um investimento em água, foram R$ 8 bi só nessa área. Fizemos ampliação das barragens. Estamos em um nível adequado. Evidente que esse planejamento precisa continuar. Dez novas barragens, com investimentos garantidos, deverão ser construídas”, ressaltou.
Autor postado em 14/02/2015
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