Menino de 13 anos cria própria empresa

Brincar e estudar são as principais atividades de uma criança de 13 anos, certo? Nem sempre. Na vida do alagoano Davi Braga, de 13 anos, essas atividades são cruciais, mas não exclusivas. O estudante também dedica seu tempo — acreditem — ao empreendedorismo.
Foi a partir daí que o pequeno Braga criou, em 2013, o projeto da List-It. Os consumidores buscam os materiais escolares para seus filhos e o site encontra, entre os parceiros, as lojas que oferecem esses artigos a preços mais acessíveis, explica o garoto.
A startup já conta com 772 clientes cadastrados e está em busca de parceiros para começar a operar no fim deste ano ou no começo de 2015.
Segundo o garoto prodígio, o pai, investidor-anjo, orienta a empresa no início das operações. No entanto, Braga espera tocar os negócios sozinho e ter o próprio dinheiro em breve.
"Quero andar com as minhas próprias pernas", ressalta ele, que tem dois sócios maiores de idade, dois funcionários e que diz ser o CEO (presidente-executivo) da companhia.
"Com a ajuda do meu pai, levei minha ideia para vários congressos e pude aprender um pouco com cada congressista. Meus amigos da escola riram da minha ideia no começo, mas depois que apresentei uma palestra, eles ficaram surpresos e orgulhosos", conta ele, que está no 8º ano do ensino fundamental.
O garoto participou na semana passada do evento Demo Brasil 2014, que reúne startups, investidores e possíveis clientes e parceiros do Nordeste.
"Não tenho ideia do quanto a empresa vai faturar ainda, mas a List-It vai ganhar 10% em cima de cada lista escolar. Existem 12 milhões de mães com filhos no ensino fundamental no Brasil. Ou seja, a demanda é grande", prevê o empresário mirim.
Apesar de dedicar grande parte do dia à empresa, Braga jura que sobra tempo para estudar e se divertir como uma menino normal. "Gosto de jogar video-game e chamar meus amigos para brincar comigo em casa. Sou criança nas horas vagas", argumenta.
Cuidado com os estudos
Não deixar a empresa atrapalhar os estudos e a infância do empresário mirim são as únicas exigências de João Kepler, pai do pequeno empreendedor.
"Quando percebi que empreender e negociar fazia parte do DNA dele, não tinha como reprimir", afirma Kepler.
Segundo o investidor-anjo, o empreendedorismo é tão forte na vida do garoto que Davi até hoje vende cupcakes feitos pela irmã na escola. "Desde pequeno, ele brinca de vender e montar coisas com os amigos", conta.
Autor postado em 06/05/2014
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