Petrobras inicia testes de campo com biolubrificantes

PETROBRAS INICIA TESTES DE CAMPO COM BIOLUBRIFICANTES
Tendência é que produtos biodegradáveis substituam óleos
lubrificantes sintéticos
A Petrobras Biocombustível, em parceria com o Centro de Pesquisas da
Petrobras (Cenpes) e com a Petrobras Distribuidora, dará início aos
primeiros testes de campo para definir quais biolubrificantes
desenvolvidos com tecnologia própria serão disponibilizados para
comercialização. Entre os produtos já desenvolvidos, o primeiro a ser
testado é um óleo desengripante (lubrificante e anticorrosivo muito
utilizado na indústria).
O investimento nos biolubrificantes está alinhado à necessidade de
substituir os óleos minerais por lubrificantes rapidamente
biodegradáveis e não tóxicos para os seres humanos e para o meio
ambiente. Com isso, além de diminuir impactos ambientais, a tendência
é que sejam reduzidos os custos relacionados à destinação adequada
dos óleos lubrificantes minerais e sintéticos usados atualmente.
Estima-se que, em todo o mundo, 12 milhões de toneladas de
lubrificantes sejam descartados por ano no meio ambiente.
Estão programados testes em quatro refinarias e em uma usina de
biodiesel que, a partir de fevereiro, avaliam o desempenho desse
biolubrificante na aplicação industrial. As pesquisas estão sendo
desenvolvidas a partir de óleos vegetais já convertidos em biodiesel,
ideal para uso em motores. No caso do óleo desengripante, foi utilizada
a soja, especificamente, em função da baixa viscosidade.
Entre as matérias-primas estudadas pela companhia (mamona, soja e
pinhão manso), no entanto, o derivado do biodiesel de mamona foi o que
apresentou melhor desempenho. A oleaginosa apresenta qualidades
físico-químicas diferenciadas, como, por exemplo, permanecer em estado
líquido em baixas temperaturas, característica fundamental para o uso
em motores automotivos.
Outro fator positivo é que o uso da mamona está alinhado à
estratégia da companhia de incentivo ao cultivo dessa oleaginosa em
algumas das regiões mais pobres do país. É o caso do semiárido
nordestino, onde a mamona é responsável pela estruturação da cadeia
produtiva dos biocombustíveis. As usinas de biodiesel da Petrobras
Biocombustível têm o Selo Combustível Social, concedido pelo
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) às empresas que mantêm
agricultores familiares como fornecedores.
PATENTES
Todo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento foi realizado nos
laboratórios do Cenpes, com o apoio da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual de
Maringá. A produção em escala de testes ocorreu no Núcleo
Experimental de Fortaleza, também do Cenpes. Nos últimos quatro anos,
a companhia registrou cinco pedidos de depósitos de patentes sobre o
assunto.
Gerência de Imprensa
Comunicação Institucional - BA
Autor postado em 04/02/2015
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